Havana, 3 jul (EFE).- O dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há quatro meses, está em "perigo potencial de vida" devido a um coágulo na veia jugular que complicou sua saúde, apesar de ter apresentado uma "discreta melhora" nos últimos dias depois de ter recebido tratamento.
O jornal "Granma" publica neste sábado uma entrevista com Armando Caballero, chefe do setor de tratamento intensivo do Hospital Santa Clara, (onde Farinãs está internado desde 11 de março), na qual detalha a situação do dissidente e o tratamento que está recebendo.
Na entrevista, o médico não cita os motivos da greve de fome do opositor, que reivindica com seu jejum a libertação dos presos políticos doentes.
Caballero diz que a tromboflebite que sofre Farinãs há uma semana na jugular tem "um grande risco, pois pode ir direto ao coração e daí aos pulmões, e provocar uma embolia pulmonar, o que pode levar a morte.
Essa afecção é comum em pacientes que como ele recebe alimentação parenteral prolongada mediante cateter, já que os riscos de infecções no sangue aumentam.
O jornal "Granma" citou pela primeira vez a greve de Farinãs em 8 de março e classificou-o como "agente dos Estados Unidos e delinquente violento".
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