O SUS ( sistema único de saúde) é um dos mais avançados programas de saúde pública do mundo. Baseado no conceito Constitucional que diz que "saúde é um direito de todos e obrigação do Estado", sua concepção é quase perfeita. No que tange à Atenção Primária ele cumpre, a despeito é verdade do sacrifício dos municípios, sua função e podemos dizer que em toda recanto desse País, a população tem acesso a esse serviço. O Programa de Saúde da Família veio aperfeiçoar esse tipo de atendimento. O problema começa na média e alta complexidade, por culpa exclusiva do Governo e aí a grande vilã do sistema chama-se Tabela do SUS. A principio todos os cirurgiões faziam questão de operar pelo SUS, os hospitais não omitiam leitos e os exames de maior complexidade éram efetuados sem grandes problemas. Com o passar do tempo, essa tabela ficou tão defazada que deu no que vemos hoje. O paciente referendado é atendido nos Centro Regionais de Especialidades, faz a sua consulta com o especialista, mas na hora de marcar sua cirurgia ou um procedimento de maior complexidade, ouve inevitávelmente a sentença: Essa cirurgia só pra daqui a seis meses ou mais, mas se puder pagar posso fazer por tanto ou se tiver um plano de saúde também da pra fazer. Culpa do médico? a principio pode parecer que sim, mas se formos olhar o valor pago pela tal tabela da AMB, os riscos inerentes a qualquer cirurgia, a responsabilidade do profissional, entendemos o motivo de tal atitude. Os hospitais filantrópicos passam pelo mesmo drama, a diária paga pelo SUS não cobre as despesas e o que vemos é que esses hospitais a cada dia que passa disponibiliza menos leitos para o sistema, dando preferência aos planos de saúde e particulares. É necessário que o Governo revise essa política,pois se não houver urgentemente uma valorização do procedimento médico, esse grande programa de saúde pública tem o seus dias contados, para infelicidade daqueles que dele necessitam, ou seja, a grande maioría do povo brasileiro.
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