Saindo de cena – Na tarde de segunda-feira (9), o senador Gim Argello (PTB-DF), que tem bom trânsito no governo da presidente Dilma Rousseff, estranhou a informação de que o Palácio do Planalto preferia não ver o escândalo envolvendo Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira transformado em objeto de Comissão Parlamentar de Inquérito. A indignação de Argello se explica pelo fato de a bancada do PT no Senado estar se movimentando para colher as assinaturas necessárias para a criação da CPI.
O temor da assessoria da presidente Dilma é que o escândalo respingasse no Planalto, como de fato acabou acontecendo. Subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, comandada pela petista Ideli Salvatti (SC), o goiano Olavo Noleto sinalizou nesta terça-feira (10) com um possível pedido de demissão, depois que Dilma Rousseff pediu explicações sobre o suposto envolvimento do assessor palaciano com o bicheiro preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
Petista de longa data, Noleto foi para a Casa Civil em 2003, quando a pasta era comandada por José Dirceu de Oliveira e Silva, que tinha sob a sua tutela o assessor Valdomiro Diniz, que ao lado de Cachoeira protagonizou o primeiro escândalo do governo do ex-metalúrgico Luiz Inácio da Silva. Na conversa que teve com a chefe Ideli Salvatti e Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, Olavo Noleto repetiu o que disse o governador Marconi Perillo (PSDB), Que todos os políticos de Goiás têm algum tipo de ligação com Carlos Augusto Ramos, o contraventor Cachoeira.
Oficialmente, a assessoria do Palácio do Planalto informou que Noleto não tem relações com Cachoeira e muito menos foi apresentado a ele. Noleto, por sua vez, disse a Ideli e Gilberto Carvalho que o bicheiro lhe ofereceu um tablet Ipad, presente que foi recusado, segundo o próprio assessor.
Conhecido nas coxias do poder como “Itamaraty”, por faz a conexão entre políticos goianos e o Palácio do Planalto, Olavo Noleto foi sondado para ser candidato a vice na chapa do prefeito do atual prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PSDB). O Planalto convenceu-o a ficar no cargo, mas Noleto não descartou a proposta, pois Maguito Vilela, se reeleito, ficará no cargo até 2014, quando concorrerá ao Senado. Sendo assim, Olavo Noleto assumiria a prefeitura de Aparecida de Goiânia pelo restante do mandato, ou seja, três anos.
Por enquanto Noleto é inocente, mas a possibilidade de um escândalo pode reforçar seu desejo de deixar o governo da companheira Dilma Vana Rousseff. Por meio de nota, a ministra Ideli Salvatti informou que são infundadas as notícias sobre a saída de Noleto.
Fonte: Ucho.Info
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