sábado, 27 de agosto de 2011

PT CONFUNDIU O PÚBLICO E O PRIVADO, DIZ AÉCIO

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) comentou nesta sexta-feira, 26, a sucessão de escândalos que atinge o governo Dilma Rousseff. “Está difícil acompanhar” os escândalos, afirmou. A resposta foi dada quando o tucano foi questionado sobre a denúncia do Estado desta sexta, de que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), usou avião de empresa para ir a reunião do PT. Mesmo afirmando não conhecer o caso mencionado, ele avalia que o PT confundiu o público e o privado na política nacional.

Segundo o senador, “o que nós temos observado ao longo dos últimos anos é que PT institucionalizou uma prática, eu não conheço esse caso específico, mas eu falo de um modo geral que o público e o privado se confundiram. Não há um discernimento claro do que é público e do que é privado e eu acho que essa é a razão pela qual nós estamos assistindo essa série de problemas e de escândalos.” Ainda de acordo com ele, mais do que a “faxina”, é preciso que aqueles velhos valores retomem ao convívio, não apenas do PT, mas de todos os partidos.”

Questionado sobre por que a oposição não leva adiante as denúncias, Aécio afirmou que a oposição age dentro do possível, mas que é minoritária. “Nós temos um limite para nossa ação”, declarou. “Temos buscado em todos os momentos os instrumentos institucionais que a sociedade nos oferece, Procuradoria-Geral, TCU em muitos casos, quando se trata de investimentos, alertá-los. Estamos novamente indo à PGR sobre a questão relativa à ministra-chefe da Casa Civil. É preciso que haja também mobilização por parte da sociedade. É preciso que os órgãos que tem a função de investigar atuem com vigor. É preciso que a sociedade acompanhe isso mais de perto. O que estamos vendo é que o escândalo de hoje faz com que se esqueça o escândalo de ontem e o de amanhã faz com que se esqueça o de hoje”, acrescentou.

Refutou a tese de que basta derrubar o ministro para que o escândalo acabe. “Claro que não. É preciso que todas essas investigações tenham sequencia”, afirmou. “O simples afastamento de um titular é muito pouca coisa, é preciso que se puna quem efetivamente fez uso indevido do dinheiro público”, disse.

Jair Stangler, do Estadão.com.br

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