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sexta-feira, 13 de agosto de 2010
POPULARIDADE DE LULA VAI AFUNDAR COM O PRÉ-SAL.
O jornal britânico Financial Times adiantou em seu site um artigo segundo o qual as dificuldades de exploração do petróleo na camada pré-sal ameaçam o legado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Seu presidente enormemente popular, Luiz Inácio Lula da Silva, parecia que deixaria o cargo sob um coro de elogios – até que ele mergulhou nas complicações do petróleo de águas profundas”, afirma o autor do artigo, Norman Gall, diretor-executivo da Instituto Fernando Braudel, em São Paulo.
Na opinião do autor, se ocorrer um grande acidente na região do pré-sal, “nem a Petrobrás, nem a Marinha brasileira tampouco embarcações privadas poderiam montar um esforço de emergência na mesma escala vista no Golfo do México [onde explodiu e afundou uma plataforma da petrolífera BP em abril, com vazamento de óleo que dura até hoje]”.
O texto diz que Lula usa como arma política a imagem do Brasil como potência de petróleo. Reconhece que essa possibilidade “não é ilusória”, mas insinua que o fato de Dilma Rousseff ter ocupado uma cadeira no conselho da Petrobrás influenciou na proposta legislativa que deu à empresa o monopólio sobre as áreas descobertas, propostas essas que, na avaliação do autor, geraram “uma miríade de problemas”.
A necessidade de levantamento de capital para a Petrobrás, junto com os gastos para a Copa e as Olimpíadas, podem gerar um aumento de despesas públicas, “pode significar um retorno lastimável ao passado”.
Como consequência, diz o artigo, “a reputação de Lula pode em breve naufragar tão fundo quanto as reservas de petróleo que entusiasmaram o País”.
Petrobrás na berlinda
A Petrobrás entrou na berlinda nos últimos dias. Ontem (terça-feira, 10), os jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo escolheram a empresa como a principal notícia do dia.
O Estadão informou que a Petrobrás e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) estão brigando. Dos contratos para compra de equipamentos pela empresa, 65% têm que vir de fornecedores brasileiros, obrigatoriamente. A petrolífera quer baixar esse número para 35%, mas a ANP não aceita.
Na Folha, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, disse em entrevista que o governo quer aumentar sua participação na Petrobrás de 32% para 40%.
Já O Globo reportou que a ANP vai inspecionar uma plataforma da Petrobrás por causa de risco de acidente. Um dos fiscais disse que há perigo de acidente de trabalho de “grandes proporções.
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Quem viver, verá...
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