O procurador-geral da República (PGR), Roberto Gurgel, lamentou nesta segunda-feira (19) que partidos políticos tentem "intimidar" a atuação do Ministério Público durante o período de campanha eleitoral. Embora não tenha citado nominalmente o Partido dos Trabalhadores (PT), cujo presidente, José Eduardo Dutra, admitiu a possibilidade de questionar a atuação da vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, no Conselho Nacional do Ministério Público, Gurgel, que atua como procurador-geral eleitoral, disse que as agremiações políticas deveriam se preocupar com o cumprimento da legislação para as eleições, e não com artifícios para coibir o trabalho do MP.
Na última semana, Cureau confirmou estudar a possibilidade de ingressar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia feito referências diretas à candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, no lançamento do edital do trem de alta velocidade (TAV). Na ocasião, a representante do MP disse que, em tese, poderia ter havido abuso de poder político por parte de Lula, o que, também em tese, motivaria até a impugnação da candidata petista ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff.
"O Ministério Público Eleitoral continuará a atuar com a firmeza que a sua missão constitucional impõe", afirmou Gurgel.
Em nota divulgada nesta segunda, procuradores regionais eleitorais informaram que "sua atuação se dá de forma integrada e em estrito cumprimento às bases legais específicas, previstas na Constituição Federal".
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