Durante coletiva de imprensa no final da tarde desta segunda-feira (19), o presidente do PSDB e coordenador da campanha do candidato à presidência José Serra, senador Sérgio Guerra (PE), proferiu inúmeros ataques aos petistas, chamou as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) de "sócio incômodo do PT" (sic) e disse que seu partido "não frenquenta o subtarrâneo da política".
No pronunciamento, Guerra endossou as afirmações do deputado Indio da Costa (DEM-RJ), candidato a vice na chapa presidencial, quanto ao envolvimento dos petistas com as Farc, mas desconversou quando perguntado sobre a ligação do PT com o narcotráfico, o que motivou ainda nesta segunda a representação do PT junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria Geral da República (PRG). "Não temos a menor preocupação com o que disse Indio", afirmou Guerra para depois enaltecer as qualidades do candidato a vice.
Sérgio Guerra disse que, antes da corrida presidencial começar, o PT chegou a propor pra ele que não "judicializassem" a campanha. Guerra acusou os petistas de intimidar a imprensa e a Justiça, citando o caso da procuradora-geral da República Sandra Cureau.
O presidente do PSDB ainda dispara: "vamos para cima deles e exigiremos o cumprimento da lei". O tucano acusa os petistas de capitalizarem as declarações de Indio da Costa para se "vitimizarem".
Guerra ressaltou que Indio não fez as acusações por orientação de alguém do partido e endossou o coro encabeçado por Serra, de que Dilma seria produto de marketing, segundo o tucano, "feito também com uso da máquina estatal". "Temos candidatos com projeto e eles têm uma fraude", criticou.
Caso Lina Vieira
Em entrevista à revista Veja deste sábado (17), o ex-funcionário do Palácio do Planalto Demetrius Felinto afirmou que o governo escondeu imagens das câmeras de segurança que comprovariam o encontro entre a ex-secretária da Receita Lina Vieira e a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Demetrius diz que foi o responsável pelo sistema de câmaras e controle de acesso do Palácio do Planalto e teria feito uma cópia de segurança e guardado o material num computador instalado no Palácio.
O convite feito a Alvaro Dias e a Eduardo Jorge para participar da coletiva teve o intuito, segundo tucanos, de diminuir as repercussões negativas relacionadas às declarações de Indio. Na ocasião, Dias trouxe à tona novamente o Caso Lina Vieira e disse que o PSDB entrará com uma representação junto à Procuradoria Geral da República pedindo a investigação da existência de imagens que comprovariam o encontro entre Dilma e Lina.
Em resposta aos jornalistas, Alvaro Dias disse que o intuito de entrar com essa representação só agora é porque o ex-funcionário do Planalto só aceitou vir a público recentemente.
Já Eduardo Jorge prestou seu depoimento enquanto vítima da quebra de sigilo fiscal pela Receita Federal. O vice-presidente do PSDB disse ter requerido ao órgão os altos da sindicância embora tenham dito que ele tem direito ao acesso.
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