sábado, 20 de agosto de 2011

POLITICA CAPIXABA, FIQUE POR DENTRO.

"Não entendo que um eventual ato de filiação de Max tenha conotação de ruptura com Hartung"
Macaciel Breda, presidente do PSB no Estado

Cada um por si e a base ameaçada

A movimentação do PSB Estado afora já vinha levantando insatisfações na base aliada do governo de Renato Casagrande (PSB), mas a aproximação com o ex-prefeito Max Filho (PTB), de Vila Velha, foi a mais desastrada das articulações. Trazer o principal adversário político do ex-governador Paulo Hartung para o partido que hoje comanda o Palácio Anchieta seria interpretado como sinal de guerra com o ex-chefe do Executivo. Sem contar a reação que surgiu na Assembleia, principalmente nas bases do DEM e do PMDB.

É natural que o PSB, por estar no poder, tenha como objetivo o aumento de sua representação, a exemplo do que fez o PMDB no tempo de Paulo Hartung. Mas seria preciso tomar cuidado com a mensagem que cada movimento repassa ao mercado político. Se Neucimar Fraga (PR), atual prefeito de Vila Velha, Hércules Silveira (PMDB) e Rodney Miranda (DEM) são da base aliada e pré-candidatos em Vila Velha, como trazer para o partido justamente o principal adversário eleitoral deles? Agir dessa forma traz o risco de implosão da ampla base de apoio político que o governo tem. Ou é amadorismo ou é sede demais de marcar espaço e lançar candidatos - muitos apostam nesta segunda opção.

E não é só isso. Já há algum tempo algumas lideranças vinham reclamando do assédio do PSB no interior do Estado. E se por um lado o discurso do governador é de que não vai tutelar a sucessão, por outro o seu partido aparenta ações atropeladas.

Outro exemplo está num possível convite de filiação de Juninho (PPS), vice-prefeito de Cariacica e pré-candidato à sucessão. O vice anda estremecido com o prefeito Helder Salomão (PT), que, por sinal, é aliado de longa data do grupo de Casagrande. Se Juninho vai para o PSB, ele embola o jogo da sucessão em Cariacica com o patrocínio do Palácio Anchieta - até porque não dá para separar o partido do governador.
"O que o PSB e o governador precisam é saber mexer nas peças do tabuleiro. Qualquer mexida errada coloca a estabilidade da base em risco", avalia um deputado.
Sem contar que a relação com a Assembleia já é instável por outros motivos: queixas de interlocução, liberação de emendas... Misturar problemas de sucessão nessa base que aparenta pouca convicção com o governo é um risco. Num momento em que o Estado enfrenta sérios desafios na economia - possível perda de royalties e reforma tributária -, criar problemas políticos não parece o melhor caminho.

Algumas lideranças reclamam do fato de que os aliados estariam "soltos" nas cidades. Estariam em construção vários cenários de conflito. "As movimentações eleitorais do governador têm sido tímidas. E, quando o PSB age, consegue errar. É uma engenharia muito mal organizada", assinala um aliado.

Sobre a conversa com Max Filho, o presidente regional do PSB, Macaciel Breda, diz que não há veto a nenhuma liderança. "A possibilidade de filiação do Max Filho foi colocada, assim como a de outras lideranças, mas não houve um convite formal. Ele não pediu e nós não o convidamos", diz, destacando que o partido só tem mantido conversas com as lideranças que já estão sem legendas - esse não é, portanto, o caso de Max.

Macaciel avalia que as queixas que surgiram na base merecem avaliação: "Sempre que há um partido no governo as críticas se direcionam a ele. O partido que tem o governador se torna atrativo". Pelo menos por enquanto, avalia, o "mapeamento" de regiões, a exemplo do que aconteceu na última eleição municipal com a chamada geopolítica, não vai acontecer. É o cada um por si. E o resultado pode ser arriscado.

Prévias
O PSDB pode fazer prévias para decidir quem será o candidato a prefeito de Vitória em 2012. A avaliação é do deputado federal César Colnago: "Eu também quero ser candidato. Então o partido tem dois nomes: o meu e o de Luiz Paulo (Vellozo Lucas). O PSDB vai optar por quem tiver uma melhor avaliação na cidade. Podemos realizar prévias, ou, então, avaliações qualitativas e quantitativas".

Sem dono
Vice-presidente da Câmara dos Deputados, a deputada federal Rose de Freitas, do mesmo PMDB de Paulo Hartung, diz que a sucessão na Capital "não pode ter dono".

Quem manda

A avaliação de Rose é a seguinte: "Todos sabem a liderança que o ex-governador tem, mas eu acho que todos (os políticos) colocam o futuro nas mãos de uma pessoa e esquecem que o povo pensa. Eu não gostaria de discutir uma sucessão pensando que quem manda é fulano. Não é dessa maneira que gosto de discutir política".

A ministra vem
Informações que vêm do PT dão conta de que o prefeito João Coser começou a trabalhar mesmo pela candidatura da ministra Iriny Lopes em Vitória. Aliás, o que se tem ouvido no partido é que Iriny será candidata até o fim - com ou sem Hartung no páreo. O PT, aliás, já começou a conversa sobre a sucessão com os aliados.

Escaldados

O que os petistas não querem é repetir o erro de 2010, quando se entregaram para Hartung antes da hora. O resultado foi que Ricardo Ferraço (PMDB) não foi candidato ao governo nem Hartung disputou o Senado

Andréia Lopes - A Gazeta

Um comentário:

  1. ATENÇÃO:

    À COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO - IDAF e o SINFAGRES EMITIRAM UM COMUNICADO À TODOS OS USUÁRIOS DE SERVIÇOS PRESTADOS PELO IDAF

    COMUNICADO

    Vitória, 18 de janeiro de 2013

    Prezado (a) Senhor (a)
    A Comissão de Negociação - IDAF juntamente com o Sindicato dos Fiscais Estaduais Agropecuários do Espírito Santo - SINFAGRES, representantes dos fiscais do IDAF, categoria profissional composta pelos Engenheiros Agrônomos, Engenheiros de Alimentos, Engenheiros Florestais, Médicos Veterinários e Técnicos Agrícolas, servidores efetivos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo - IDAF - que possuem o Poder de Polícia Administrativa, Controle e Fiscalização comunicam que estão em negociação junto ao Governo do Estado buscando adequações para a categoria.

    Esclarecemos que durante todo o processo buscamos junto ao Governo do Estado uma interlocução positiva visando o atendimento das adequações necessárias à categoria. Mesmo assim a administração sinaliza que as reivindicações não serão atendidas, o que, se confirmado, poderá levar a categoria dos fiscais estaduais agropecuários a adotar medidas rigorosas.

    Sendo assim, tornamos público o presente comunicado objetivando minimizar os possíveis transtornos aos usuários dos serviços e à sociedade.
    Sem mais para o momento, desde já agradecemos a atenção dispensada.

    Atenciosamente,

    Comissão de Negociação
    SINFAGRES

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