Banco de reservas – A cada dia que surge a enorme pizza em que se transformou a CPI do Cachoeira ganhe um ingrediente novo. O mais recente é a troca de mensagens entre o ex-líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que deve escapar das investigações por causa de um acordo de bastidor entre a base aliada e a oposição.
Com a divulgação da troca de mensagens, registrada por um cinegrafista do SBT, o Partido dos Trabalhadores já trabalha para que Vaccarezza seja substituído na CPI. O objetivo é evitar que o escândalo reverbere mais do que o necessário e a oposição resolva retomar o projeto de convocar todos os governadores mencionados no escândalo Cachoeira-Delta para depor.
No caso de as investigações da CPI terem o espectro ampliado, boa parte do governo do PT, desde a era Lula, incluindo o próprio ex-presidente, pode ir de roldão para o núcleo do escândalo, que como pano de fundo tem o meteórico crescimento da Delta Construção a partir de 2003.
Uma análise mais minuciosa, como vem insistindo o ucho.info, alcançaria não apenas os envolvidos que foram investigados na Operação Monte Carlo, mas também os acusados em outras operações da Polícia Federal. Caso isso aconteça, os brasileiros terão a oportunidade de compreender, pela primeira vez, a extensão da lama que grassa no submundo do poder, onde o jogo é bruto e desleal.
Qualquer tentativa de mudança dos rumos do País depende de uma apuração rigorosa das transgressões que engrossam o escândalo que no alvo, por enquanto, apenas Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o ainda senador Demóstenes Torres, que, se cassado, não cairá sozinho. É por essa razão que muitos temem a votação em plenário do eventual pedido de cassação do senador goiano, porque nesses casos o que vale é o voto secreto. E como rabo preso e de palha é o que não falta no Congresso
Fonte: Ucho.Info
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