Léo Bruno
Um dos temas considerados mais relevantes hoje no universo organizacional é a liderança. Não só pela sua importância estratégica no desempenho da empresa como um todo, mas, sobretudo, devido à contribuição do seu papel no desenvolvimento das organizações e da sociedade em que estão inseridas. Assim, se você quer ter uma carreira bem sucedida, é preciso compreender o conceito e o papel da liderança, além de sua extensão e inserção nas organizações contemporâneas.
Recentes estudos apontam que grande parte das empresas é, hoje, mais causadora de insatisfação do que geradora de ambientes motivadores para suas equipes. Com base em pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, com 400 executivos de 48 empresas de médio e grande porte no Brasil (sendo 60% multinacionais), podemos afirmar que faltam nos dirigentes dois ingredientes fundamentais que explicam a insatisfação dos profissionais: criatividade e inovação.
A pesquisa parte da premissa de que os executivos podem desenvolver, em geral, cinco valores pessoais: o valor econômico, relacionado aos custos e benefícios no negócio; o valor teórico, ligado à lógica e à razão nas decisões; o valor social, baseado no desenvolvimento das pessoas; o valor político, atrelado ao poder, ao reconhecimento e à influência; e, por fim, o valor estético, vinculado à criatividade e à inovação.
Todos esses valores são muito importantes para os dirigentes de uma organização, porém o problema é que, na maioria delas, eles aparecem em desequilíbrio na ordem de prioridade ou preocupação dos dirigentes. Como indica a pesquisa, em primeiro lugar surge o valor econômico; depois, seguem empatados o teórico e o político e, nos dois últimos lugares, estão o estético e o social. Em outras palavras, esses líderes estão demasiadamente preocupados com custos e resultados em detrimento do pouco envolvimento com as pessoas e o fruto do seu entusiasmo. Eles priorizam o seu tempo para viajar, participar de várias reuniões, atender o celular e despachar e-mails, mas não para conversar e avaliar outras questões com seus colaboradores.
Dessa forma, o atual cenário aponta para organizações que privilegiam valores equivocados, uma vez que esse é o perfil de executivo que perdura há décadas. Isso ocorre por três motivos: tal perfil é aceito nas organizações sem contestação, os conselhos de administração cobram dos executivos somente resultados econômicos e as próprias empresas que, ao selecionar "talentos" no mercado, optam por esse tipo de profissional.
Por tudo isso, ainda perpetua no universo organizacional um perfil de liderança totalmente inadequado às demandas da sociedade para as empresas do Século XXI. Não resta dúvida, portanto, que a liderança continua a ser, há milênios, um artigo de luxo no planeta. Se isso não fosse verdade, não teríamos mais de dois terços da humanidade morrendo, passando fome ou vivendo com menos de dois dólares por dia.
Nesse sentido, a Unesco tem discutido a necessidade de se buscar um novo paradigma para a liderança, a partir do conceito de que ela é um processo de influência, não uma influência pura e simples, mas que promova necessariamente o desenvolvimento humano. Como resolver este problema? A resposta é simples, apesar de a solução ser complexa: por meio do investimento na educação da população. Líderes se formam desde os primeiros anos da escola.
Você disse tudo,eu não sou a favor por exemplo dos chefes se comunicarem tudo q tenham a dizer por e mail, lógico q é relativo na era digital é imprescindível,mas não podemos esquecer os valores e a comunicação com a equipe. Motivação é tudo.
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