Emulando os governos militares do "milagre econômico" com sua Transamazônica, o governo Lula/Dilma utilizou as obras da ferrovia Transnordestina e o faraônico projeto de transposição de águas do rio São Francisco como cenários no recente processo eleitoral para fotos e filmagens que emolduraram a campanha da "mãe do PAC".
Com essas obras, propagavam que os problemas recorrentes há séculos finalmente seriam superados.
Agora, o Nordeste, mais uma vez, enfrenta uma seca - com seu séquito de sede, fome e miséria - mesmo depois de quase uma década de administração petista, período no qual espalhava aos quatro ventos o anúncio de obras que iriam redimir a condição do Nordeste como uma região atrasada.
Mas realidade é outra, seja por falta de capacidade gerencial, seja por deficiência de projeto ou de execução, como o trecho destinado à famigerada empresa Delta, com rachaduras em vastas extensões do leito artificial que o tornam imprestável para o fim desejado necessitando ser refeito antes de seu uso, essas obras não estão prontas.
Enquanto a seca impera em vastas regiões do sertão nordestino, nossa presidente, amparada pela extraordinária máquina de propaganda que herdou do governo Lula, vem a público anunciar mais um novo "projeto de combate à pobreza".
Inaugurar promessas é uma especialidade do governo petista. A presidente Dilma Rousseff inova com o programa Brasil Carinhoso ao reinaugurar promessas já feitas.
Faz um grande evento publicitário para relançar um programa fracassado, o Pró-Infância, lançado em 2007, na gestão do presidente Lula, agora com outro nome, aliado ao aumento do Bolsa Família.
Em um ano e cinco meses de governo, a presidente não entregou nenhuma das 6 mil creches prometidas na campanha de 2010. Agora, promete somente 1.500 unidades.
É um verdadeiro escárnio com a população, ainda mais ao sabermos do Ministério da Educação, que no país não passam de 400 creches do governo federal em pleno funcionamento e todas foram construídas antes do governo do PT.
As creches são fundamentais para garantir que a primeira infância seja cercada dos cuidados necessários ao desenvolvimento das crianças, possibilitando às mães apoio para poderem trabalhar, gerar renda e ter autonomia. Creche é dignidade para as mães e segurança para as crianças.
É fácil transferir dinheiro ou lançar projetos que não saem do papel.
Difícil é construir uma política de geração de emprego e renda, qualificar as pessoas ao mercado de trabalho para permitir que elas garantam seu sustento sem a tutela do Estado. Difícil é entregar as obras prometidas que trariam maior dinamismo econômico à região.
A presidente precisa parar de gastar dinheiro com publicidade e começar cumprir o que prometeu.
A população começa a dar sinais de cansaço com tanto discurso e pouca ação. O das bolsas que se aliviam o presente não oferece perspectivas de um futuro diverso e melhor.
Que o diga a atual, e ainda infelizmente recorrente, seca. Como dizia Luiz Gonzaga, em um clássico de nossa música popular, "mas dotô uma esmola/ a um home que é são/ ou lhe mata de vergonha/ ou vicia o cidadão".
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Roberto Freire
Com essas obras, propagavam que os problemas recorrentes há séculos finalmente seriam superados.
Agora, o Nordeste, mais uma vez, enfrenta uma seca - com seu séquito de sede, fome e miséria - mesmo depois de quase uma década de administração petista, período no qual espalhava aos quatro ventos o anúncio de obras que iriam redimir a condição do Nordeste como uma região atrasada.
Mas realidade é outra, seja por falta de capacidade gerencial, seja por deficiência de projeto ou de execução, como o trecho destinado à famigerada empresa Delta, com rachaduras em vastas extensões do leito artificial que o tornam imprestável para o fim desejado necessitando ser refeito antes de seu uso, essas obras não estão prontas.
Enquanto a seca impera em vastas regiões do sertão nordestino, nossa presidente, amparada pela extraordinária máquina de propaganda que herdou do governo Lula, vem a público anunciar mais um novo "projeto de combate à pobreza".
Inaugurar promessas é uma especialidade do governo petista. A presidente Dilma Rousseff inova com o programa Brasil Carinhoso ao reinaugurar promessas já feitas.
Faz um grande evento publicitário para relançar um programa fracassado, o Pró-Infância, lançado em 2007, na gestão do presidente Lula, agora com outro nome, aliado ao aumento do Bolsa Família.
Em um ano e cinco meses de governo, a presidente não entregou nenhuma das 6 mil creches prometidas na campanha de 2010. Agora, promete somente 1.500 unidades.
É um verdadeiro escárnio com a população, ainda mais ao sabermos do Ministério da Educação, que no país não passam de 400 creches do governo federal em pleno funcionamento e todas foram construídas antes do governo do PT.
As creches são fundamentais para garantir que a primeira infância seja cercada dos cuidados necessários ao desenvolvimento das crianças, possibilitando às mães apoio para poderem trabalhar, gerar renda e ter autonomia. Creche é dignidade para as mães e segurança para as crianças.
É fácil transferir dinheiro ou lançar projetos que não saem do papel.
Difícil é construir uma política de geração de emprego e renda, qualificar as pessoas ao mercado de trabalho para permitir que elas garantam seu sustento sem a tutela do Estado. Difícil é entregar as obras prometidas que trariam maior dinamismo econômico à região.
A presidente precisa parar de gastar dinheiro com publicidade e começar cumprir o que prometeu.
A população começa a dar sinais de cansaço com tanto discurso e pouca ação. O das bolsas que se aliviam o presente não oferece perspectivas de um futuro diverso e melhor.
Que o diga a atual, e ainda infelizmente recorrente, seca. Como dizia Luiz Gonzaga, em um clássico de nossa música popular, "mas dotô uma esmola/ a um home que é são/ ou lhe mata de vergonha/ ou vicia o cidadão".
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Roberto Freire
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