O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), reagiu nesta quinta-feira, 8, às declarações feitas na última quarta-feira, 7, da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que sugeriu o voto simultâneo nela e no candidato apoiado por Aécio Neves ao governo mineiro – no caso, o próprio Anastasia.
“É sempre bom lembrar que o nosso partido tem candidato a presidente, que é o nosso governador José Serra, e com ele marcharemos de maneira muito firme, em Minas, e naturalmente nos outros Estados também. Então, nosso grande objetivo, nosso grande esforço, será, naturalmente, na eleição ao nível presidencial, do governador Serra, e, em Minas Gerais, com o apoio de diversos partidos que compõem a nossa base de governo, e já eram no tempo do governador Aécio, vamos continuar marchando pela nossa candidatura”, disse Anastasia, em Brasília.
Na última quarta-feira, em visita a Belo Horizonte, Dilma admitiu a hipótese de o eleitorado mineiro optar por um movimento já batizado de “Dilmasia”, a exemplo do que aconteceu em 2006. Naquele ano, houve o que se chamou de “Lulécio” – o voto simultâneo em Lula para presidente e Aécio Neves (PSDB) para governador.
“O candidato nosso é o governador José Serra, e com ele vamos ganhar as eleições, não só em Minas, mas, tenho certeza, em todo o Brasil”, reforço Anastasia. Ele não acredita que o fenômeno de 2006 se repita agora. “Tínhamos, naquele momento, carismas diferenciados, e cada eleição é uma eleição. Cada eleição tem uma fotografia, um movimento, um sentimento.”
Sobre a visita da ex-ministra ao túmulo do ex-presidente Tancredo Neves, Anastasia disse que “soou estranho”. “O PT não só não apoiou como até expulsou deputados do PT na época que votaram no presidente Tancredo Neves. Então, é algo estranho. Eu acho que é direito de todos os candidatos, não só da ex-ministra, mas também do governador Serra, do deputado Ciro, da ex-ministra Marina, viajarem pelo Brasil afora, apresentando suas propostas, recebendo seus apoios, isso é perfeitamente natural. Agora, têm que tomar certa cautela com gestos que possam, de fato, ter essa impressão pra ver a impressão que isso causa no cidadão de cada estado em respeito à sua história e à sua trajetória.”
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