À espera de uma moradia digna, famílias capixabas veem o Minha Casa, Minha Vida bem distante de suas realidades. E não é para menos. O Espírito Santo tem um dos piores desempenhos do país na contratação dos projetos populares. O objetivo é que 16.847 unidades habitacionais sejam aprovadas até o final do ano. Mas, até agora, apenas 7.151 propostas de imóveis foram liberadas.
A ideia do programa era diminuir o déficit habitacional que chega a mais de 100 mil imóveis no Estado, de acordo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Porém, por aqui, a iniciativa está cheia de impasses. Inclusive, algumas cidades correm sérios riscos de perderem os investimentos do governo.
Da meta de 6.738 moradias voltadas para a população com renda de até R$ 1.395, só 2.729 casas foram aprovadas. Dos 10.109 imóveis destinados às famílias com renda de R$ 1.395 a R$ 4.650, só 4.422 foram contratados.
No caso dos projetos voltados para famílias pobres, entre os principais problemas está a localização de terrenos. Para a construção dessas casas, as prefeituras, principalmente, as da Grande Vitória, têm dificuldades de encontrar áreas com infraestrutura e saneamento básico.
Cariacica, Vila Velha e Viana são as cidades mais afetadas. Serra também encontrou barreiras, mas está correndo atrás de alternativas para não ficar de fora. Vitória conseguiu contratar 248 casas, mas o número ainda é insuficiente para a demanda.
Nessas cidades, a maior parte dos projetos parte da iniciativa privada. As prefeituras têm entrado com apoio e incentivos fiscais. Os secretários de habitação dos municípios dizem que estão em contato com o governo do Estado e com a Cesan para romper as dificuldades de tratamento de esgoto e aprovar projetos.
Por outro lado, as cidades do interior estão saindo na frente no Minha Casa, Minha Vida. Colatina, São Mateus e Linhares totalizam quase todos os projetos aprovados até o momento pela Caixa. No entanto, outras cidades, como Barra de São Francisco, Nova Venécia e Cachoeiro de Itapemirim não tiveram casas contratadas até o momento.
Renda de até R$ 4.650
Os imóveis para famílias com renda de R$ 1.395 a R$ 4.650 movimentaram a construção civil do Estado. No entanto, as obras desses empreendimentos ainda estão bem abaixo da meta. Mas as empresas do setor acreditam numa reação. "A demora ocorreu pois muitas prefeituras não estavam preparadas e tiveram que mudar suas legislações. Quem saiu na frente foi a Serra, que desde o início estava adequada e por isso recebeu a maior parte dos investimentos. Agora, Cariacica e Vila Velha também vão ganhar imóveis e mais lançamentos serão realizados", afirma o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Juarez Soares.
"Passei a não acreditar nas promessas"
Quando o Minha Casa, Minha Vida foi lançado, em março do ano passado, a doméstica Edna da Silva, deu entrevista para A GAZETA falando da esperança de ter a casa própria. Ela não ficou parada. Foi se informar na prefeitura e recebeu a notícia de que deveria esperar. Edna vive com um salário mínimo, em uma casa de madeira. Divide o espaço com duas filhas e uma neta. Uma das filhas está grávida. Edna é quem paga as contas. Mesmo se enquadrando no perfil prioritário do programa do governo - ser mulher e chefe de família - nos últimos tempos um sentimento mais realista bateu à sua porta: o aluguel continuaria a ser seu fiel companheiro. "Há 21 anos vivo do aluguel. Queria ter a minha casinha, mas é difícil. Passei a não acreditar mais nas promessas do governo".
A Gazeta.
MINHA CASA, MINHA ETERNA ESPERA FOI LANÇADO SEM LEVANTAMENTO REAL DOS ESPAÇOS POSSÍVEIS PARA A CONSTRUÇÃO DE CASAS NAS CIDADES DO BRASIL.
ResponderExcluirTUDO NESTE DESGOVERNO NÃO PASSOU DE PROJETOS DE PAPEL PARA ILUDIR ESTE POVO SOFRIDO E TÃO CARENTE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (SANEAMENTO BÁSICO, SAÚDE E EDUCAÇÃO)
marcos vc é parente da falecida Maria da Penha Gama Sobreira?
ResponderExcluirgrata pela atenção