Coibir a distribuição paroquial de verbas para as bases eleitorais de quem comanda a execução do orçamento nos ministérios é uma necessidade moral, inadiável, do governo. Portanto, é positiva a disposição demonstrada pelo Palácio do Planalto de atuar nesse sentido, a partir das denúncias de privilégio na concessão de recursos ao Estado de Pernambuco.
Agilidade das ações do governo tanto para prevenir quanto para remediar danos às populações provocados por desastres naturais (enchentes, secas, geadas, etc.) não justifica o repasse político de recursos. Ao contrário, torna-o mais condenável pelo aproveitamento mesquinho de situações delicadas.
Os números desmentem a tentativa do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, de dissimular a concentração de verbas no seu Estado natal. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que 90% dos recursos antienchentes previstos no Orçamento de 2011 e efetivamente pagos foram repassados a Pernambuco. Isso significa praticamente ignorar o conjunto do país. Diferentemente do que tem afirmado o ministro, a determinação da presidente Dilma para realização de grande esforço preventivo contra enchentes não endossa, de forma alguma, privilégio a qualquer região.
No governo Lula, o ministro baiano Geddel Vieira Lima canalizou proporção generosa de verbas para a sua terra. A Bahia tornou-se o destino da grande maioria das obras e investimentos da Pasta da Integração. Aconteceu algo semelhante em governos anteriores, em ministérios diferentes, inclusive no período militar. É um vício político histórico, que precisa ser debelado. A sociedade não o aceita.
Esperam-se resultados imediatos da intervenção da presidente Dilma. Ela ordenou a adoção de critérios técnicos na distribuição dos recursos da Pasta da Integração, e acompanhamento dos repasses pela Casa Civil. Pode ser um passo para a propalada reforma ministerial.
Fonte: A Gazeta
Agilidade das ações do governo tanto para prevenir quanto para remediar danos às populações provocados por desastres naturais (enchentes, secas, geadas, etc.) não justifica o repasse político de recursos. Ao contrário, torna-o mais condenável pelo aproveitamento mesquinho de situações delicadas.
Os números desmentem a tentativa do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, de dissimular a concentração de verbas no seu Estado natal. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que 90% dos recursos antienchentes previstos no Orçamento de 2011 e efetivamente pagos foram repassados a Pernambuco. Isso significa praticamente ignorar o conjunto do país. Diferentemente do que tem afirmado o ministro, a determinação da presidente Dilma para realização de grande esforço preventivo contra enchentes não endossa, de forma alguma, privilégio a qualquer região.
No governo Lula, o ministro baiano Geddel Vieira Lima canalizou proporção generosa de verbas para a sua terra. A Bahia tornou-se o destino da grande maioria das obras e investimentos da Pasta da Integração. Aconteceu algo semelhante em governos anteriores, em ministérios diferentes, inclusive no período militar. É um vício político histórico, que precisa ser debelado. A sociedade não o aceita.
Esperam-se resultados imediatos da intervenção da presidente Dilma. Ela ordenou a adoção de critérios técnicos na distribuição dos recursos da Pasta da Integração, e acompanhamento dos repasses pela Casa Civil. Pode ser um passo para a propalada reforma ministerial.
Fonte: A Gazeta
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