Partidos aliados do governo federal serão adversários em quase todas as capitais do país
Márcio Lacerda (BH), do PSB, enfrentará o PMDB na disputa pela reeleição
Em conflito17 capitais: É o total de cidades onde ao menos três siglas da base de Dilma estarõa em lados diferentes.
Em conflito17 capitais: É o total de cidades onde ao menos três siglas da base de Dilma estarõa em lados diferentes.
Brasília
Aliados nacionalmente, os partidos que dão sustentação à presidente Dilma Rousseff devem patrocinar disputas entre si em praticamente todas as capitais nas eleições municipais de outubro.
Levantamento feito pelo jornal "Folha de S. Paulo" tendo como base os sete principais partidos da aliança dilmista (PT, PMDB, PDT, PSB, PC do B, PP e PTB) mostra que em 17 capitais o confronto entre mais de três dessas siglas é bem provável. Apenas no Rio o apoio à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB) é esperado.
Mesmo em Belo Horizonte, com um arco de aliança amplo para a reeleição de Márcio Lacerda (PSB), deve haver enfrentamento com o PMDB.
Nas sete demais capitais, há pelo menos dois pré-candidatos da base. É o que ocorre em Vitória, onde siglas governistas apoiam Iriny Lopes (PT), mas uma exceção é o PMDB do ex-governador Paulo Hartung.
Decisão
A definição oficial das candidaturas será em junho, com as convenções partidárias.
Em capitais como São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Recife, o número de candidatos é ainda maior.
Na capital paulista, cinco partidos da base têm pré-candidatos: Fernando Haddad (PT), Gabriel Chalita (PMDB), Netinho de Paula (PC do B), Paulo Pereira da Silva (PDT) e Luiz Flávio D'Urso (PTB).
Principal aliado do PT em âmbito nacional, o PMDB deve disputar em 21 capitais. É a legenda com o maior número de pré-candidatos, ficando na frente, inclusive, do PT, que trabalha com a possibilidade de lançar 18 nomes.
A discrepância entre as disputas para as prefeituras e a aliança partidária que dá sustentação ao governo federal já ocorreu em outras eleições. Em 2008, PT e PMDB, os dois maiores partidos da coalizão nacional, se enfrentaram em 17 das 26 capitais.
O professor de Ciência Política da Universidade de Brasília David Fleischer lembra que nas disputas municipais a tendência é que prevaleçam os arranjos paroquiais.
Fonte: A Gazeta
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