Começam a surgir no noticiário informações preocupantes, sobre a sonegação promovida por grandes grupos que operam no setor de petróleo, onde manobras flagradas pela Receita Federal comprovariam que as perdas são superiores a R$ 1,6 bilhão, em apenas um ano, tudo isso montado através de operações triangulares no campo do afretamento de navios para transporte de petróleo.
Quem acompanha os "meios" de se fazer "política" no Brasil avalia o desespero, a preocupação que nutre o presidente Lula, diante da impossibilidade de eleição de sua pupila Dilma Rousseff, primária, neófita em política e fácil de ser manipulada, daí sua candidatura, daí a sofreguidão com que o "professor" carrega sua pupila nas costas, como uma mochila, vociferando seu apoio para as multidões, sempre com ameaças veladas pela perda de "direitos sociais", como o Bolsa Família, que o governo sabe, prende sua figura à memória dos milhares de beneficiados que vivem acocorados à porta de suas casas, sem nada o que fazer, com poucas ideias na cabeça, esperando a hora para passar o cartão do "benefício", na maquininha da Caixa Econômica Federal.
Estamos apenas assistindo ao começo de uma campanha eleitoral que poderá se transformar numa das discussões mais degradantes da história política brasileira, devido às paixões que estão envolvendo o Presidente da República que não medirá sacrifícios, mesmo como tem feito às vezes, invertendo a verdade, mas seu objetivo maior é eleger Dilma de qualquer maneira.
Esse processo de sonegação tem tudo a ver com o momento político que estamos vivendo. Os negócios no campo petrolífero são tão grandes que seus números espantam, confundem. Possui o setor uma legislação própria, altamente privilegiada porque é preciso ter muito dinheiro em jogo, por ser o setor considerado o mais importante do mundo, onde giram as pessoas mais ricas da face da terra, do mundo dos negócios, não se esquecendo dos problemas que geram no campo da corrupção, já que o setor petróleo abala todo mundo.
Não é de hoje, como já dissemos, que se fala em fraudes no sistema da produção de petróleo e, no caso presente, o Brasil não poderia estar de fora, ainda mais agora, quando o governo acaba de ver aprovada pelo Congresso a nova empresa estatal que vai gerir os negócios do chamado pré-sal, fazendo com que, ainda no governo Lula, se implante a nova empresa, sejam designados seus primeiros dirigentes que, entendemos, num futuro muito distante, ainda não conseguiram ver a cor do petróleo da chamada camada do pré-sal. Não é qualquer brincadeira a sua extração e, a impressão que se tem, é a de que vai custar muito tempo para a empresa ser implantada, pelas graves barreiras técnicas que dificultam a extração do petróleo da camada pré-sal.
Para os especialistas no assunto, as sonegações no setor ocorrem por manobras contábeis das concessionárias nas explorações que operam nos campos de petróleo do Rio de Janeiro e Espírito Santo, que ajudaram o Repetro, regime que suspende a cobrança de tributos, para os bens usados no setor petrolífero, a se tornar a maior renúncia fiscal de comércio exterior do país, já superando a Zona Franca de Manaus.
Na verdade, esses negócios no campo petrolífero ainda estão meio nebulosos e não está havendo muito interesse em se mexer, exatamente porque essa coisa vem de longe, está acentuada agora, com a ideia absurda de se implantar uma nova empresa para explorar um petróleo que não existe prazo para que as pessoas comecem a tomar iniciativa no campo da exploração de uma atividade que não está oferecendo perspectivas a médio prazo, ao menos.
É cedo, muito cedo mesmo, para se avaliar o que vai acontecer com esse sistema de fraudes que está sendo apontado pela Receita Federal.
Lula conhece o homem esperto que é Serra, o que ele poderá fazer no campo do levantamento, que determinará para se colocar as coisas nos seus devidos lugares.
Já no caso da d. Dilma, o que sentimos, diante de sua participação nos negócio petrolíferos, é que ela não se apercebeu ainda que Lula não elege Dilma! Vamos assistir ao desenrolar da disputa eleitoral.
Uchôa de Mendonça
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