O país viveu uma espécie de comoção geral pela divulgação de vídeo na Folha.com em que policiais tripudiam em cima de assaltantes baleados.
"Estrebucha, filho da puta", diz um funcionário do Estado para um dos caídos. Muitos defenderam sua conduta. Outros ficaram chocados com o sadismo na cena.
Dias antes, o Brasil pôde ver também em vídeo como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), passeava em helicóptero que deveria estar atendendo a um coitado com traumatismo craniano no Maranhão.
No final da mesma semana, fotos por todo lado de um acidente com um bondinho que matou cinco pessoas e feriu outras 57 em Santa Teresa, no Rio. O governador Sérgio Cabral (PMDB) mandou fechar o serviço até a execução de um plano de modernização.
Desvios de conduta, vigência por anos de contratos suspeitos ou malfeitos e medidas reativas como a de Cabral, depois de uma tragédia, são a regra no Brasil.
Infelizmente (ou felizmente), a semana passada só trouxe uma série concentrada disso, em vídeos e fotos coloridas.
A AGU (Advocacia Geral da União) estima que até 70% dos desvios de verbas públicas no Brasil ocorram nas áreas de educação e saúde (incluindo saneamento básico).
Nesses setores, os crimes são considerados hediondos. Pois matam por falta de assistência médica ou comprometem o futuro de crianças sem merenda escolar e educação adequadas.
Mais de 60% dos réus são prefeitos ou ex-prefeitos. Há um número mínimo de condenações e outro ainda menor de prisões.
Na área de transportes, a corregedoria do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes) acumula mais de mil processos sobre pagamentos suspeitos, que somam R$ 400 milhões nos últimos oito anos.
Segundo a AGU, quando ocorre, a devolução de parte das verbas desviadas demora, em média, 17 anos.
Apesar da conversa sobre "faxina" no governo Dilma, o que se vê é ex-ministro, secretário e diretor saindo do governo e tirando férias, voltando às suas consultorias ou reassumindo postos no Congresso.
Infelizmente, há poucos vídeos sobre isso.
Fonte: Folha.com Fernando Canzian
"Estrebucha, filho da puta", diz um funcionário do Estado para um dos caídos. Muitos defenderam sua conduta. Outros ficaram chocados com o sadismo na cena.
Dias antes, o Brasil pôde ver também em vídeo como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), passeava em helicóptero que deveria estar atendendo a um coitado com traumatismo craniano no Maranhão.
No final da mesma semana, fotos por todo lado de um acidente com um bondinho que matou cinco pessoas e feriu outras 57 em Santa Teresa, no Rio. O governador Sérgio Cabral (PMDB) mandou fechar o serviço até a execução de um plano de modernização.
Desvios de conduta, vigência por anos de contratos suspeitos ou malfeitos e medidas reativas como a de Cabral, depois de uma tragédia, são a regra no Brasil.
Infelizmente (ou felizmente), a semana passada só trouxe uma série concentrada disso, em vídeos e fotos coloridas.
A AGU (Advocacia Geral da União) estima que até 70% dos desvios de verbas públicas no Brasil ocorram nas áreas de educação e saúde (incluindo saneamento básico).
Nesses setores, os crimes são considerados hediondos. Pois matam por falta de assistência médica ou comprometem o futuro de crianças sem merenda escolar e educação adequadas.
Mais de 60% dos réus são prefeitos ou ex-prefeitos. Há um número mínimo de condenações e outro ainda menor de prisões.
Na área de transportes, a corregedoria do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes) acumula mais de mil processos sobre pagamentos suspeitos, que somam R$ 400 milhões nos últimos oito anos.
Segundo a AGU, quando ocorre, a devolução de parte das verbas desviadas demora, em média, 17 anos.
Apesar da conversa sobre "faxina" no governo Dilma, o que se vê é ex-ministro, secretário e diretor saindo do governo e tirando férias, voltando às suas consultorias ou reassumindo postos no Congresso.
Infelizmente, há poucos vídeos sobre isso.
Fonte: Folha.com Fernando Canzian
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