sexta-feira, 11 de março de 2011

FÁBRICA DE VOTOS, MISÉRIA ENDÊMICA.

Prof.ª Aileda de Mattos Oliveira*


Governo sem planejamento, sem objetivos nacionais a defender, é governo sem credibilidade. Ações que não se relacionam, tornando incongruente a política que as põe em prática, são consequências de posições superficiais, por falta de um criterioso estudo dos problemas brasileiros, denotando que visam, unicamente, à popularidade do presidente do momento. Isso vem de longe. Isso faz parte da política cabocla colonial, de fachada, sem compromissos.

Herdeira da herança econômica deixada pelo então rico presidente e esbanjador cabo eleitoral, a nova ocupante do cargo tenta encobrir com pseudotranqüilidade os destroços causados ao erário pelo seu padrinho, nos oitos anos em que era guardião da chave do cofre. Vejamos as contradições da privilegiada, mas atabalhoada afilhada.

Os únicos projetos bem-definidos pelos radicais de esquerda, perceptíveis até mesmo pelos crédulos na “democracia” petista, é o de perpetuar-se no poder, infectar a educação brasileira com a pornografia dos conceitos comunossocialistas e criar um rosário de encrencas com os tais direitos humanos dos quais se acham paladinos. É uma gente que só pensa em direitos devidos, mas não no cumprimento dos deveres com a nação.

A senhora presidente pretende reajustar a bolsa família em abril, depois de ter cortado os cinquenta bilhões do orçamento, atingindo, em cheio, o reaparelhamento das Forças Armadas, instituições às quais cabe a defesa do país, defesa que pretende ser, segundo disse, uma das prioridades de seu governo. Além disso, retalia as Forças, mas escolhe para o seu descanso carnavalesco, uma Unidade Militar em Natal, levando na bagagem a família. É em momentos como esse, que vai buscar na tranqüilidade e na disciplina da caserna, que tanto hostiliza, o sossego e a segurança para fugir dos bajuladores de ocasião. Confusa esta mulher, não?

Defensora das práticas abortivas, aumentará o valor do benefício, de acordo com o número de filhos produzidos por aqueles que não desejam buscar trabalho remunerado, com horário estipulado, em troca de mais alguns reais por cabeça. Neste ponto, a sua teoria obtusa, contrariando a anterior sobre o aborto, é bastante pragmática.

Como é de seu desejo e de seus assessores diretos e indiretos (afastados por desvio de conduta), que o Partido Único permaneça no poder até 2030, as crianças nascidas nos seus quatro anos de governo e nos futuros, terão, aproximadamente, dezenove anos, portanto, em idade de votar. Quantos novos eleitores, então, terá o PT fabricados pela indústria da “bolsa miséria”? Se a idade não chegar a tanto, um Congresso corrompido criará leis permitindo o voto ao adolescente de quatorze ou quinze anos. Esse é o obstáculo mais fácil de se afastar com uma carreta de dinheiro ou troca de favores.

A “bolsa miséria”, que apelidaram de “bolsa família”, entra em conflito com o desejo da senhora presidente de erradicar a pobreza no país. Ao estimular a preguiça, o abandono do emprego fixo, o desinteresse pela assinatura da carteira de trabalho, a fim de não perder os benefícios, como está acontecendo, essa gente passa a viver à custa do contribuinte que sustenta o Estado, formando uma nova classe social de prósperos indigentes, reprodutores a serviço de um partido político.

Com a educação ao rés do chão, sem estudos, sem escolas técnicas, sem interesse em adquirir conhecimentos, essas pessoas usadas, manipuladas pelos políticos, quando lhes faltar o fácil maná, não aceitarão a realidade de enfrentar um subemprego e não estará fora de possibilidade a ocorrência de uma convulsão de grandes proporções. Será que os militantes esquerdistas ainda pensam em usar o povo escamoteado para servir a outros propósitos, ainda encobertos pela neblina da dissimulação?

Dessa maneira, a fábrica de votos (ou de filhos) fará a miséria tornar-se endêmica, o que entrará em choque com o lema oficial da vez, de que “País desenvolvido, é país sem miséria”. Será que o tiro da novel governante não sairá pela culatra? Quanto a isto, historicamente, seria a primeira vez.

(Membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora). http://bit.ly/eKh95z








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