O candidato José Serra (PSDB) disse em entrevista à TV Brasil que sua adversária Dilma Rousseff (PT) venceria "disparado" um torneio de "más companhias". Apesar de subir em palanques de candidatos que correm o risco de impugnação, Serra disse que Dilma tem um pior histórico em termos de apoio político.
Todo mundo que vem comigo, sabe como eu me comporto. Eu não faço segredo. Agora, é um pouco difícil a gente fica comparando quem tem o quê. Num torneio, a candidata do governo perde disparado em matéria de más companhias", afirmou.
O tucano afirmou que sua prioridade, se for eleito, será acabar com o loteamento político na administração federal. Serra disse que a quebra de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, foi consequência de uma indicação política na Receita Federal.
"Eu não faria o loteamento, não ficaria entregando o Estado a aparelhos. Você viu o que aconteceu na Receita, que cometeu crime contra a Constituição. Isso é partidarismo. Quebrou o sigilo para usar em campanha eleitoral", afirmou.
Serra disse que o PT tem "gula infinita" por cargos na gestão Lula, assim como outros partidos aliados. "A visão de que é um mal necessário é cúmplice do governo atual, que em matéria de corrupção deixou a desejar. Não discuto se o Ficha Limpa vai resolver, mas mostrou que a população quer mudar", afirmou.
Ao citar o Congresso, Serra disse que os parlamentares não têm que indicar afilhados para cargos em governos. "Quando um deputado põe um direito financeiro de uma empresa, para que ele quer isso? Ou diretor de compras de um hospital? Por vocação? Não, para pegar dinheiro."
Serra voltou a acusar o governo Lula de promover loteamento de cargos na administração federal. "Você tem que ter instituições que são permanentes. Não pode ter o uso dela para fins político-partidários."
Na entrevista, que vai ao ar hoje à noite, o tucano negou o rótulo de candidato da oposição. "Sou o candidato do 'pode mais' e do 'dá para fazer'", disse.
APOIO
Serra disse que Lula, apesar de ser forte em popularidade, não conseguiu formar maioria no Congresso para aprovar projetos do seu interesse. "O governo Lula é forte pelo prestígio do presidente e fraco no Congresso. Cada votação você precisa recuperar a maioria."
A entrevista foi concedida ao programa "3 a 1", série da TV Brasil que vai entrevistar os três candidatos à Presidência líderes nas pesquisas. Ontem, Dilma participou do programa. Amanhã será a vez de Marina Silva (PV). A entrevista de Serra vai ao ar na noite de hoje, embora tenha sido gravada ontem.
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