sábado, 11 de setembro de 2010

MUITO MAIS GRAVE QUE O MENSALÃO.

Reinaldo Azevedo






Veio à luz a mãe de todos os escândalos do governo Lula-Dilma. É muito mais grave do que o Mensalão. Israel Guerra, filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra (sucessora de Dilma na pasta e seu braço-direito), montou um grupo para fazer a intermediação de verbas públicas. Ele cobra uma taxa de sucesso: 6%. É pouco? Erenice, que já andou metida em outros casos nada republicanos do governo Lula, participou de reuniões. Importante: a um empresário com o qual o grupo fez negócios, Erenice deixou claro: a dinheirama cobrada era para “saldar compromissos políticos”. A matéria de capa da VEJA é de estarrecer. A “Carta ao Leitor” de VEJA, que segue abaixo, faz uma síntese do caso. Leiam:

“A reportagem desta edição de VEJA revela que Israel Guerra, filho de Erenice Guerra, braço direito de Dilma Rousseff enquanto ela foi a incontrastável ministra-chefe da Casa Civil e sua sucessora na pasta, comanda um escritório de lobby em Brasília que trabalha azeitando negócios de empresários com o governo. A Casa Civil fica no 4° andar do Palácio do Planalto, exatamente acima do gabinete do presidente da República. Fossem os tempos que correm menos relativos em termos éticos, isso bastaria para deixar clara a inadequação do arranjo familiar montado no ministério mais próximo de Lula e mais poderoso da hierarquia administrativa do país. Existem evidências de que a ministra, pessoa da intimidade e da mais estrita confiança de Dilma Rousseff, é responsável pelo sucesso dos negócios do filho com órgãos públicos. Empresários que desfrutaram da confiança de Israel e Erenice contam que a ministra participa de reuniões com clientes do filho e se compromete a abrir portas. O caso assume feições nigerianas de gestão pública quando a reportagem desce a detalhes do que se passa logo acima da cabeça do presidente. Um empresário do setor aéreo contou como conseguiu contratos de 84 milhões de reais nos Correios mediante a intervenção direta de Erenice Guerra, a cuja presença ele foi levado pelo filho. O negócio só saiu depois de assinado compromisso de pagamento de uma “taxa de sucesso” de 6% do valor dos contratos, cujo destino manifesto pelos lobistas-familiares-assessores-militantes petistas seria saldar “compromissos políticos”‘. Dois assessores montaram um balcão de negócios na Casa Civil. Eles foram nomeados funcionários públicos, mas atuam como lobistas, recebendo ordens do filho de Erenice Guerra. A publicação da reportagem a vinte dias do primeiro turno das eleições fará brotar acusações de que o objetivo é prejudicar a candidata oficial, Dilma Rousseff. São especulações inevitáveis. Mas quais seriam as opções? Não publicar? Só publicar depois das eleições? Essas não são opções válidas no mundo do jornalismo responsável, a atividade dedicada à busca da verdade e sua revelação em benefício do país. A empresa do filho da ministra chama-se Capital Assessoria e Consultoria e foi aberta oficialmente em julho do ano passado. No papel, constam como sócios Saulo Guerra, outro filho da ministra, e Sônia Castro, mãe de Vinícius Castro, assessor jurídico da Casa Civil. São dois laranjas. Sônia Castro é uma senhora de 59 anos que reside no interior de Minas Gerais e vende queijo. A reportagem entrevistou empresários, lobistas, advogados, funcionários de estatais para tentar entender a história de sucesso da Capital. Na junta comercial, informa-se que ela encerrou suas atividades recentemente. No endereço onde deveria funcionar, na periferia de Brasília, existe um sobrado residencial, e, numa primeira visita, ouve-se do morador que ali é uma casa de família. Uma verificação mais minuciosa, porém, revela que no endereço registrado oficialmente como sede da Capital mora Israel Guerra. Na última quinta-feira, VEJA localizou Israel em sua casa - ou melhor, na sede da empresa. Empresa? Segundo ele, não havia empresa alguma funcionando ali. Capital? Nunca ouviu falar. Vinícius? Não se lembrava ao certo do nome. Stevan? Este, salvo engano, era amigo de um amigo. O Vinícius, de quem ele não se recordava, era Vinícius Castro, funcionário da Casa Civil, parceiro dele no escritório de lobby. O advogado Stevan Knezevic, o amigo do amigo, o terceiro parceiro, é servidor da Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, cedido à Presidência da República desde setembro de 2009. Os três se conheceram quando trabalharam na burocracia de Brasília se tornaram amigos inseparáveis - amizade que voou a jato para o mundo dos negócios. Como a sede da empresa funciona em uma residência, quando precisam despachar com os clientes, os três lobistas recorrem ao escritório da banca Trajano & Silva Advogados, que fica num shopping de Brasília. O escritório não tem placa de identificação, mas, em cima da mesa de reunião, há vários cartões de visita que indicam que lá trabalha gente famosa e importante. Um dos sócios é o advogado Márcio Silva, ninguém menos que o coordenador em Brasília da banca que cuida dos assuntos jurídicos da campanha presidencial de Dilma Rousseff. Quem mais trabalha lá? Antônio Alves Carvalho, irmão de Erenice Guerra e, portanto, tio de Israel Guerra. Há um terceiro sócio, Alan Trajano, que dá expediente no gabinete do deputado mensaleiro João Paulo Cunha. Eles admitem que a turma do filho da ministra usa as dependências do escritório - e até que já tentou intermediar negócios com a banca. “O Israel tinha sido procurado por uma construtora mineira, que queria contratar um escritório de advocacia, mas acabou não dando certo”, disse Márcio Silva. VEJA localizou um empresário que participou de reuniões com o filho, os funcionários da Casa Civil e Erenice. Em abril do ano passado, o paulistano Fábio Baracat, dono da Via Net Express, empresa de transporte de carga aérea e então sócio da MTA Linhas Aéreas, queria ampliar a participação de suas empresas nos Correios. A idéia era mudar as regras da estatal, de modo que os aviões contratados por ela para transportar material também pudessem levar cargas de outros clientes. Isso elevaria o lucro dos empresários. Baracat também desejava obter mais contratos com os Correios. Ele chegou ao nome do filho de Erenice por indicação de um diretor dos próprios Correios. Diz Baracat: “Fui informado de que, para conseguir os negócios que eu queria, era preciso conversar com Israel Guerra e seus sócios”. O empresário encontrou-se com o filho da então secretária executiva de Dilma e o assessor Vinícius Castro. Explicou a eles o que queria - e ouviu a garantia de que poderiam entregar ali o que se encomendava. “Bastava pagar”, lembra Baracat. Nos encontros que se seguiram, Israel disse que poderia interceder por meio do poder da Casa Civil: “Minha mãe resolve”. Conta o empresário: “Impressionou-me a forma como eles cobravam dinheiro o tempo inteiro. Estavam com pressa para que eu fechasse um contrato”. Após algumas conversas de aproximação, segundo o relato de Baracat, os sócios da Capital informaram: “Está na hora de você conhecer a doutora”. Os dois levaram o empresário para o apartamento funcional onde Erenice morava até março deste ano. Para entrar, Baracat teve de deixar do lado de fora celulares, relógio, canetas - qualquer aparelho que pudesse gravar o encontro. Erenice foi amável, abriu um vinho. “Ela conversou sobre amenidades e assuntos do governo. Erenice não mencionou valores ou acordos. Deixou evidente, porém, que seu filho e o sócio falavam com o aval dela”, diz. “Depois que eles me apresentaram a Erenice, senti que não estavam blefando”, admite Baracat, em conversas gravadas. “Israel e Vinícius passaram a me cobrar um pagamento mensal e exigiam que somente eles me representassem em Brasília.” Na sexta-feira, Israel Guerra parece ter recobrado a memória. Por e-mail, ele admitiu ter feito o “embasamento legal” para a renovação da licença da MTA na Anac, em dezembro. Disse que recebeu o pagamento por meio da conta da empresa do irmão - que no dia anterior ele nem se lembrava que existia - e confirmou que ate “emitiu notas fiscais. Israel também admitiu ter apresentado o empresário Fábio Baracat à mãe-ministra, mas apenas “na condição de amigo”. O fato é que a vida do filho da ministra mudou significativamente desde que a mãe ascendeu na hierarquia federal. Depois de vagar por vários empregos públicos, sempre por indicação de alguém, ele parece ter se estabilizado financeiramente. Na garagem de sua casa, podem-se ver sinais de que a vida como lobista está lhe fazendo bem: Israel tem dois carrões, um Golf preto e uma caminhonete Mitsubishi L200 - somente a caminhonete está avaliada em 100.000 reais. Os carros estão em nome da ministra Erenice.

2 comentários:

  1. Podemos notar que a maioria dos "servidores públicos" que estão envolvidos em escândalos no governo são servidores entre aspas, isso mesmo, apadrinhados políticos, Puxa-sacos e canalhas de toda espécie e gênero, por isso que sou contra cargos comissionados e a favor de cargos técnicos de carreira com servidores efetivos e comprometidos com a ética na Administração Público estes dão valor ao cargo que ocupam, agindo sempre com ética e retidão. Quando o governo promove concurso público não está "inchando a máquina" e sim atuando de acordo com os ditames Constitucionais. Servidor efetivo de carreira é sinônimo de ética na Administração Pública, contudo, como em todo lugar existe péssimos profissionais, as vezes somos surpreendidos por notícias de corrupção ou algum tipo de ilegalidade cometidas por servidores de carreira, mas logo sofrem penalidades ou até mesmo recebem a pena capital da Administração Pública, que é a demissão a bem do serviço público. Pois bem, após o exposto creio ter conseguido diferenciar "os servidores públicos" com aspas, dos servidores públicos de carreira, efetivos (leia-se, concursados).

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  2. Dr. Marcos Sobreira, é com imenso praser e gratidão que mereço neste momento sua atenção em
    nos dar tamanha oportunidade em seu blog, obrigado.

    -No mês de Julho do ano de 2007, eu e uma equipe de amigos, todos de Belém do Pará,nos
    dirigimos ao sul deste estado para pesquisar-mos a àrea compreendida entre as cidades de Marabá-Pa, Santana do Araguáia-Pa,Redenção-Pa
    Xinguara-Pa,Tucumã-Pa e São Félix do Xingú-Pa,
    Analíticos que somos,logo percebemos tamanha negociação de Terras e Imensa presença de Acampamentos de Movimentistas dos Sem-Terras, entrepostos a essas cidades,curiosidades matam,
    dirigindo a palavra a um de nossos guias,morador e agrimessor daquela região, perguntávamos ao mesmo, fulano que fazenda grande, de quem é?, resposta: éssa, essa todos dizem que é do LULA, LULA! que LULA, o Pte. do Brasil, Sim estas e mais oito deste Tamanho (FAZENDA: (RIO VERMELHO, Fazenda Stª.ROSA, Fazenda Ouro Verde, Fazenda RIO CLARO,Fazenta CHADAR, Fazenda LADEIRA VERMELHA, Fazenda BELAUTO + 02 Fazendas não einda nominadas na
    regiâo da Tabóca e Àrea Terras do Meio, sendo preparadas para o plantil de MAMONA e rxtração de Minério(CASSITERITA E OURO), dúvidas nos veio é claro, estarrecimento também, depois de vesitarmos tôda aquela região,em São Félix Já descansando na frente do HOTEL, pergutamos-lhe novamente, o que faz este HELICÓPTERO Particular voando tão intensamente nessas redondesas, falou, este é um dos filhos do lula.
    funcionário dos correios é o intermediador dos negócios, como ísso é feito, o José Sarnei emprestou um agênciador(GRILEIRO) por nome de LP + 02 Executores por nomes de T....... e J... C....., para atuarem na excitação da invação de terras, forjar a desapropriação e venda obrigatória da mesma ao intermediador por baixo preço, aquele que se renegára, concerteza estaria passivo de sofrer um acidente, três cidades dete complexo só se impõe nesta região por ja ter cadeira cativa no cenário Nacional, a cidade de TUCURUI-PA, (Palco da ELÉTROBRÀS-ELETONORTE, PARAUOPÉBAS-PA (Palco de VALE DO RIO DOCE) e AGUA AZUL DO NORTE (Palco da ONÇA PUMA)Minéradora da VALE DO RIO DOÇE, hoje tentando juntar o québra cabeça,por mais de 40
    anos, concluimos que, o Presidente LULA, Poderia ter Comprado estes Milhares de Hequitáres de terras em período em que BELÉM-PA, sequer mereceu sediar a cópa do mundo de Futebol, a metrópole da Amazônia como é conhecida, perdeu tal evento para MANAUS-AM,NATAL-RN e até mesmo o Mato Grosso do Sul, cidades que nem Campo de Futebol adequado as exigências da FÍFA tem, e o nosso Glorioso Estádio OLÍMPICO DO MANGUEIRÃO somente para Shows e eventos da Governadora Ana Júlia PT e seus aPTezados,como se viu esta semana em Ananindeua no Pará cidade comandada pela família ROUBARBALHO, no imenso Palanque Vermélho, presentes LULA,DÍLMA,ANA JÚLIA,JOSÉ DIRCEU e o Paeceiro do momento, o
    Presidente da VALE, em todo o mundo a lei e a movimentação do comércio constitui-se em O DONO, O MERCADOR, O MERCADO e o COMPRADOR,Sempre as mesmas figurinhas carimbadas da época em que tentaram se apoossar daquela região na Guerílha do ARAGUÁIA TOCANTÍNS, Nunca se viu um presidente de uma república subír em palanques tantas vezes como CABO ELEITORAL, como o LULA nos Palanques do Pará, oferecendo Milhares de Empregos na Indústria Siderúrgica que terá pólo coincidentemente Situado na região de Marabá-PA, na tróca pela Cópa do Mundo que ANA JÚLIA negóciou com LULA e DÍLMA, Vétada aos Paraenses.

    QUE PAÌS É ESTE MINHA GENTE.
    SERRA PRESIDENTE.

    GRATO, Dr. MARCOS SOBRERA
    UM GRANDE ABRAÇO.

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