Não é de meu hábito travar por falta de palavras. Mas quando tento identificar o que tenha feito Lula ungir Dilma Rousseff como sua sucessora, entro em dispnéia vocabular. Fico que nem ela perante o mais trivial dos conceitos. Não sei o que levou o presidente a tal desatino. Se lhe foi dado escolher, por que escolheu assim?
Convenhamos, a candidata do presidente não consegue (ou não está conseguindo) articular uma frase inteligível sequer. Suas apresentações são incompatíveis com a imagem de mãe do PAC, dama de ferro do governo, gestora que permitiu a Lula ser o que sempre desejou ser desde seu primeiro orgasmo populista com um megafone nos idos de São Bernardo dos Campos. Quando, no debate da Band, ela teve que enfrentar uma questão sobre a falência da infraestrutura nacional depois de oito anos de governo Lula, a mãe do PAC esteve muito mais para madrasta. Dessas de histórias infantis. A verdadeira mãe do PAC, se existir, deve andar por aí, chorando em silêncio. Interrogada sobre a situação das Apaes, a candidata de Lula foi incapaz de acolherar três palavras que se relacionassem com o tema, demonstrando total desconhecimento a respeito dessas meritórias instituições.
O processo sucessório em curso não visa a escolher a reitora de um convento de monjas cartuxas, onde não se deve falar. Nem de um Clube de Xadrez, onde mero "Bah!" arranca eloquentes sinais de reprovação. Ninguém melhor do que Lula sabe a importância da comunicação para o exercício do poder político numa sociedade de massa. No entanto, escolheu para sucedê-lo uma candidata que se dá melhor quando não fala e tem seus melhores momentos totalmente muda, sob os respingos da popularidade do chefe. Vem, então, a pergunta: teria ela sido escolhida por Lula numa atitude do tipo "tudo posso" e, portanto, "posso até fazer uma coisa dessas"? Se os delírios messiânicos o levaram a tanto, a conta lhe haverá de cair na caixa de correspondência. Esteja ele onde estiver.
Dilma somente demonstrou segurança quando afirmou que "nós criamos 14 milhões de empregos". E errou. Errou sob silêncio dos demais candidatos, que não lhe perguntaram: criaram como? Criaram com quê? Governos somente criam empregos no serviço público (vitalícios) e em obras e serviços (temporários) que lhe são prestados. E basta! No mais, quem gera postos de trabalho é a iniciativa privada.
"Mas o governo não cria condições para a atividade privada?", indagará meu leitor petista ou lulista. Respondo: nesse particular, o que existem são sistemas que favorecem a atividade empresarial, porque favorecem a estabilidade da moeda, proporcionam segurança jurídica e respeitam o direito de propriedade, o livre mercado, os contratos e assim por diante. E não me parece que estejamos mais do que engatinhando nessa direção, entre mamadas nas tetas do governo, papinha socialista servida desde as creches até o topo do mundo acadêmico, e longas sestas tiradas em berço esplêndido. Como Lula nada fez para corrigir essas realidades (ao contrário, ampliou as tetas, as papinhas e as sestas), tudo que hoje se colhe foi plantado antes dele. E contra sua esforçada militância, como se sabe.
Reconheça-se que a mídia eletrônica - rádio e tv -, por força de lei, não pode expressar opinião política mais contundente durante as campanhas eleitorais. Mas é escandalosa a omissão da mídia impressa. Nossos jornais, em vez de opinar sobre o que viram e sobre o que veem, ao término de um debate como o da Band, limitam-se a registrar o que cada lado disse de si mesmo e do opositor. Isso lá é opinião? Isso é suficientemente analítico? Serve à verdade? Serve ao país? Ao fim e ao cabo, diante do que vejo, acabarei concordando com a presunção do Lula. E com os fundamentos de sua opinião sobre o eleitorado nacional.
Percival Puggina
EM 2002 CRIOU-SE, ATRAVÉS DO MARKETEIRO DUDA MENDONÇA, UM TOTEM QUE IRIA SER IDOLATRADO POR UM POVO DESPROVIDO DAS NECESSIDADES BÁSICAS DE SOBREVIVÊNCIA E QUE, COM MIGALHAS IRIAM SE SENTIR GENTE,INÍCIANDO O PROCESSO DE AUTO-ESTIMA.
ResponderExcluirCOM O CRESCIMENO MUNDIAL DE CONSUMO O BRASIL ENTROU NA ERA DA EXPORTAÇÃO QUE PROPORCIONOU UM ELEVADO NÚMERO DE EMPREGOS.
O BEM ESTAR DE COMPRA DAS CLASSES MENOS FAVORECIDAS PROVOCOU UMA MAIOR IDOLATRIA E POPULARIDADE AO TOTEM CRIADO NÃO SE APERCEBENDO QUE O DESENVOLVIMENTO HUMANO(SAN.BÁS.,SAÚDE,EDUCAÇÃO)CONTINUAVA DECAINDO A OLHOS VISTOS.
PELA IMPOSSSIBILIDADE DO TOTEM CONTINUAR SENTADO NA CADEIRA PRESIDENCIAL ESCOLHEU ALGUEM QUE NÃO OFUSCARIA SUA LUZ E ASSIM CONTINUAR NA MÍDIA E NOS HOLOFOTES, BASTA OBSERVAR A CAMPANHA ELEITORAL DA CANDIDATA
A CAMPANHA MILIONÁRIA E ESTA DESENFREADA LOUCURA EM ELEGÊ-LA TEM COMO OBJETIVO PROIBIR O POVO DE SABER TODA A VERDADE DESTES 8 ANOS DE DESGOVERNO E DERRUBAREM O TOTEM DE SEU PEDESTAL PARA SEMPRE.
PENA QUE A MÍDIA TÃO COMPROMETIDA COM VERBAS DE PROPAGANDA E EMPRÉSTIMOS DO BNDES CONTINUEM ALIMENTANDO ESTA LOUCURA QUE TRARÁ PREJUÍZOS INCALCULÁVEIS NÃO SÓ AO BRASIL COMO TAMBEM A TODOS NÓS.
Amigo, confesso que estou prestes a jogar a toalha. Perverso como ver Dilma sucedendo Lula, é ver a oposição paralisada por cordões invisíves e poderosos, desconhecidos dos meus olhos. Bluesette
ResponderExcluirSou eleitora, sempe trabalhei, estudei, não entro ai em nehnhum requisito do geverno Lula , sou totalemte contra á bosla esmola, que dá o "peixe", não ensina a pescar, isso é compra de votos, issó e corrpução ativa, quem paga somos nós, povo, que estudou,quem trablha, quem paga impostos, quem paga usa conta de luz, de água de água necessidade básica para o ser humanso viver, adqueadamente não somos indios..talvez fosse melhor ser...tanta enrolação, que afinal as" Elites Pensantes" sentem coagidas, coabidas, em revelar...é revoltante, humilhante.
ResponderExcluirE um metarlúrgico que saiu do meio do povo com ou sem uma Dama de Ferro bem acessorada ou não, é quem na verdade que comanda o país, a desoloção é total,e a descotentanção também, estmaos nus feitos índios.Sem redes para pescar...