Enquanto acontecia o evento dos partidos de oposição em Brasília, João Santana, marqueteiro do PT, ficou disparando torpedos para os celulares dos jornalistas que cobrem política, muitos deles presentes ao encontro. E o que eles diziam?
Contra todas as evidências e contra a percepção dos presentes, afirmava que o evento estava ruim, que os discursos eram equivocados, que esse e aquele cometiam erros, que havia um monte de problemas… Em suma, o marqueteiro Santana tentava pautar os tais formadores de opinião. Até parecia que Santana estava com vontade ajudar…
A multimilionária campanha de Dilma Rousseff contratou os interneteiros que cuidaram da campanha de Obama. Essa foi uma prática corriqueira dos seus homens de marketing: criar um movimento de opinião contra os adversários — naquele caso, primeiro no próprio Partido Democrata; depois, para atingir os republicanos. Qual é a tese? Mais importante do que o sucesso ou insucesso de um evento em si, o que conta e a repercussão. E Santana tentou estragar o que os próprios petistas consideravam estar sendo um sucesso.
Certo! Não se pode condená-lo por tentar, não é? Mas informar o seu esforço é uma iinformação que tem de ser tornada pública. A pressão de Santana vai funcionar? Vamos ver.
Ah, sim: não adianta Santana negar. Ele sabe que é verdade. E sabe também que SMSs ficam registrados nos celulares, não é?
Ah, sim: os blogueiros do Planalto, aqueles pagos para fazer o blog do Lula, também deram plantão do Twitter, tentando pôr o evento pra baixo, comparando-o com o Dilma e sustentando, claro, que o comício ilegal da petista estava muito melhor. Eles, obviamente, não chamaram o comício de “ilegal”.
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