segunda-feira, 21 de abril de 2014

ANISTIA, SIM!

DENIS LERRER ROSENFIELD - O Estado de S.Paulo
Chamou particularmente a atenção nas últimas semanas a profusão de notícias e artigosrememorando o golpe (ou contragolpe, conforme a perspectiva) de 1964. É bem verdade que havia uma razão para isso, eis que se trata dos 50 anos desse evento. Não é menos verdadeiro, porém, que os militares estão sendo objeto de um cerco, em que não está somente em pauta uma melhor apuração da tortura, mas, sobretudo, a própria instituição militar. Não seria apenas um necessário exercício histórico de memória, mas uma operação política com alvo determinado: a revogação da Lei da Anistia.
Há, ademais, uma série de iniciativas parlamentares com vista, explicitamente, a essa revogação - restrita, evidentemente, aos artigos que dizem respeito à violência cometida por alguns grupos militares, sem referência alguma à violência perpetrada pela chamada luta armada, empreendida por organizações de esquerda. Vale para uns, não vale para outros.
A transição democrática no País foi um exemplo para o mundo, tendo se realizado sem traumas nem eclosão de violência. São inúmeros os exemplos no planeta em que a saída de regimes autoritários ou ditatoriais se deu pela luta armada e mesmo pela guerra civil. Não é o caso do Brasil, que fez uma transição pactuada entre os próprios militares democratas, a oposição, sobretudo personificada no MDB, e os egressos do partido do governo, a Arena, que vieram a fundar o PFL. Seu instrumento central foi a Lei da Anistia, que alcançou todos os envolvidos em atos de violência anteriores. Tratou-se, naquele então, de um grande acordo nacional, maciçamente apoiado pela sociedade brasileira, aprovado pelo Congresso Nacional e, mais recentemente, validado pelo Supremo Tribunal Federal.
anistia é uma espécie de pacto que torna viável um novo começo. Se não há um perdão estendido a todas as partes, elas continuam se envolvendo em toda sorte de disputas, recorrendo à violência como um dos seus instrumentos. E o futuro se torna refém de um passado não resolvido e estranhamente presente. A partir do momento em que uma sociedade decide voltar-se para seu futuro, não sendo mais refém de contenciosos pretéritos, ela deve dar-se uma anistia generalizada, para que todos os que se envolveram em lutas se sintam seguros. Daí em diante a violência deixa de ser instrumento da luta política, que passa a pautar-se por regras republicanas produzidas por uma espécie de consenso coletivo, o qual em nosso país se concretizou numa Assembleia Constituinte.
Anistia não significa esquecimento, mas aprendizado do passado visando a um recomeço. Todos os fatos devem ser apurados, sejam de que lado forem. Isso faz parte da História de um país. Quanto mais uma nação se conhece, melhores são as condições de um futuro que não repita os erros do passado. Para que isso ocorra, contudo, a narrativa histórica deve ser fiel aos eventos pretéritos, sem escolha ideológica nem descarte dos fatos que incomodam os que fazem tal narrativa. A tortura deve ser apurada, do mesmo modo que os crimes cometidos pela esquerda. O que não pode é essa narrativa tornar-se um faroeste ideológico, com mocinhos da esquerda e bandidos da direita.
Note-se que a esquerda "revolucionária", hoje tão decantada, ficou totalmente à margem desse processo. E não só isso: ela foi completamente derrotada na luta armada, não teve apoio popular algum, tendo sido uma operação militar de intelectuais e estudantes despreparados, porém ideologicamente bem apresentados. Atualmente, procura-se envernizar essa esquerda, que não tinha nenhum compromisso com a liberdade e a democracia. Seus integrantes posam de combatentes da democracia, quando nada mais eram do que instrumentos de implantação do comunismo/socialismo no País. Seu objetivo era instituir a "ditadura do proletariado" - que, sendo ditadura, não pode, é evidente, ser democrática!
Um dos episódios mais retomados nos últimos meses como de desrespeito dos militares aos direitos humanos é o da guerrilha do Araguaia, os atores revolucionários sendo apresentados como combatentes da democracia. Ora, eles eram maoistas e seguiam as diretrizes dessa forma de marxismo asiático. Seu objetivo, claramente, consistia em criar no Brasil um Estado totalitário, aos moldes de Mao Tsé-tung. Alguns eram da linha albanesa, variante ainda mais mortífera do maoismo. Para eles, a democracia seria "burguesa" e, portanto, deveria ser completamente destruída. Nesse sentido, o que os militares fizeram ao aniquilá-la foi simplesmente evitar que o totalitarismo maoista se instalasse entre nós. Liberticidas tornam-se combatentes da liberdade!
A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, tem sido dúbia em suas declarações. De um lado, reconhece a importância da Lei da Anistia, considerando-a irrevogável; de outro, dá liberdade aos seus ministros para que lutem por sua revogação. Ministros devem seguir a posição da presidente, não lhes cabendo contrariá-la. Para tanto podem renunciar às suas funções. Se um parlamentar petista se manifesta contra a Lei da Anistia, é um direito dele numa sociedade que se caracteriza pela liberdade de expressão. Não é o caso dos ministros, que devem seguir orientações.
O grande problema da revisão da Lei da Anistia está no fato de que isso seria uma quebra de contrato: a quebra de um contrato institucional que se encontra na raiz da democracia brasileira. Não se pode, 35 anos depois, dar o dito pelo não dito, como se a palavra que uma sociedade engaja consigo mesmo nada valesse. Tal medida não só produziria instabilidade institucional, como também seria uma péssima sinalização para o futuro. Se acordos políticos podem ser arbitrariamente revogados, não há por que fazê-los, muito menos cumpri-los.
Na verdade, é uma volta da vingança sob a forma do politicamente correto. Mais ainda, tal medida constituiria uma ameaça à própria democracia.

domingo, 20 de abril de 2014

SIGNIFICADO DA PALAVRA "PETRALHA"

Verbete "petralha" no Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa
Verbete “petralha” no Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa

CAMINHO SEM VOLTA, CPI DA PETROBRÁS JÁ!


refinaria_pasadena_01 “Dilma foi enganada, despreparada ou mal-intencionada? Esse é uma questão que só pode ser respondida com a instalação da CPI da Petrobras”, afirmou nesta sexta-feira o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), ao comentar reportagem da revista Época que traz novos documentos e revelações sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, que trouxe um prejuízo bilionário para estatal.
De acordo com a reportagem, a empresa Astra Oil, sócia da Petrobras no negócio, estava interessada num acordo para vender sua parte para a estatal brasileira. No entanto, o setor jurídico da petroleira brasileira, com apoio do então presidente José Sérgio Gabrielli (PT) e o aval de Dilma Rousseff, que presidia o conselho de administração, optou por uma briga judicial que agravou ainda mais o prejuízo com a compra de uma refinaria adquirida por US$ 42 milhões pela Astra e que custou US$ 1,25 bilhão para a Petrobras.
Rubens Bueno ressalta que os documentos divulgados pela revista apontam que técnicos da estatal afirmavam que Dilma deveria ser avisada sobre a possibilidade de aumento dos prejuízos com a briga na Justiça. “Mais uma vez Dilma deixou de considerar os alertas. Resta saber se o aviso não chegou até suas mãos ou se foi convencida por alguém a prosseguir no litígio. Pelo que estamos vendo, nesse negócio haviam interesses além dos da Petrobrás e de sua sócia belga”, disse o líder do PPS.
Para o parlamentar, somente uma CPI poderá desmontar o esquema político que foi infiltrado dentro da Petrobras com o objetivo de abastecer campanhas, beneficiar empreiteiras “amigas” e enriquecer um grupo seleto de políticos e lobistas. “O PT conseguiu jogar o nome da Petrobras na lama e fazer com que seu valor de mercado despencasse. A sociedade e os acionistas minoritários cobram respostas. Quem atua contra a CPI afronta o interesse do povo brasileiro”, finalizou Rubens Bueno

sábado, 12 de abril de 2014

CASTELO DE AREIA


policia_federal_08 Na manhã desta sexta-feira (11), a Polícia Federal deflagrou o segundo capítulo da Operação Lava-Jato, cumprindo mandado de busca e apreensão na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. O alvo da PF é a contratação, por parte da petroleira, das empresas Ecoglobal – Ambiental Comércio e Serviços Ltda. e da Ecoglobal Overseas LCC. O contrato de locação de equipamentos e fornecimento de serviços técnicos especializados, por ocasião da assinatura, tinha o valor de R$ 443,8 milhões. A Polícia Federal cumpriu mandatos de busca, apreensão, prisão e condução coercitiva em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Macaé e Niterói.
A PF suspeita que na mesma época da assinatura do contrato uma negociação tinha como foco a venda de 7% das cotas das empresas Ecoglobal para um grupo que contava com a participação do doleiro Alberto Youssef, preso em Curitiba. A transação se deu através da Quality Holding, de propriedade de Youssef, e de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras e representado no negócio pela Sunset Global Participações. Do negócio, estimado em R$ 18 milhões, participou uma terceira empresa, a Tino Real Participações.
Durante as investigações, a Polícia Federal identificou que a cessão de cotas estava condicionada à conclusão do contrato da Petrobras com a Ecoglobal. Uma carta-proposta, classificada como confidencial e assinada pelos envolvidos no negócio, foi localizada pelos policiais.
Os investigadores apontam que o próprio negócio da cessão de cotas é condicionado à efetivação do contrato da Ecoglobal com a Petrobrás. A PF localizou carta-proposta confidencial subscrita pelos negociantes e datada de 18 de setembro de 2013. A suspeita da PF está no fato de uma empresa, com contrato no valor de R$ 443 milhões, decida vender 75% das cotas por apenas R$ 18 milhões.
O desdobramento da Operação Lava-Jato explica o nervosismo que se instalou no Palácio do Planalto diante da possibilidade de uma CPI conseguir abrir a caixa de Pandora da Petrobras. Não por acaso, durante conversa com Dilma, o ex-presidente Lula disse que era preciso inviabilizar a criação da CPI da Petrobras, como quer a oposição
Fonte: Ucho.Info

CASO DE POLÍCIA


corrupcao_17 Muito antes de chegar ao poder central, com a eleição de Lula, o PT já praticava crimes de corrupção e outros mais, sem que a população se preocupasse com o perigo que isso representava. Depois que o PT se instalou no Palácio do Planalto, os crimes cresceram em número, formando uma teia assustadora e com muitas interconexões. Esse cenário vem corroendo de forma contínua o Brasil, mas o aparelhamento da máquina estatal impede que os mesmos sejam investigados.
O primeiro grande desmando, que serviu de alicerce para a teia criminosa e que terminou com a trágica e brutal morte de Celso Daniel, foi o esquema de cobrança de propina ao qual foram submetidos os empresários de Santo André, em especial os do setor de ônibus. A operação criminosa era marcada por tanta ousadia, que qualquer organização mafiosa sentir-se-ia apequenada se visse a destreza dos petistas.
Celso Daniel foi torturado antes de ser assassinado, pois, além de ter se rebelado contra um esquema que havia escapado ao controle, se negou a revelar detalhes das contas bancárias no exterior onde estava depositada parte do dinheiro da propina. Mara Gabrilli, deputada federal pelo PSDB e filha de um então empresário de ônibus de Santo André, acusou Gilberto Carvalho de ser a pessoa responsável ela coleta do dinheiro imundo. Gabrilli não faltou com a verdade ao fazer tal acusação, até porque ela vivenciou os fatos na empresa do pai.
O dinheiro arrecadado criminosamente em Santo André serviria para ajudar no financiamento da campanha de Lula à presidência, em 2002. As quantias arrecadadas eram entregues a José Dirceu, que à época presidia o Partido dos Trabalhadores. Parte desse dinheiro era trocada por dólares, operação que era realizada com Nelma Kodama, que gosta de ser chamada como “a grande dama do mercado de câmbio”. Mais adiante o leitor saberá mais sobre Nelma Kodama.
Abusada em suas declarações e muitas vezes se valendo da ironia, Nelma Kodama tinha ligações e parentesco com ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, flagrado na Operação Anaconda, da Polícia Federal. Nelma foi concunhada de Rocha Mattos, pois viveu com o irmão de Norma Emílio, que foi casada com o ex-juiz.
João Carlos da Rocha Mattos sempre negou conhecer Nelma Kodama, mas alguns fatos levam a concluir o contrário. Não por acaso, a Polícia Federal apreendeu na casa de Rocha Mattos, durante a Operação Anaconda, um CD com as gravações telefônicas do caso Celso Daniel. Como Nelma Kodama circulava com desenvoltura entre os petistas corruptos de Santo André, o que explica as acusações supostamente infundadas contra o ex-concunhado. Mattos foi flagrado em um milionário esquema de venda de sentenças judiciais, mas sua situação piorou muito por saber detalhes dos fatos que antecederam a morte de Celso Daniel.
O dinheiro da propina de Santo André acabou, em parte, depositado em contas bancárias no exterior, como já mencionamos. Sem ter como repatriar esse dinheiro, o PT se valeu dos empréstimos fictícios do Mensalão para viabilizar a operação que trouxe de volta ao Brasil os recursos provenientes da propina cobrada na cidade do ABC paulista. Até porque, nenhuma instituição financeira concede empréstimos milionários a partidos políticos sem as devidas garantias e apenas com avais suspeitos. O dinheiro depositado no exterior foi repassado ao Tradelink Bank, braço internacional do finado Banco Rural, que no Brasil entregou o dinheiro ao PT por meio de empréstimos bancários. Vale lembrar que não foi uma simples coincidência a quebra do Banco Rural, depois que o Supremo Tribunal Federal condenou os mensaleiros.
O milionário caixa do Mensalão do PT não foi alimentado apenas com o dinheiro desviado do Visanet e com as somas que estavam depositadas no exterior, mas também com polpudos aportes feitos por empresários oportunistas que desejavam se aproximar do núcleo duro do governo do malandro Lula. É nesse ponto que o Mensalão do PT cruza o caminho da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que desbaratou um esquema criminoso ancorado por proeminentes (sic) figuras do mercado financeiro.
O esquema decorrente da Satiagraha passava obrigatoriamente pelas agências de propaganda de Marcos Valério Fernandes de Souza, que superfaturava, com o conhecimento de determinado cliente, campanhas publicitárias de duas empresas de telefonia celular. A diferença entre o valor real da campanha e o superfaturado era despejada no caixa do Mensalão do PT, pois um dos alvos da Operação Satiagraha precisa se aproximar dos fundos de pensão de empresas públicas federais, em sua maioria controlados por petistas. Foi a partir dessa operação canhestra que José Dirceu passou a trabalhar como lobista de um dos investigados pela Satiagraha.
Um dos principais protagonistas do Mensalão do PT, José Janene, já falecido, transitava com muita intimidade no Palácio do Planalto, a ponto de certa vez, ao se referir a Lula, ter colocado em xeque a honra da mãe do então presidente da República. “Avisa esse filho da puta…”, disse Janene durante uma acalorada discussão nos bastidores da Câmara dos Deputados.
Paranaense, José Janene era compadre Alberto Youssef e foi responsável por apresentar o doleiro aos petistas de Londrina, começando por André Vargas e Paulo Bernardo da Silva, marido da senadora Gleisi Hoffmann e atual ministro das Comunicações. Youssef sempre foi a ponta financeira dos negócios nada ortodoxos comandados por Janene, muitos dos quais com prefeituras administradas por petistas.
A mais nova ponta da teia de crimes cometidos sob a égide do PT fica por conta da Operação Lava-Jato. Durante as investigações, a Polícia Federal prendeu Nelma Kodama no Aeroporto de Guarulhos. Kodama estava pronta para embarcar para a Europa quando foi flagrada com 200 mil euros na calcinha. A “grande dama do câmbio” disse aos policiais que o dinheiro seria utilizado na compra de móveis refinados na Europa, mas que não informou à Secretaria da Receita Federal porque o posto da repartição no aeroporto estava fechado.
Para quem já foi responsável pelas operações de cambio dos marginais de Santo André, levar 200 mil euros na calcinha é excesso de inocência. Ao abordar Nelma Kodama, a PF já tinha informações sobre o pacote de dinheiro, conseguidas a partir de grampos telefônicos. Informações preliminares dos policiais dão conta que a soma encontrada com Nelma era proveniente do tráfico de drogas, sonegação de impostos e contrabando de pedras preciosas, mas é muito pouco se considerados as supostas fontes da lavanderia financeira.
Comenta-se nos bastidores que o dinheiro estava sendo levado à Europa a pedido de um dos advogados que atuaram no julgamento da Ação Penal 470 (Mensalão do PT) e seria parte dos honorários. Caso enverede por essa linha de investigação, a Polícia Federal poderá desmontar uma nova quadrilha.
Fonte: Ucho.Info

sábado, 5 de abril de 2014

CHUMBO TROCADO


refinaria_pasadena_02 A enxurrada de versões díspares que separa a presidente Dilma Rousseff e o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, sobre os documentos que embasaram a estabanada compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, só agrava a responsabilidade da petista pelo prejuízo bilionário imposto a estatal brasileira. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (4) pelo líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), para quem um negócio estratégico e de tamanha envergadura não poderia ter sido fechado a “toque de caixa” e sem que todos os conselheiros da Petrobras tivessem analisado minuciosamente a íntegra do contrato de compra da empresa texana.
“Com essa guerra de versões, a presidente Dilma revela ao país três coisas: Primeiro, que como presidente do conselho da maior empresa brasileira se contentava com resumos de última hora, não lia contratos, e até desconhecia as cláusulas padrões desse tipo de negócio. Em segundo lugar, mostra que, na ótica do PT, quem causa um prejuízo de quase três bilhões de reais para uma estatal merece promoção, já que Cerveró, se é que foi ele mesmo que causou a confusão, acabou sendo nomeado diretor da BR distribuidora. E, por último, desnuda ao país que não temos uma gestora, mas uma presidente que não sabe o que está acontecendo ao seu redor. E pior: Se sabe, e tem plena consciência de que não pode revelar a verdade, finge que não sabe e arruma logo um bode expiatório para escapar de suas responsabilidades”, critica Rubens Bueno.
Para o líder do PPS, a versão divulgada pelo Palácio do Planalto de que os documentos que basearam a compra da refinaria de Pasadena só ficaram prontos na véspera da reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que era então presidido por Dilma, torna a transação ainda mais suspeita. “Uma gestora responsável jamais iria votar pela aprovação de um negócio cujos pareceres técnicos sobre a viabilidade e lucratividade tenham sido feitos de última hora, a ‘toque de caixa’. O correto, num caso desses, seria adiar a decisão para que houvesse tempo para uma análise minuciosa”, destacou o deputado, lembrando ainda que até as consultorias externas contratadas pela Petrobras alertaram para o tempo exíguo que tiveram para fazer a análise de riscos.
CPI: necessária e urgente
Na avaliação de Rubens Bueno, toda a articulação do Palácio Planalto para impedir ou mesmo controlar a CPI da Petrobras só causará mais desgastes para a presidente Dilma. Esse movimento inaceitável reforça o pavor que toma conta dos palacianos com a possibilidade da caixa preta da Petrobras ser aberta.
“A sociedade cobra respostas claras sobre o que está acontecendo dentro da Petrobras. E a CPI é o instrumento ideal para a promoção de acareações, depoimentos e busca de dados sobre todos os negócios suspeitos envolvendo a estatal. Não tenho dúvida de que a instalação da comissão é urgente”, finalizou o líder do PPS.
Fonte: Ucho.Info

sexta-feira, 21 de março de 2014

PASADENAGATE



refinaria_pasadena_02Sol quadrado – Dilma Vana Rousseff, a especialista em minas e energia que chegou à Presidência da República, cometeu um grave erro ao alegar, por meio de nota oficial, que foi induzida a erro na aquisição, pela Petrobras, de uma obsoleta refinaria em Pasadena, no estado norte-americano do Texas. A explicação reverberou negativamente e saiu do controle dos palacianos. A explicação dada por Dilma, que à época do negócio era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, não apenas comprovou a sua conhecida incompetência, mas acirrou os ânimos dos outros conselheiros da petroleira nacional.
Com a repercussão do caso no noticiário nacional, os conselheiros se rapidamente defenderam e acabaram colocando Dilma em situação de extrema dificuldade. Dilma informou que o laudo técnico que recomendou a aquisição era “falho”, enquanto o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que as referidas cláusulas contratuais são “normais” em negócios desse naipe. Ou seja, há algo muito errado nesse negócio.
Considerando que a Petrobras, com a anuência de Dilma Rousseff, adquiriu por US$ 1,18 bilhão uma refinaria – ultrapassada e que não atende às necessidades da empresa – que anos antes foi comprada por US$ 42 bilhões, qualquer cidadão, até mesmo o mais desavisado, há de concluir que se trata de um escândalo que facilmente pode ser rotulado como “batida de carteira”, quiçá não seja o maior roubo da história verde-loura.
No vácuo do da reverberação do escândalo, a tropa de choque petista que atua na rede mundial de computadores arrefeceu os ânimos e sequer vem comentando o caso, até porque não há como explicar o inexplicável. Os ataques chulos e ofensivos aos críticos do desgoverno do PT reduziram drasticamente, o que confirma a covardia desses terroristas cibernéticos de aluguel.
A grande questão nesse imbróglio é que os partidos de oposição no Congresso Nacional começaram a coletar assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a aquisição da refinaria de Pasadena e o escândalo da empresa holandesa SBM, que segundo denúncias do governo da Holanda pagou propina a funcionários da petroleira para conseguir contratos de locação de plataformas marítimas utilizadas na exploração de petróleo. Somados, os dois escândalos ultrapassam a marca de R$ 3 bilhões, o que em qualquer país minimamente sério já teria levado os responsáveis para a cadeia.
Ucho.Info

domingo, 9 de março de 2014

UMA ELEIÇÃO CHEIA DE "POSTES"

GAUDÊNCIO TORQUATO - O Estado de S.Paulo
A ideia lançada por Lula pegou: a eleição de outubro deverá ser a mais povoada de "postes" nestes tempos cheios de surpresas, reviravoltas e maquinações no terreno político. No Maranhão, no Ceará, em Pernambuco e na Bahia, candidatos tirados do bolso do paletó dos chefes do Poder Executivo começam a "iluminar" o ambiente regional, na esteira da nova liturgia que se instala na paisagem: a elevação de perfis ao altar de governador de Estado sem os escolhidos passarem pelo longo corredor de mandatos parlamentares e, na maioria dos casos, sem terem obtido um voto popular sequer em sua trajetória.
O fato não chega a ser uma novidade, eis que tanto a chefe da Nação como o prefeito da maior cidade do País tomaram seus assentos sem nunca se terem submetido ao sufrágio universal. Coisas novidadeiras numa cultura política escrita com o lápis de caciques e sob a tradição de costumes passados de pais para filhos, cuja expressão de modernidade é mais a idade dos novos coronéis do que pensamento comprometido com reformas na seara política.
Nos férteis terrenos eleitorais do PT, feitos extraordinários costumam ser creditados ao feeling do ex-presidente Luiz Inácio, que escolhe e impõe nomes ao partido, como ocorreu com a presidente Dilma Rousseff e o prefeito Fernando Haddad. Maior liderança popular e mais forte cabo eleitoral do País, "respirando política por todos os poros", como dele se costuma dizer, sua vontade é ordem e sua orientação, lei. Não sobra perfil capaz de contrariá-lo. Seguindo essa vereda, os governadores Cid Gomes, Roseana Sarney, Eduardo Campos - pré-candidato à Presidência - e Jaques Wagner, entre outros, dão mostras de que o modo lulista de escolher candidato é a "invenção da vez". Pode ser até uma forma menos democrática, por privilegiar o recorrente mote "quem é dono da flauta dá o tom". Mas, inegavelmente, é medida prática. Evita discussões prolongadas entre aliados, acelera a formação de parcerias, antecipa o jogo eleitoral, na medida em que os preteridos passam a seguir outros rumos, enquanto eventuais dissabores passam a ser administrados no balcão de recompensas. Afinal de contas, qual o significado desse novo modus faciendi?
Sobressai, primeiro, a sensação de um sopro de renovação na esfera política. Algo como, se a reforma política está emperrada no Congresso, a sociedade à sua maneira pavimenta o caminho de novas lideranças, elegendo perfis assépticos, não contaminados pelo vírus da corrupção, particularmente quadros técnicos com experiência na administração pública. À inércia do poder centrífugo (Legislativo, Executivo) reage o poder centrípeto (a força social organizada), que identifica na planilha de nomes aqueles com capacidade de representar as demandas populares. Portanto, o novo ordenamento condiz com o clima social. Há muito se clama por partidos com programas claros e consistentes; representantes mais próximos das comunidades; um sistema de votação que contemple quadros de maior expressão eleitoral, sem puxar para a Câmara candidatos de parca votação; figuras que desfraldem os valores republicanos.
As imagens são inescapáveis: o copo de água suja transbordou. Ou, ainda, não há mais como jogar para debaixo do tapete o lixo acumulado pela velha política. O eleitor mostra-se cansado de ouvir as mesmas lorotas. A cada legislatura se recorre à pregação da reforma política. Às vésperas do pleito, o saldo é zero. Como ir às urnas respirando os ares poluídos que há décadas contaminam os pulmões da República? Pouca coisa muda e, ante a inação do Poder Legislativo em matéria eleitoral, as decisões, mesmo homeopáticas e de pouco empuxo na escala dos avanços, acabam sendo tomadas pelo Judiciário. Os últimos retoques no reboco do velho casarão das urnas acabam de ser dados pelo Tribunal Superior Eleitoral, que proibiu o uso de telemarketing em campanhas eleitorais, obrigando, ainda, à adoção de legenda ou à língua de sinais (Libras) nos debates a serem promovidos pela TV. Por falta de densidade (responsabilidade do Legislativo), a Justiça Eleitoral usa o pincel para uma rápida camada cosmética. Mais uma questão de lana-caprina.
E assim as frustrações das camadas sociais se vão acumulando e disparando os mecanismos de cognição dos conjuntos eleitorais. O primeiro movimento é na direção das caras novas no palco da política. Na parede dos velhos retratos a atenção se volta para a última foto, a figura desconhecida, o sinal diferenciado no painel da mesmice. "Quem sabe esta pessoa não faria melhor do que o fulano (quem foi mesmo?) em quem votei na última vez (quando mesmo)?" - essa é a dúvida do eleitor. Portanto, os dirigentes tirados da cartola por Lula e os "postes" que tentarão exibir sua luz nos próximos meses são, na verdade, extensões simbólicas do ciclo que se abre na política por força de uma nova disposição social, cuja inspiração é querer romper com velhos paradigmas. Para chegar à Presidência não há mais necessidade de longa carreira política, como a que teve Jânio Quadros. Eleito suplente de vereador em 1947, assumiu o mandato com a cassação de vereadores; depois, foi o deputado estadual mais votado (1951) e, em seguida, prefeito de São Paulo (1953), governador do Estado (1955), deputado federal pelo Paraná (1958, mas não exerceu o mandato), presidente da República (1961) e novamente prefeito de São Paulo (1985).
A par dos traços de assepsia política presentes nos perfis dessa nova geração de dirigentes, o feitio técnico complementa a identidade, a denotar sua agregação à esfera da administração planejada e consequentes programas com foco em prioridades, ações balizadas por critérios racionais e de pouco comprometimento com populismo eleitoreiro. Esse é o dilema que enfrentam, pois a modelagem técnica das gestões nem sempre resulta em urnas fartas. O consolo é constatar que o voto começa a deixar o coração do brasileiro para chegar à cabeça

VERGONHOSO APOIO A MADURO

O Estado de S.Paulo
Em vez de assumir suas responsabilidades e pressionar o governo da Venezuela a dialogar com a oposição para superar a violenta crise no país, o governo brasileiro prefere fazer de conta que nada está acontecendo. O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, esteve recentemente na Venezuela e disse que há uma "valorização midiática" dos confrontos. "O país não parou, as coisas estão funcionando", afirmou Garcia. Não se trata de autismo, mas de uma estudada farsa, cujo objetivo é fazer crer que Nicolás Maduro tem a situação sob controle e que as manifestações só são consideradas importantes pelos "veículos de comunicação internacionais".
Desse modo, o governo petista continua a seguir a estratégia de desmerecer os protestos contra o chavismo, como se estes fossem mero alarido de quem foi derrotado nas urnas, e não uma legítima expressão de descontentamento com os rumos que o país tomou nos últimos anos. Essa política explica por que o Brasil aceitou subscrever a indecente nota do Mercosul que criminalizou os oposicionistas venezuelanos.
Enquanto Garcia finge que tudo não passa de invenção da imprensa - segundo ele, Maduro vai se encontrar com jornalistas estrangeiros para "aclarar os fatos" -, a situação na Venezuela se deteriora a cada dia. Um dos mais importantes sinais de que a desestabilização pode estar se espalhando inclusive entre os militares foi a destituição de três coronéis da Guarda Nacional Bolivariana. Eles são acusados de criticar a repressão aos manifestantes.
Além disso, em inegável tom de confronto, Maduro ordenou, durante um desfile militar, que as milícias chavistas dissolvessem barricadas erguidas por manifestantes. Esses grupos paramilitares, que agem impunemente à margem da lei, são justamente a vanguarda da repressão oficial aos manifestantes. O número de mortos em um mês de protestos já chega a 20, e há inúmeras denúncias de violações de direitos humanos por parte das forças governistas.
Foi diante desse quadro que um grupo de ex-presidentes latino-americanos, entre os quais Fernando Henrique Cardoso, decidiu publicar uma carta na qual critica a "repressão desmedida" contra "manifestações estudantis de protesto pacífico" e cita, com preocupação, os testemunhos de "tortura e tratamento desumano e degradante por parte de autoridades". A mensagem exorta Maduro a, "sem demora", criar condições para o diálogo com a oposição, pedindo o "fim imediato" da perseguição a estudantes e dirigentes oposicionistas, o fim da hostilidade à imprensa independente e a libertação dos detidos nos protestos, em especial do líder Leopoldo López - acusado pelo governo de ser o principal articulador dos protestos.
Era essa a mensagem que deveria constar das manifestações da diplomacia brasileira em relação à crise venezuelana, e não o cinismo de quem acha que nada está acontecendo. Mas o governo petista prefere endossar a beligerância de Maduro - que rompeu relações com o Panamá apenas porque esse país sugeriu uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a situação. A OEA, como se sabe, é para os chavistas o equivalente à encarnação do diabo, por ter os Estados Unidos como membro.
Conforme informou Marco Aurélio Garcia, a única instância aceitável de diálogo para Maduro é, claro, a União de Nações Sul-americanas (Unasul) - aquela que, em sua última reunião de cúpula, exaltou o "impulso visionário" do falecido caudilho Hugo Chávez para a criação da entidade e que é atualmente presidida pelo notório Dési Bouterse, ex-ditador e atual presidente do Suriname, procurado pela Interpol por narcotráfico.
Sem poder contar com os países vizinhos mais importantes para constranger Maduro a interromper a violência e negociar de fato, resta à oposição seguir a prudência de Henrique Capriles, seu principal líder. Para ele, embora os protestos sejam legítimos, a única solução para a crise é a "saída eleitoral", porque "a maioria do país apoia a Constituição e quer viver numa democracia".

MEXENDO COM FOGO

dilma_rousseff_373 É no mínimo inconcebível o fato de a estrutura do governo ser transformada em comitê de campanha, como faz a presidente Dilma Vana Rousseff com a máquina palaciana. Almejar a reeleição é um direito que a presidente tem – e como tal deve exercê-lo –, mas não se pode confundir os interesses do País com os objetivos de sua campanha política. O Brasil está paralisado há alguns anos, mas para agravar o cenário agora vive uma crise política grave, que coloca a nação mais adiante na rota do descompasso.
Preocupada em não perder o tempo de televisão a que tem direito o PDMB, Dilma tenta sufocar a rebelião que eclodiu no principal partido político da base aliada. A ideia da presidente é isolar o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), parlamentar hábil e profundo conhecedor do jogo político. É verdade que Cunha tem seus pontos de vulnerabilidade, os quais poderiam ser atacados pelos palacianos durante eventual reação mais acirrada, mas é preciso lembrar que o líder peemedebista, se cair, o fará atirando até o final.
Quando Eduardo Cunha foi escolhido para liderar o PMDB na Câmara, o ucho.infoalertou para o detalhe de que o governo teria sérios problemas de relacionamento com o partido. E isso está se confirmando sem muito esforço, pois o peemedebista fluminense é dono de currículo político conhecido. Mesmo que sua capacidade de arregimentação seja grande, Eduardo Cunha não está agindo à revelia da cúpula do partido. Na verdade, ele age com o apoio velado dos caciques peemedebistas, que cobram mais e melhores postos no governo para que o partido continua no projeto de reeleição de Dilma Rousseff.
Lula, o lobista que continua dono do governo, vem operando nos bastidores para tentar conter a crise que surgiu entre petistas e peemedebistas, que nos últimos dias têm troca insultos publicamente. A situação começa a escapar do controle do Palácio do Planalto e o PMDB já cogita lançar candidato próprio à Presidência da República, o que atrapalharia os planos do PT. A ideia é lançar o destemperado Roberto Requião, senador e ex-governador do Paraná, como postulante ao cargo. Se isso acontecer, Dilma precisara da barba de Lula para colocá-la de molho, porque com o novo cenário as pesquisas eleitorais divulgadas até então aterrissarão na seara do mero devaneio.
Dilma tem ouvido os conselhos nada sensatos do marqueteiro João Santana e do “companheiro de armas” Franklin Martins, que tem defendido a tese de que batendo incondicionalmente na classe política a presidente há de crescer em meio à opinião pública. A continuar nessa trilha perigosa, Dilma só tem a perder, uma vez que o PMDB é formado por profissionais da política. Em suma, o fogo é alto, a temperatura política está elevada e a fervura da sucessão tende a subir

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

DITADURA VERMELHA


nicolas_maduro_16Ditadura vermelha – Com seis mortes confirmadas, na quarta-feira (19), desde o início dos protestos na última semana, o governo do delinquente bolivariano Nicolás Maduroanunciou que poderá decretar Estado de exceção em algumas regiões da Venezuela, para conter o que “chama de plano de conspiração contra a estabilidade”, como se o país vivesse na estabilidade política e social.
A primeira região a ser alcançada pela eventual medida será Táchira (na Região Andina), onde foram registrados sérios distúrbios, com o uso de barricadas, incêndios e atentados a tiros contra manifestantes.
“Se tenho que decretar estado de exceção especial para Táchira, estou pronto para decretá-lo e mandar os tanques, as tropas, a aviação, mandar toda a força militar da pátria. Estou pronto para fazê-lo. Primeiro, tenho as faculdades constitucionais para fazê-lo, tenho a claridade estratégica e tenho a lei habilitante”, disse Maduro em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão.
A situação também agravou-se na cidade de Valência, capital do estado de Carabobo, onde ocorreram fortes confrontos e os ânimos estavam bastante acirrados na quarta-feira, após a morte da Miss Turismo local, Génesis Carmona, de 22 anos, ferida um dia antes durante protesto.
O calouro em tirania informou que determinou a detenção dos infiltrados nas manifestações, que, de acordo com o presidente venezuelano, são parte do plano para amedrontar e criar medo na classe média e “injetar o ódio no país”.
Maduro destacou que as ações não fazem parte do chavismo. “Aqui não há ninguém enviado nem autorizado [a agir com violência], se alguém tomou essa iniciativa, eu desconheço e chamo para que volte atrás. Vamos respeitar a convivência em paz das pessoas, dos vizinhos. Eu assumo a minha responsabilidade e que vocês assumam a de vocês, chefes da oposição”.
O que Nicolás Maduro não reconhece publicamente, apesar de saber o que se passa nos bastidores do chavismo, é que seu governo tornou-se refém de supostos aliados que tentam tomar o poder. A ação golpista conta com a ajuda de agentes cubanos, que desde os tempos de Hugo Chávez frequentam de forma assídua o Palácio de Miraflores. Com a morte de Chávez e a chegada de Maduro à presidência da Venezuela, a cornucópia bolivariana que alimentava os cofres de Havana perdeu força, o que teria irritado os irmãos ditadores Fidel e Raúl Castro, que à distância comandam a investida contra. O governo de Caracas, por sua vez, atribui a violência aos infiltrados, supostamente ligados a grupos da extrema direita, o que é uma enorme falácia. OS oposicionistas aproveitaram a instabilidade dentro do próprio grupo de apoio a Maduro, que saiu às ruas para provocar o caos e gerar instabilidade.
Entre os opositores e manifestantes há um consenso de que parte da onda violenta é fruto da repressão policial e também da ação de grupos motorizados armados, situação que confirma as notícias veiculadas pelo ucho.info acerca da crise que chacoalha a Venezuela. Em muitos protestos que se espalham pelo país sul-americano, os estudantes denunciam a presença de grupos socialistas, acusados pela oposição de atuarem como paramilitares, com a conivência do governo.
Acontece que essa incursão desses coletivos socialistas decorre da discórdia que tomou conta do núcleo duro do governo de Nicolás Maduro, cuja derrocada está por um fio. Em pronunciamento à nação, Maduro defendeu esses tais “coletivos socialistas”, afirmando que não aceitaria a “demonização desses grupos”, que segundo ele não têm qualquer ligação com os recentes atentados.
“Eu lhes dou garantias de que o que esses coletivos estão fazendo é trabalhar e produzir cultura”, disse. No entanto, o presidente admite o porte de armas entre esses grupos. “No passado, eles se armaram, se organizaram para proteger sua comunidade”, declarou Nicolás Maduro, que revelou a existência de um plano de setores oposicionistas para “assassinar Leopoldo López”, detido desde a última terça-feira (18) e que permanecerá preso por pelo menos mais 45 dias.
Fonte: Ucho.Info

sábado, 1 de fevereiro de 2014

QUEM TEM MEDO DE DENISE ABREU?


(Foto: Ella Durst)
(Foto: Ella Durst)
Caiu na rede – Quando oucho.info afirmou que Denise Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) preocupa os palacianospróximos à presidente Dilma Rousseff, muitos pensaram ser um exagero de nossa parte, mas isso vem se confirmando a cada dia. E se fizemos tal afirmação é porque as informações recebidas dão conta que essa é de fato a situação que reina no Palácio do Planalto quando surge em alguma conversa o nome de Denise. (Clique e confira a entrevista)
Fora isso, Denise Abreu causa muita preocupação aos integrantes da cúpula do partido dos Trabalhadores. A razão é muito simples: ela sabe demais sobre as entranhas do partido e conhece em minúcias o modus operandi de governar do PT.
Pré-candidata do Partido Ecológico Nacional (PEN) à Presidência da República, Denise é, pelo menos por enquanto, a única pessoa com capacidade e preparo para enfrentar Dilma em um debate. Não apenas por tudo o que sabe, mas, sim, pela experiência acumulada ao longo dos anos.
No domingo (2), às 22 horas (horário de Brasília), Denise Abreu estará no Lobão Entrevista, na rede mundial de computadores. Ex-Procuradora do Estado de São Paulo (1986/2003), Denise teve sua reputação assassinada ao contrariar os interesses privados de integrantes do governo petista de Luiz Inácio da Silva. Essa operação covarde se deu no vácuo de um compadrio ancorado pelo lobista Lula, cujos operadores eram Roberto Teixeira (compadre do ex-presidente) Dilma Vana Rousseff, à época ministra-chefe da Casa Civil.
Na corrida presidencial, Denise Abreu promete fazer valer os valores conservadores, ou seja, não se deixará contaminar pelo populismo barato que escorre pela rampa do Palácio do Planalto, da mesma maneira que não pegará carona na bolha de virtuosismo que o PT insiste em manter no ar para não estourar.
Se eleita, Denise tem como metas a implantação da visão de Estado, não de Governo, na administração pública, valorizando a meritocracia e o resgate dos valores éticos e tradicionais da sociedade brasileira. Até porque, reparar o estrago que Lula e Dilma impingiram ao País, em apenas treze anos, exigirá dos brasileiros de bem pelo menos cinquenta anos de esforço continuado.
Em sua página no Facebook, o senador Alvaro Dias (PSDB/PR) escreveu um fato real acerca da entrevistada do roqueiro Lobão: “Denise Abreu é verdadeiro arquivo vivo de denuncias que amedrontam o governo! É corajosa e tem muito a dizer! Pretende disputar a presidência para encontrar espaço para suas denúncias!”
Para quem já conhece Denise Abreu, a entrevista a Lobão será uma ótima oportunidade para confirmar a disposição e o destemor que essa brasileira tem para, enfrentando o lado truculento dos atuais ocupantes do poder, disputar o direito de colocar o Brasil nos trilhos. Para quem não conhece Denise, eis a chance para descobrir o que ela pode fazer pelo País. Assista ao “Lobão Entrevista” através do linkhttp://goo.gl/XYBnJg

Fonte: Ucho.Info

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

BRAÇOS ABERTOS PARA QUÊ?

O Estado de S.Paulo
O novo capítulo da longa e triste história da Cracolândia, pomposamente chamado de Operação Braços Abertos, que acaba de ser lançada, parece ter tudo para seguir o mesmo destino dos que o precederam - o do malogro, logo seguido do esquecimento. Mais uma vez, questões essenciais são deixadas de lado ou não recebem a devida atenção, em benefício de maneiras "inovadoras" de tratar o difícil problema dos dependentes de crack. É como se a Prefeitura, a quem cabe essa iniciativa, achasse que só o brilho enganador da novidade bastasse para justificá-la. E tudo indica também que a improvisação, que vai se tornando uma marca do atual governo municipal, está por trás dessa operação.
O alvo dessa vez não é o conjunto da população de dependentes da Cracolândia, mas de apenas uma parte dela - a que nos últimos três meses montou os barracos de uma pequena favela na região, sob as barbas das autoridades que a isso assistiram passivamente. Apesar da degradação que ali impera, a presença dessa favelinha chocou os paulistanos e era evidente que algo teria de ser feito para removê-la. É difícil de escapar da conclusão de que, independentemente do que se possa pensar da Operação Braços Abertos, por trás dela está a intenção - no mínimo tão importante quanto a de cuidar dos dependentes - de acabar com a favelinha. Como não dar o nome de improviso a essa tentativa de tratar de uma só vez daqueles dois problemas?
A esse vício de origem o governo de Fernando Haddad acrescentou à Operação Braços Abertos propostas de alcance no mínimo duvidoso para cuidar do problema dos viciados de crack. Às cerca de 300 pessoas que ocupam os barracos e que já começaram a desmontá-los, com a ajuda e supervisão de pessoal da Prefeitura, serão oferecidas acomodações em quatro hotéis da região, com diárias pagas pelo governo municipal por tempo indeterminado. Em contrapartida, elas terão de trabalhar quatro horas por dia na varrição de ruas.
Além disso, deverão frequentar durante duas horas diárias cursos de capacitação profissional. Na área de saúde, elas continuarão dispondo dos tratamentos já oferecidos, em parceria da Prefeitura com o governo do Estado, para os dependentes de drogas. Pelo trabalho de varrição, elas receberão salário de R$ 15 por dia, pago a cada semana. Quem eventualmente não for trabalhar, por falta de condições por causa do uso de droga, mas procurar ajuda na rede de saúde, receberá o salário normalmente.
Assistência para moradia, trabalho remunerado, estudo e tratamento médico - a receita aparentemente é boa. Como as aparências enganam, é preciso chamar a atenção para aspectos altamente negativos da operação. Com a maioria das necessidades básicas garantidas, a começar por onde morar, salta aos olhos que a maior parte do dinheiro ganho pelos dependentes quase certamente irá para comprar crack e, como essa é uma droga barata, poderão com ele sustentar seu vício. Aliás, a Prefeitura deixa claro que seu objetivo nesse caso não é acabar com o vício, mas reduzir os danos da situação em que se encontram os dependentes.
O que garante que muitos dos demais dependentes que moram na região não construirão novas favelinhas para serem derrubadas em seguida e lhes garantir os mesmos benefícios? Além disso, como lembra o promotor de Justiça Marcelo Luiz Barone, os hotéis alugados para abrigar os dependentes devem "virar verdadeiros antros de tráfico, de promiscuidade, de doenças". Em resumo, a aparente boa ideia pode se transformar num pesadelo.
O problema da Cracolândia é complicado demais para ser tratado dessa forma. Enfrentá-lo para valer exige ações coordenadas de tratamento médico e assistência social aos dependentes e às suas famílias, assim como policiamento para garantir segurança na região e, sobretudo, combate ao tráfico de drogas, que ali corre solto, ao ar livre, dia e noite. Sem atacar o problema por esses dois lados, não se avançará. Mas isso exige tanto da Prefeitura como do Estado uma disposição de cooperar e uma coragem que até agora não demonstraram. Por isso, não se vai além de operações de muito barulho e poucos resultados.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

VESTIDA PARA ENGANAR

dilma_rousseff_410Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) criticou o tom exageradamente otimista do pronunciamento de fim de ano da presidente Dilma Rousseff, levado ao ar em rede de rádio e de televisão no domingo (29). Para o parlamentar, Dilma “dourou a pílula” ao não ser realista quanto às dificuldades enfrentadas na área econômica, como o baixo crescimento do PIB em 2013.
“O Brasil passa por um momento de descrédito interno e externo enquanto a presidente Dilma Rousseff doura a pílula com um discurso para lá de ufanista de seus feitos nos últimos anos, omitindo dos brasileiros a verdade sobre a situação da economia, que se arrasta em seu governo com um crescimento pífio”, afirmou Bueno.
Na opinião do líder do PPS, o País está perdendo a credibilidade construída com o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal. “O desequilíbrio fiscal é evidente e as expectativas da economia brasileira não são boas diante da possibilidade de novo rebaixamento da nota pelas agências de classificação de risco”, disse.
Indústria
De acordo com Rubens Bueno, a situação da indústria nacional é igualmente preocupante e a presidente não tem sido capaz de articular um pacto para a recuperação do setor, que vem perdendo participação relativa na composição do PIB a cada ano. Em pouco mais de dois anos, 200 mil trabalhadores perderam o emprego na indústria e os empresários deixaram de produzir no Brasil para exportar mercadorias com maior valor agregado.
anonovo_2014_01
“Se a presidente tivesse uma postura mais realista e porque não dizer mais republicana, o drama vivido pela indústria deveria, sim, ser tratado no pronunciamento de ano-novo, até para servir de alerta e de preparação sobre o momento de dificuldades que poderemos enfrentar no próximo ano”, cobrou o líder do PPS.
Programas sociais
Bueno disse também que reforço discursivo dos programas sociais adotado pela presidente em rede nacional revela a falência das políticas públicas do PT nos últimos 10 anos. “Não há nada de novo além do conhecido tom eleitoreiro como a presidente trata os programas sociais desenvolvidos pelo Executivo”, criticou.
Estados e municípios
Rubens Bueno disse ainda que o volume de subsídios e desonerações tributárias que devem ser concedidos pelo governo em 2014 – em torno de R$ 323 bilhões – pode comprometer ainda mais as finanças de estados e municípios. “O governo faz concessões com o chapéu alheio e quem paga a conta são os estados e municípios, que perdem com a redução dos repasses do FPE [Fundo de Participação dos Estados] e do FPM [Fundo de Participação dos Municípios]”, afirmou, ao defender a formulação de um novo pacto federativo.

Fonte: Ucho.Info

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

CADA APARIÇÃO DE DILMA NA TV CUSTA 90 MIL REAIS, QUEM PAGA?

A estratégia da presidente Dilma Rousseff (PT) de aparecer cada vez mais em pronunciamentos em rede nacional de rádio e televisão custou até agora R$ 1,2 milhão aos cofres públicos desde o primeiro ano de seu mandato, em 2011.

Agência Estado
Cada vez que a presidente vai à TV, o Palácio do Planalto desembolsa R$ 90 mil com produção, gravação, edição, computação gráfica, trilha, locução, equipe e equipamentos. 

Na sexta-feira Dilma fez seu 7º pronunciamento 17º desde que tomou posse. Trata-se de uma média que supera cinco aparições anuais. Seus antecessores, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardozo, registraram uma média inferior a três pronunciamentos de TV ao ano.

Nas aparições de 2013, além da que foi ao ar sexta, Dilma divulgou medidas de impacto de seu governo, como a redução da tarifa de energia (23 de janeiro), a desoneração da cesta básica (8 de março) e a promessa de destinar dinheiro do pré-sal para a educação (1º de maio). 

Foi à TV também para dar uma resposta às manifestações (21 de junho), para falar do programa Mais Médicos (6 de setembro) e para comemorar a conclusão do primeiro leilão do pré-sal (21 de outubro). 

O pronunciamento de 21 de junho, em meio às manifestações, foi o mais atípico. A parição foi realizada às pressas e não contou com a superprodução de R$ 90 mil. Naquela oportunidade, quem produziu tudo foi a EBC/NBR, estatal de comunicação, “pois não havia tempo hábil para a mobilização de uma das agências contratadas”.

O senador Aécio Neves (MG), provável candidato tucano à Presidência, é crítico da estratégia de Dilma. Ele acusa a presidente de contrariar a legislação em vigor e apropriar-se “indevidamente” da rede para fins eleitorais.


FONTE: A Gazeta