Com ofensas infundadas à oposição, o presidente Lula adota uma postura incoerente com o seu papel de defensor dos direitos de toda a nação brasileira. A avaliação é do deputado Gustavo Fruet (PR), líder da Minoria na Câmara. “Soa muito estranho o posicionamento do presidente. Se a economia tem bons indicadores, isso se deve às reformas realizadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”, afirma. Os ataques de Lula aos governos administrados pelo PSDB foram feitos durante comício em Ribeirão Preto (SP).
À parte as inverdades sobre possíveis privatizações, boatos repetidos por petistas em época de eleições, o presidente criticou a quebra do monopólio da telefonia. Mas os números desmontam o discurso. Com a privatização das telecomunicações, em maio de 1995, e jamais revertida pelo governo lulista, o telefone passou a ser realidade na vida de todos os brasileiros.
De acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o número de celulares habilitados no Brasil superou 185 milhões em junho. Além disso, o número de casas com acesso ao serviço de telefonia saiu de 19% em 1992 para 62% em 2002 e atingiu 85% em 2009. Os resultados foram obtidos após a privatização. Antes, uma linha telefônica era considerada patrimônio que deveria ser declarado no Imposto de Renda.
Em compensação, a sociedade brasileira continua sem acesso a saneamento básico, serviço que deveria ser oferecido pelo governo. De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), apenas 59,1% das residências do país em 2009 eram atendidas pelo serviço de rede coletora ou por fossa séptica ligada à rede. Prova absoluta da capacidade administrativa dos políticos tucanos foi o Plano Real.
Porém, o PT padece do esquecimento. O partido votou contra o plano que estabilizou a economia do país, afastando o fantasma da inflação que assolava a população. “Trata-se da lógica petista. Nessa estratégia, os adversários devem ser sempre criticados, inclusive os bons projetos. Por outro lado, os elogios ficam apenas para os aliados. É uma piada.” Para Fruet, o presidente deveria observar os índices de avaliação dos governos de São Paulo e Minas Gerais. “Assim, ele não tiraria conclusões precipitadas.”
No caso das estradas, outro assunto criticado, o presidente parece desconhecer os números. Recente levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a solução dos problemas das rodovias federais brasileiras demandaria investimentos de R$ 183,5 bilhões. Além disso, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), com base em dados de 2009, 70% das estradas federais estão em estado regular, ruim ou péssimo. “Em oito anos, ele (Lula) pouco fez para melhorar a situação das estradas do país”, afirma Fruet. “Em compensação, as mesmas pesquisas mostram que as melhores estradas do País estão em São Paulo.”
Segundo a CNT, as 17 melhores rodovias do Brasil estão em São Paulo e 75,4% da malha viária do estado é considerada ótima ou boa. Para o deputado, o programa de transferência de renda Bolsa Família é mais um exemplo da competência tucana. O projeto é resultado da concentração de cinco programas da Rede de Proteção Social criada pelo PSDB: Bolsa-Alimentação, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), o Bolsa-Escola, o Auxílio-Gás e o Brasil Jovem. “O PT só não fala que votou contra essas propostas”,
Fonte: http://bit.ly/d2n2Ve
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