Feliz com o julgamento do Mensalão? Pois a CPI do Cachoeira, que investiga a movimentação ilegal de R$ 30 bilhões pelo bicheiro e sua turma, parou: como disse o presidente da CPI, até o primeiro turno da eleição não há como fazer com que parlamentares apareçam lá para trabalhar. Ele é otimista: depois de 7 de outubro, dia do primeiro turno, há cidades com segundo turno, há composições em torno dos eleitos, coisas de interesse deles a fazer com o nosso dinheiro. Aí entra a temporada de férias e festas de fim de ano.
O ano que vem (após a Semana Santa, claro) é outro ano, com outros temas. O objetivo maior da CPI já foi atingido: criar problemas para o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo. E a Construtora Delta? Esqueça: Delta é apenas a quarta letra do alfabeto grego.
E, saiba o caro leitor, é preciso reconhecer o talento de Cachoeira. Indicou secretários, presidente de autarquia, botou a irmã de seu operador num carguinho legal – fora isso, nomeou muito mais gente para empregos menos cotados. Interferiu em concorrências, aliou-se a uma grande construtora, espalhou-se por Tocantins, Goiás, Brasília, tinha sob controle, trabalhando para ele, até um promotor daqueles bravos, metido a honesto, denunciando os malfeitos dos outros.
Amasiou-se por dois anos com a mulher de um amigo. Quando o amigo soube, foi buscar consolo com quem? Com Cachoeira. E, ao que se comenta, mesmo preso Cachoeira já recompôs seu esquema operacional.
Quando ele for solto, esqueça os intermediários: vote no Cachoeira.
Carlos Brickman
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