sexta-feira, 23 de julho de 2010

O ROMPIMENTO CHÁVEZ / URIBE.

Venezuela rechaçou acusações do país vizinho de que abriga guerrilheiros em seu território e determinou alerta na fronteiraConturbadas há anos, as relações entre a Venezuela e a vizinha Colômbia chegaram ontem ao seu ponto mais crítico. O controverso presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou o rompimento dos laços diplomáticos entre as duas nações e ordenou a seu exército “alerta máximo” na fronteira comum de 2.219 quilômetros de extensão.


A decisão de Chávez é uma reação às acusações do governo colombiano de que a Venezuela estaria dando abrigo a integrantes dos grupos guerrilheiros Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército de Libertação Nacional (ELN). Segundo um comunicado divulgado na semana passada pelo governo do presidente Álvaro Uribe – cujo mandato se encerra no dia 7 de agosto –, estariam em território venezuelano os guerrilheiros das Farc Iván Márquez, Rodrigo Granda, Timoleón Jiménez (o Timochenko) e Germán Briceño (o Grannobles), assim como Carlos Marín Guarín, o Pablito, do ELN.

Ontem, reforçando as acusações, o embaixador colombiano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Alfonso Hoyos, exibiu, durante sessão extraordinária, fotos aéreas, mapas e trechos de vídeo mostrando algumas das supostas dezenas de acampamentos das duas guerrilhas na Venezuela. Segundo Hoyo – que pediu o envio de uma missão da OEA à Venezuela para investigar esses locais –, haveria 1,5 mil guerrilheiros das Farc em solo venezuelano.

O embaixador venezuelano na organização, Roy Chaderton, rebateu as denúncias e afirmou que as fotos teriam sido tiradas, na verdade, em território colombiano. Também acusou Uribe de ser uma marionete dos EUA.

O anúncio do rompimento das relações diplomáticas foi feito horas mais tarde, quando Chávez recebia no Palácio Miraflores, em Caracas, o amigo Diego Maradona, técnico da seleção de futebol da Argentina.

– Vejo-me obrigado, por dignidade, a romper relações com o governo da Colômbia. Ficaremos em alerta, porque Uribe é um doente, está repleto de ódio. Não aceitaremos nenhum tipo de agressão nem violações de nossa soberania. Seria uma tristeza ter de ir a uma guerra com a Colômbia, mas teríamos de ir, no caso de a Venezuela ser atacada – afirmou o presidente venezuelano.

Novo presidente colombiano toma posse em 7 de agosto

Chávez também chamou Uribe de “mafioso” e “fantoche do império ianque (os EUA)” – mas, curiosamente, não negou veementemente a existência dos supostos acampamentos guerrilheiros. Disse apenas que, se houver alguma base guerrilheira no país, seria “sem a autorização do governo”.

Os diplomatas colombianos têm 72 horas para deixar a Venezuela. Apesar do rompimento, Chávez deixou aberta a possibilidade de reaproximação com o próximo governo colombiano. Eleito em maio, o ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos assumirá a presidência em 7 de agosto

Um comentário:

  1. Álvaro Uribe é um antigo traficante da Colombia,de suas terras saem os carregamentos legais de frogas para os EUA.Sim,legais pois tem aquiescencia dos EUA,que sabem que sua população viciada precisa do narcótico.Assim,controlam a entrada da droga em seu país

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