quinta-feira, 30 de agosto de 2012

DÁ-LHE TOFFOLI

E o Ministro Toffoli, conhecido como “aquele que é, mas que nunca deveria ter sido”, votou a favor da absolvição do Deputado João Paulo Cunha.

- “Então um ar de espanto percorreu o semblante de todos no recinto”.

Infantil e sem graça o nosso chiste, quase idiota, dizem os descrentes.

Sabemos quem é o Ministro, as suas origens, os seus apegos, os seus amores, as suas pretensões, e o quanto paga, e está disposto a pagar para chegar aonde chegou, e lá manter- se doa a quem doer.

André Comte – Sponville, conhecido filosofo francês, legou – nos de seu livro “Pequeno Tratado das Grandes Virtudes”, lapidares lições sobre as virtudes, entre elas, a FIDELIDADE.

Aparentemente, Tofolli é fiel aos seus princípios basilares, sentimentos impalpáveis, objetos aleatórios, quimeras viscosas e fugidias e tão etéreas, que dizem as más linguas, nem ele as conhece; outras afirmam, que ele nem as tem.

Mas é fiel. É um virtuoso. Como os mais crápulas Generais de Hitler foram para o seu amado chefe. Fieis inclusive na perpetração do holocausto.

De uma fidelidade fora – de – série e, desse modo, acima dos questionamentos de reles mortais.

Toffoli reconhece os seus amos e os venera. É fidelíssimo.

O seu apego a algo ou a alguém ao extremo é um sinal de que ele possui a virtude da fidelidade, e por eles é capaz de morder a própria mãe, o que dirá dar um chute na verdade, ou virar as costas para o que é justo.

Logo, é preciso reconhecer que estamos diante de um expoente. Por fidelidade é capaz de qualquer coisa, inclusive absolver um crápula e condenar à morte um inocente.

Homens como o Ministro alçaram - se aos píncaros tão altos na sua posição exponencial que comandam a própria consciência, agora subordinada aos seus destemperos, portanto exclui - se das virtudes e valores incomensuráveis do restante da ralé, que é assolada por uma vozinha impertinente que lhe sussurra “não faz isto irmão, está errado”.

Assim, sem lenço e sem documento, e o melhor, sem consciência, e sem freios, lá vai o Ministro.

Mesmo os mais cretinos, também podem ser fieis aos seus ódios, aos seus vícios, aos seus despudores.

Questionado se não estaria impedido de julgar os réus do Mensalão por suas conhecidas e inquestionáveis ligações com o lado dos mensaleiros, peremptoriamente, e sem um rubor, asseverou, “NÃO”.

Portanto, ao sabermos dos votos do Ministro Toffoli, tiremos o chapéu e admitamos, “o cabra é fiel até na falta de vergonha”.

Toffoli deve ter dado a sua palavra a alguém, “não acusarei nenhum réu do mensalão”. E firme como uma rocha e, exemplarmente fiel absolveu e absolverá a quem quer que seja até a “bruxa malvada que azucrinou a Cinderela”.

Que ninguém ouse acusá – lo de não dedicar fidelidade absoluta ao seu dono. Pois cometerá uma lapidar injustiça. E mais: com o seu "notório saber jurídico" (não conseguiu aprovação para o cargo de Juiz de primeira instância, nem nunca escreveu uma obra jurídica) e "ilibada conduta moral" (??), aos 41 anos, será, logo, logo, o decano do STF, pois lá permanecerá até os 70 anos..

Por conseguinte, dá - lhe Ministro, e vai fundo que “nóis guenta”.

Valmir Fonseca Azevedo Pereira.

Por conseguinte, dá - lhe Ministro, e vai fundo que “nóis guenta”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário