sábado, 8 de setembro de 2012

A ESQUERDA CAVIAR


 O Rio é vítima de uma verdadeira praga: a "esquerda caviar", formada por parte da elite financeira e cultural do país. Seus membros posam de altruístas enquanto louvam ditadores sanguinários como Fidel castro. Do conforto de seus apartamentos em Paris, porque ninguém é de ferro.

Roberto Campos fez um diagnóstico preciso da árvore genealógica da turma, ao afirmar que "trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola". Somente isso pode explicar a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda, que admiram o socialismo, mas adoram também três coisas que só o capitalismo saber dar: "Bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês".

Um cínico poderia dizer que a hipocrisia é útil. Aproximando-se do poder, esses intelectuais conseguem privilégios e mamatas. A Petrobrás, por exemplo, destinou a bagatela de R$ 652 milhões para patrocínios culturais entre 2008 e 2011. É uma montanha de deinheiro capaz de testar a integridade até mesmo de um santo!

Mas não creio ser apenas isso. Acredito que um dos fatores tem ligação com o sentimento de culpa dessa elite. E convenhamos: nada como uma elite culpada tentando expiar seus "pecados". Com que facilidade ela adere aos discursos sensacionalistas e demagógicos. Chega a dar dó. Em um país que culturalmente condena o lucro e enxerga a economia como um jogo de soma zero, onde José, para ficar rico, precisa tirar tirar de João, o sucesso acaba sendo uma "ofensa pessoal", como disse Tom Jobim. Essa visão é um prato cheio para produzir uma elite culpada e desesperada para pregar aos quatro ventos as "maravilhas" do socialismo.

Por isso vemos cineastas herdeiros de banco fazendo filmes que enaltecem guerrilheiros comunistas. Por isso vemos filhos de grandes escritores lambendo as botas de tiranetes latino-americanos. Imagem é tudo.

E estas pobres almas acreditam que, ao louvarem a ideologia que quer destruí-los, conquistarão a fama de abnegados e descolados. Como é fácil de falar que o capitalismo não presta quando se é milionário!

Joãozinho Trinta foi no alvo quando disse que os intelectuais é que gostam de miséria, pois os pobres gostam é de luxo. Nada mais natural do que desejar melhorar as condições de vida. E nada melhor para isso do que o trabalho duro em um ambiente de livre mercado. Lucro e trabalho são sócios nesta empreitada. O grande obstáculo é justamente o governo inchado, obeso, que cria burocracia asfixiante e arrecada quase 40% de tudo que é produzido em nome da "justiça social".

Quem labuta para criar riqueza e subir na vida não tem tempo para "salvar o planeta" e construir "um mundo melhor". Estas são as bandeiras da esquerda festiva, dos artistas que, de conforto de suas mansões, adoram detonar o capitalismo enquanto desfrutam de tudo de bom que só ele pode oferecer.

Sobre a seita ambientalista, aliás, recomendo a leitura do excelente livro "Os Melancias", de James Delingpole. A máscar dos alarmistas climáticos que fazem ecoterrorismo cai por completo, expondo a verdadeira face vermelha por trás do movimento verde.

Mas divago. Eis o que eu realmente queria dizer: boa parte da elite cariocagosta de defender candidatos socialistas com discursos messiânicos. Entre uma cerveja e outra, essa turma esbraveja contra os ricos capitalistas e repete como sua utopia salvaria a humanidade das garras dos gananciosos e insensíveis. Depois voltam para seu conforto eoísta com a alma lavada. A retórica vale mais do que fatos concretos. Garçom, mais uma cerveja!

Foi assim que o brizolismo conseguiu prosperar no Rio, com os aplausos de muita gente da Zona Sul. Foi assim também que Heloísa Helena, do PSOL (o PT de ontem), conseguiu mais votos do Rio do que em qualquer outro lugar. O que esperar de um povo que elegeu Saturnino Braga em vez de Roberto Campos para o Senado? Essa análise toda foi para chegar ao novo queridinho da elite carioca, o personagem do filme de ação, herói que desafia as milícias. Há só um detalhe: seu partido é aquele que prega o socialismo (com um atraso de duas décadas) que pretende escolher até o tema das escolas de sambe, que tem deputado que gosta de queimar a bandeira de Israel em praça pública, demonstrando sua intolerância, além de enorme desrespeito ao povo judeu. Leiam "facismo de esquerda", de Jonah Goldberg. Socialismo e liberdade não combinam. Um é contrário do outro. Todo regime socialista levou à escravidão e à miséria. Até quando os ca riocas vão cair na ladainha dos artistas que adoram o socialismo, lá do conforto de Paris?

Rodrigo Constantino

2 comentários:

  1. POR FALAR EM CAVIAR...CARREATA NOTA 10 EM ATILIO ONTEM,MORO E VOTO EM CACHOEIRO, MAS ESTOU SEMPRE EM ATILIO, LÁ SE FAZ POLITICA SADIA... AQUI (cachu)PUTARIA.... E PELO QUE OUVI SUA ESPOSA SERÁ MUITO BEM VOTADA....

    GOSTO DO BLOG...SÓ QUE VASCAÍNO CONVICTO ENFRAQUECE...rsrsr

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