domingo, 28 de agosto de 2011

EM MINAS, PMDB ROMPE COM O PT.

A provável reedição da aliança entre o PT e o PSDB em torno da reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), levou a bancada estadual do PMDB a encerrar hoje (25) a parceria que matinha com petistas na Assembleia Legislativa de Minas. Esse foi o principal motivo alegado pelos peemedebistas, que assumiram também o peso da interferência do governo estadual tucano na dissolução do bloco de oposição no Legislativo.

Segundo o ex-líder da minoria e agora líder do PMDB na Assembleia, deputado estadual Antônio Júlio, a forma como os petistas tratam os aliados em relação ao pleito de 2012 é "constrangedora". "O pessoal do PT, quando vai conversar sobre as eleições em Belo Horizonte, que é o balizamento das eleições no Estado, jamais cita o PMDB como parceiro, como aliado. E isso causa desconforto para todos nós. Traz um constrangimento para essa unidade do bloco", afirmou.

Apesar de afirmarem que ainda não há definição, lideranças do PT, PSDB e PSB já admitem a reedição da aliança feita em 2008. Na ocasião, o senador e então governador Aécio Neves (PSDB-MG) e o atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e ex-prefeito da capital, Fernando Pimentel (PT), ficaram lado a lado na campanha de Lacerda. Segundo Antônio Júlio, "o jogo da prefeitura já está jogado", mas os peemedebistas avaliam que faltou "carinho" com a legenda, deixada de lado nos planos eleitorais petistas.

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Luiz Dulci chegaram a se reunir com os deputados do PMDB na semana passada e pediram que o grupo mantivesse as conversas, mas o apelo não adiantou. "Quando nós fizemos bloco, nenhum deles foi ouvido. Então, a decisão agora também é nossa", ressaltou o parlamentar, referindo-se também à direção do PMDB.

Antônio Júlio também confirmou que o secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro (PSDB), procurou os peemedebistas para forçar o fim do bloco. Segundo o deputado, os telefonemas e promessas do Executivo "não deixam de ter uma certa influência", mas garantiu que esse não foi o "problema maior".

Fonte: O Estado de São Paulo

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