O infectologista Reinaldo Dietze afirma que cerca de 500 pessoas serão estudadas
Os númerosRecorde: Desde a década de 1990, quando a dengue passou a ser notificada no Estado, o ano de 2011 foi o que apresentou o maior número de registros, superando os 53.708 de 2009
Casos: O Estado encerrou 2011 com 54.648 casos
Mortes: Foram 25 óbitos em 2011
Livres: No ano passado, só oito dos 78 municípios capixabas não tiveram casos da doença, segundo a Secretaria de Estado sa Saúde (Sesa)
Suspeitos: Neste ano, 69 casos são suspeitos da forma mais grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica)
Óbitos: Três mortes são investigadas. Os números são do boletim divulgado na última quinta-feira pela Sesa, referente ao período de 1º de janeiro a 11 de fevereiro
Os númerosRecorde: Desde a década de 1990, quando a dengue passou a ser notificada no Estado, o ano de 2011 foi o que apresentou o maior número de registros, superando os 53.708 de 2009
Casos: O Estado encerrou 2011 com 54.648 casos
Mortes: Foram 25 óbitos em 2011
Livres: No ano passado, só oito dos 78 municípios capixabas não tiveram casos da doença, segundo a Secretaria de Estado sa Saúde (Sesa)
Suspeitos: Neste ano, 69 casos são suspeitos da forma mais grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica)
Óbitos: Três mortes são investigadas. Os números são do boletim divulgado na última quinta-feira pela Sesa, referente ao período de 1º de janeiro a 11 de fevereiro
Rosana Figueiredo
rfigueiredo@redegazeta.com.br
Uma pesquisa que será desenvolvida no Estado vai identificar quem tem mais chances de desenvolver dengue hemorrágica. Os estudos estão previstos para começar em um mês, quando o número de casos da doença deve crescer e uma nova epidemia deve ocorrer.
Cerca de 500 pessoas vão participar da pesquisa, que vai analisar a quantidade e o tipo do vírus contraído, as partículas de tecidos lesionados e a quantidade de outras substâncias, como proteínas. O monitoramento dos pacientes será feito com coleta de material (sangue) e análise dos sintomas apresentados.
"Nossa intenção é identificar pessoas com chances de desenvolver a forma grave da doença. Como ainda não temos a vacina contra a dengue, queremos evitar complicações e mortes", explica Reinaldo Dietze, infectologista e coordenador do Núcleo de Doenças Infectocontagiosas da Ufes.
Seleção
Os pacientes serão selecionados nas unidades de saúde onde há mais registros da doença e no Hospital das Clínicas (Hucam). Além de analisar o histórico médico de cada paciente, os pesquisadores vão examinar doentes no início do ciclo, entre o 3º e o 5º dias da doença.
Os especialistas vão comparar os resultados dos exames de sangue com os sintomas apresentados. A variação das substâncias analisadas, como as proteínas, é que vão revelar a possibilidade de haver dengue hemorrágica, segundo especialistas.
"Vamos acompanhar pacientes em 2012 e 2013, nas épocas de epidemia da doença, que geralmente ocorre no início do ano. Os resultados devem sair no final de 2013", afirma Dietze.
Segundo ele, um estudo semelhante, concluído recentemente nos Estados Unidos, mostra resultados que ainda não podem ser aplicados, pois os testes são muito caros e demorados. Mas segundo ele, essa pesquisa representa um avanço muito grande, pois, em breve, alguém pode desenvolver uma forma mais rápida de realizar esses testes.
"O estudo desenvolvido aqui no Estado será mais abrangente, porque terá um número maior de pacientes acompanhados – cerca de 500 pessoas – e analisará um número maior de substâncias, como a medição da carga viral presente no sangue dos doentes", explicou.
Estudo americano também prevê forma letal da dengue
Um estudo desenvolvido nos Estados Unidos por pesquisadores da Universidade do Texas também promete identificar, de forma eficaz, os pacientes que podem desenvolver a forma mais grave da dengue. O estudo deve diferenciar a doença de sua forma mais severa, a hemorrágica.
A intenção dos pesquisadores é descobrir, com antecedência, a suscetibilidade de um paciente em desenvolver a forma mais grave da doença e assim reduzir as taxas de mortalidade de 20% para menos de 1%.
Para isso, os especialistas poderiam utilizar terapias preventivas como transfusões de sangue para evitar complicações consequentes de hemorragias e falência de órgãos.
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