Outro dia, postei no twitter uma mensagem a pedido de um amigo, convidando para uma passeata a favor da democracia e contra a ditadura, no Rio de Janeiro. Logo fui interpelado. Me perguntaram a qual ditadura eu me referia e completou “enquanto vocês não incendiarem esse País, não sossegam. Não bastam os 20 anos da ditadura militar? Confesso que, após responder-lhe que somos contra qualquer tipo de autoritarismo, independente da ideologia que o motivar, confesso que esse questionamento não me saiu da cabeça. Tudo começou com o lançamento do PNDH3 e o que está por trás desse verdadeiro projeto de levar o Brasil para um regime de extrema esquerda e ainda retaliar os militares. Analisando atentamente o programa elaborado pelo Sr. Paulo Vanucchi cheguei a conclusão que além de querer desfigurar a democracia representativa, pretende interferir no Judiciário, na religiosidade de nosso povo, no direito à propriedade, na cultura popular , na família e ainda pretende impor censura à imprensa, liberação do aborto, adoção de filhos por casais homessexuais, alteração do estatuto do índio, intromissão em assuntos como nanotecnologia e transgenia, financiamento público de campanha e taxação de grandes fortunas. Como se não bastasse, a criação da comissão da verdade com revisão da Lei da Anistia para avaliar ato dos militares à época da ditadura, poupando os que roubaram, seqüestraram e mataram em nome do combate ao regime.
O programa, pretenso defensor dos direitos humanos, naturalmente teve o conhecimento prévio do Presidente Lula e de sua candidata Dilma Rousseff não contribui em nada para o aprimoramento democrático, pelo contrário, leva o País perigosamente a caminho de um regime muito parecido com a República Bolivariana de Chávez, tornando-se na verdade um programa partidário e não para valorizar os ideais democráticos, porque se assim o fora, não se posicionaria contra qualquer resolução da ONU que reprovem os Direitos Humanos em países como Cuba , China e Venezuela.
Sentindo-se ameaçados, os militares, que a bem da verdade até então se ocupavam apenas de suas obrigações constitucionais, apoiados por segmentos mais conservadores começaram a se manifestar com mais ousadia, usando o velho argumento anti-comunista , da defesa da pátria , da família e da propriedade, num recado direto, de que não vão aceitar revanchismos e julgamentos a pretexto de passar a limpo a história, ainda mais porque não se fala em julgamento dos que os combateram.
O Partido dos Trabalhadores que na verdade não combateu a ditadura, pois sequer existia quando tudo começou e não tinha representatividade política importante quando terminou, tem a responsabilidade histórica de não tirar o Brasil da trilha da democracia que conquistamos , que permitiu que um operário chegasse à Presidência da República, não pode agora, através de sua ala mais radical, convulsionar o País, levando a retrocessos ou a ressuscitar sonhos socialistas já enterrados em todo o mundo.
Nossa jovem democracia chega em 2010 numa encruzilhada que nos aponta dois caminhos a seguir, o da social democracia progressista, com liberdade de imprensa, com respeito à propriedade, aos valores religiosos e culturais de nosso povo , a família e o pluripartidarismo. Um Estado justo que respeite a iniciativa privada e que se dedique principalmente à saúde, educação, segurança pública e programas de infra-estruturas necessárias ao crescimento, que mantenha a tradição de não ingerência e respeito à soberania das outras Nações ou o socialismo ultrapassado, estatizante e seguindo as normas preconizadas nesse famigerado PNDH3, com risco de levar o País a aventuras imprevisíveis e indesejadas. Fico com a primeira opção..
PS:Postei este artigo em fev/10. Me parece mais atual do que nunca.
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