segunda-feira, 12 de março de 2012

DILMA DETONOU JUCÁ



Jogada perigosa – Inconformada com a derrota sofrida no Senado Federal na semana passada, quando em votação no plenário os senadores barraram a recondução de Bernardo Figueiredo à direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a presidente Dilma Rousseff decidiu nesta segunda-feira substituir o líder do partido na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR). Há doze anos no cargo, Jucá foi líder no Senado dos governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio da Silva e Dilma. Romero Jucá deverá ser substituído pelo senador Eduardo Braga, também do PMDB, ex-governador do Amazonas.

A saída de Romero Jucá da liderança do governo é uma espécie de tiro no pé, pois o grupo do senador roraimense é quem comanda o Senado Federal há anos. Dele fazem parte os senadores José Sarney (presidente do Senado), Renan Calheiros (lide do PMDB), Valdir Raupp (vice-presidente do PMDB) e Jader Barbalho, cujo currículo dispensa maiores apresentações.

No grupo de Eduardo Braga estão os senadores peemedebistas Ricardo Ferraço (ES), Luiz Henrique da Silveira (SC), Vital do Rêgo Filho (PB), Pedro Simon (RS), Jarbas Vasconcelos (PE) e Roberto Requião (PR).

Governar um país com a dimensão e os problemas do Brasil não é tarefa fácil e muito menos que deve ser empreendida de forma isolada. Dilma Rousseff chegou ao poder por causa de uma aliança referendada por seu antecessor, Luiz Inácio da Silva, e sabia de cor e salteado como é ser refém de políticos ardilosos e fisiologistas. Mudar é preciso, sim, mas governar é e sempre será um espetáculo de enxadrismo que exige paciência e frieza. Quem se irritar com o tabuleiro perde o jogo.

Fonte: Ucho.Info

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