domingo, 8 de janeiro de 2012

PROMESSAS DE CAMPANHA

 

O ano eleitoral começou com muita chuva para desespero dos prefeitos candidatos à reeleição e para a alegria (não adianta hipocrisia) para as oposições de norte a sul do Estado. Do ponto de vista político, a chuva pode ter vários significados para as lideranças.

Há quem veja na manutenção dessa situação precária que se repete ano após ano em vários municípios do Estado uma fórmula de captação de votos por meio de promessas de campanha que jamais vão se cumprir. Uma fórmula desgastada, de política com “p” minúsculo, que vê no sofrimento da população uma forma de se manter no poder.

Para a oposição, nada melhor do que o caos urbano para achincalhar as administrações mexendo com o emocional da população. E para os prefeitos, que agora têm de concorrer à reeleição, a chuva cria um desgaste imenso.

O jeito é decretar o mais rápido possível situação de emergência, até porque desde o último dia primeiro qualquer tipo de doação da prefeitura para os moradores pode se configurar crime eleitoral, exceto em casos de emergência ou calamidade.

É evidente que a chuva dessa quinta-feira (5) no Estado foi um fenômeno à parte e que alguns municípios mostraram até uma resposta rápida para o caso. Mas em situações como estas é possível perceber que o Estado não está preparado para desastres naturais.

Renato Casagrande tomou posse em meio a um período de chuvas intensas no Espírito Santo. Sobrevoou várias áreas de alagamentos e já nos seus primeiros dias pediu ajuda de Brasília para a emergência causada pela chuva. Antes dele, Paulo Hartung reuniu os 78 prefeitos para apresentar o plano contingência, que envolvia Estado e municípios em um grande programa de prevenção para as chuvas.

Bem, 2012 chegou e, mais uma vez, a população ficou à mercê da própria sorte. E ainda vai ter que ouvir, a partir de agosto, no horário eleitoral, as mesmas promessas da eleição passada. Lamentável.

Fonte: Século diário 

 

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