quinta-feira, 15 de abril de 2010

COMENTARIO DO @DRLUIZSANTANNA AO ARTIGO "LAMENTAR NÃO RESOLVE"

drluiz disse...


Meu prezado Dr Marcos Sobreira, saudações.

Seu post segue exatamente a mesma linha de raciocínio que tenho e que já expus em comentários feitos não apenas aqui nos blogs, como nos meio político que frequento.

Eu visito constantemente várias comunidades carentes aqui no RJ e observei exatamente o que o amigo descreveu com grande conhecimento de causa.

As ocupações dos morros, encostas e margens de rios são uma realidade.

Várias cidades do Brasil e particularmente do Estado do RJ estão literalmente cercadas por comunidades carentes que se desenvolveram sem a mínima infra estrutura em seu derredor, patrocinadas em sua maioria, por grupos políticos ligados a movimentos de esquerda que fizeram dessas comunidades, verdadeiros currais eleitorais. No início dos anos 80, vários grupos de pessoas lideradas por pessoas ligadas à política da região, "ocuparam" tais áreas os quais, como estratégia de ocupação formaram Associações de Moradores e assim obtiveram de políticos e autoridades coniventes, o apoio para se instalarem e construirem moradias, em troca de seus votos e garantia de permanencia no poder dessas comunidades.

Atualmente quem chega ao RJ já não se depara apenas com as belezas naturais, como o Pão de Açucar, as praias e a imagem do Cristo Redentor, pois gradativamente nos ultimos anos, a paisagem do Rio de janeiro foi sendo modificada pela ocupação irregular dos morros e áreas de risco.

Basta só olhar por trás dos edifícios da zona sul, suburbio e periferia e será fácil constatar que o RJ transformou - se em um favelão.

Foi preciso acontecer essa lamentavel tragédia que enlutou milhares de famílias e envergonhou o nosso país, para que os governos municipal, estadual e federal começassem a discutir um programa habitacional decente e determinassem a imediata remoção de famílias de várias comunidades edificadas sobre lichoes e áreas de sabidamente de risco.

Daqui nós precisamos manter acesa essa discussão e cobrar dos atuais e dos futuros governantes, a adoção de medidas enérgicas, ainda que impopulares, porém necessarias, a fim de que tragédias como essa não se repitam no Brasil.

É preciso cobrar das autoridades constituidas deste país, um programa habitacional sério para abrigar não só as famílias envolvidas nessa tragédia, bem como outras famílias que vivem em péssimas condições, a fim de que possam finalmente desfrutarem de um lar dígno e seguro para criarem os seus filhos.

A tragédia do Rio de Janeiro foi uma forma da mãe natureza ensinar os homens a viverem dentro de regras e de uma conduta ética !!!



@DRLUIZSANTANNA

2 comentários:

  1. Comungo com o pensamento dos Doutores. Acrescento ainda que o poder público utilizando-se do seu poder de polícia deve retirar compulsoriamente as famílias da área de risco, e ao mesmo tempo conceber as elas uma moradia digna em outra área segura, todavia, algumas famílias resistem a sair de suas casas, pois na grande maioria das vezes a Administração Pública constrói os conjuntos habitacionais em lugares longe do centro e do emprego das pessoas a serem removidas. Neste caso têm-se um paradoxo, de um lado o governo constrói novas casas em áreas seguras, mas longe do centro e de onde a população removida presta trabalho e do outro, as famílias vivendo em áreas de risco, mas perto de tudo e de todos e não querem sair e perder com isso a comodidade. O que fazer nesse caso? Não há dúvida, o Estado tem que garantir a segurança e zelar pelo bem-estar da população. Ainda que as famílias não queiram sair, deve o Estado impor sua força, impedindo as famílias de retornarem aos locais de risco e iniciar a imediata demolição das casas, além disso, fiscalizar para que estas áreas não voltem a ser ocupadas. Mas em verdade vos digo, já participei de operação para retirar família de área de risco e não é fácil, em certos casos é necessário até o uso da força para fazer cumprir a determinação de retirada. Mas se isso for necessário que o faça, o importante é garantir a vida e o bem-estar das famílias que vivem nestas condições!

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  2. Não sou doutora com vcs mas comungo da mesma cartilha. Mutias cenas deveriam ser mostradas na TV para que possamos ter idéia de como é mal gasto o dinheiro público.
    Desenvolvimento não é presente e sim futuro de uma Nação.

    Abs a todos os doutores

    Marisa crzu

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