segunda-feira, 22 de agosto de 2011

CORDA BAMBA.

Em seu blog, o comandante do PTB nacional, deputado cassado Roberto Jefferson (RJ), sugere que daqui a pouco a presidente Dilma Rousseff (PT) terá de recorrer a um “Big Brother” para decidir qual ministro deverá demitir diante da enxurrada de denúncias que estremecem a Esplanada dos Ministérios.
 O sistema funcionará na base do “para eliminar o ministro Pedro Novais, aperte 1, para eliminar Mário Negromonte, 2, para eliminar Paulo Bernardo, 3, para eliminar Ideli Salvatti, 4…”.

A avaliação desse viperino exemplar da política brasileira, que há seis anos ajudou a escancarar o “Mensalão do PT”, não está tão distante das estratégias das televisões para alavancar audiências. Em Brasília há uma crescente aposta na queda de ministros envolvidos em denúncias graves de malversação do dinheiro público. A onda tomou proporções maiores no último final de semana por conta de novas denúncias e das divisões internas dos partidos da base governista, como PR, PMDB, PT e, mais recentemente, o PP.

Roberto Jefferson sugere que é hora de Dilma impor um freio de arrumação, que pode precipitar a reforma ministerial. “Certamente que não agradará às viúvas de Lula (quiçá nem ao próprio), mas vale a máxima: amigos, amigos, negócios à parte”.
A crise no Partido Progressista tem meses de existência. Tomou proporções maiores nos últimos dias quando, na calada da noite, parte da bancada dos progressistas na Câmara tirou o deputado Nelson Meurer (PR) da liderança para emplacar no cargo Aguinaldo Ribeiro (PB). Com Meurer caiu a força do ministro Mário Negromonte, das Cidades, que tenta se firmar no cargo com a outra banda de deputados.
Foi nessa estratégia que teria oferecido R$ 30 mil para cada um deles em troca do favor fisiológico. Na manhã desta segunda-feira (22), Negromonte distribuiu “nota de esclarecimento” na qual nega “veementemente qualquer reunião partidária dentro das dependências do Ministério das Cidades”. O ministro assegura que os parlamentares recebidos “agendam suas reuniões para tratar de questões afetas ao Ministério. Durante sua gestão, o Ministro já recebeu mais de 200 parlamentares, entre deputados e senadores de diversos partidos”.
A troca foi montada nos bastidores pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) e pelos deputados Eduardo Da Fonte (PE) e Paulo Maluf (SP), entre outros. Eles se aproveitaram do descontentamento de parte da bancada com Meurer, que havia sido indicado por Negromonte e João Pizzolatti (SC) – ambos ex-líderes. Dos 41 deputados, 27 apoiaram a troca de Meurer por Ribeiro. No Senado, além de Ciro, a bancada é formada por mais quatro senadores.

Fonte: Ucho.Info

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