Em encontro em Buenos Aires, participantes dão respaldo ao venezuelano Chávez e elogiam Dilma
Monica Yanakiew
BUENOS AIRES. O maior controle estatal sobre os meios de comunicação de massa, a descriminalização do aborto e uma política regional de combate ao narcotráfico (para limitar a presença militar dos EUA na América Latina e no Caribe) foram algumas das propostas aprovadas ontem no XVI encontro do Foro de São Paulo. Da reunião participaram 600 representantes de 54 organizações políticas de esquerda da América Latina e do Caribe, entre elas o PT.
No Foro, discutiu-se a “democratização dos meios de comunicação”, elogiando a Argentina.
Por iniciativa da presidente Cristina Kirchner, o Congresso aprovou uma polêmica lei que limita o poder de conglomerados da mídia — como o Clarín. Mas a lei, segundo a oposição, aumenta o controle do Estado sobre a divulgação de informações. A lei prevê que as ONGs terão acesso a um terço do espaço audiovisual, assim como as mídias públicas e privadas. Ao mesmo tempo, impede empresas de ter um canal aberto e um canal a cabo de TV na mesma região.
A resolução, aprovada no Foro, considera necessário que o Estado intervenha para “colocar limites na concentração dos meios” e formular “políticas públicas de comunicação”. O documento cita, além da Argentina, o Paraguai e o Brasil — três países que teriam conseguido instalar o debate sobre a credibilidade dos grandes meios de comunicação.
Um dos resultados, diz a resolução, foi “a queda nos níveis de venda e de audiência” dos jornais e das emissoras de TV.
Na declaração final do encontro, em Buenos Aires, os participantes do Foro — que tem como secretário-geral Valter Pomar, do PT — deram apoio ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nas eleições legislativas, e felicitaram Dilma Rousseff, candidata do PT no Brasil.
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