segunda-feira, 16 de agosto de 2010

FRONTEIRAS ABERTAS.

O contingenciamento de recursos para a Polícia Federal (PF) é um desrespeito com a segurança pública do Brasil. Essa é a avaliação do deputado Marcelo Itagiba (RJ), que também é delegado da PF, sobre os cortes de verbas executados pelo governo federal nos recursos destinados à instituição. De acordo com o jornal "Folha de S.Paulo", o próprio diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, reclama em circular dos cortes de janeiro a maio no valor de R$ 122 milhões.


O ofício de Corrêa, do dia 6 de junho, foi encaminhado uma semana após o decreto do presidente Lula que reduziu em 3,5% o limite de pagamentos da PF. No mesmo documento, o diretor-geral da corporação diz que a tendência é a situação ficar ainda mais grave.

Segundo Itagiba, sem dinheiro a PF não poderá realizar operações de fiscalização nas fronteiras. “Pode haver uma paralização das operações fazendo com que entrem pelas fronteiras mais armas e mais drogas. Com isso, deve aumentar a violência nas grandes cidades", afirmou.

Neste ano, informa a matéria do jornal paulista, o decreto presidencial impôs à Polícia Federal redução de 14% na administração das unidades e de 36% para o Funapol, fundo de custeio de despesas com transporte, hospedagem e alimentação de policiais federais em missão.

O Ministério da Justiça confirmou os cortes e informou que "se houver emergência" poderá remanejar dinheiro de outros órgãos da pasta para a corporação. A informação é do diretor de Programa da Secretaria Executiva do ministério, Adélio Martins.

Para Itagiba, a segurança pública não pode ser vista como despesa no orçamento, mas como investimento na qualidade de vida do cidadão. O deputado defende, desde 2006, a criação do Ministério da Segurança, questão que o PSDB também tem tratado como prioridade. "Esses recursos precisam ser imediatamente desbloqueados sob pena do país ter aumento da criminalidade, principalmente do crime organizado”, avaliou o tucano.

Policiais federais a pé

→ Ainda de acordo com a matéria da Folha de S. Paulo, um delegado que chefia operações no estado de São Paulo revelou a falta de dinheiro até para a gasolina dos veículos.

→ O governo prometeu liberar R$ 58 milhões e informa que as verbas da PF poderão ser descongeladas a partir de 20 de setembro

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