Loteamento político do Tribunal de Contas da União avança com a indicação da deputada federal Ana Arraes (PSB-PE) para ministra
A credibilidade do Tribunal de Contas da Unão não foi devidamente avaliada na escolha do nome, realizada na semana passada, para provimento da vaga de ministro.
A politização do TCU avançou com a escolha da deputada Ana Arraes. Da mesma forma teria avançado se a indicação recaísse no deputado Aldo Rebelo, segundo colocado na disputa. A condição de políticos não os desqualifica para o cargo, mas seria desejável que possuíssem currículo tecnicamente adequado - e, de preferência, brilhante. Mas isso foi desprezado. A definição do nome observou exclusivamente o interesse político, sem considerar outros critérios. Tal prática desrespeita a importância da própria Corte de Contas.
Há antecedente no loteamento político do Tribunal. O ministro José Jorge foi levado ao cargo de ministro em 2009 com votos de parlamentares da base governista e de oposicionistas. Ele havia sido deputado federal e senador pelo DEM-PE, além de candidato a vice-presidente da República na chapa de Geraldo Alckmin nas eleições de 2006. Agora veio a contrapartida. Ana Arraes, do PSD, partido da coalizão aliada ao Palácio do Planalto, teve sua indicação ao TCU apoiada pelo PSDB, com arranjo orquestral feito pelo senador Aécio Neves.
Na eleição de Ana Arraes para o TCU, imagina-se que os 222 votos que ela obteve dos colegas da Câmara dos Deputados (contra 149 votos para Aldo Rabelo) refletem, em parte, o esforço político do seu filho, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Seus contatos demandaram diversas viagens a Brasília, e nos dias que antecederam à escolha do nome, ele intensificou sua permanência na Capital Federal. Isso levanta uma gravíssima suspeita: uso de recursos públicos para finalidade particular.
O nome de Ana Arraes ainda precisa passar pelo crivo do Senado, onde certamente será confirmado para o TCU. Resta esperar que o colegiado da Corte não aceite rever paralisação de obras, conforme ideia já anunciada por Ana.
Fonte: A Gazeta
A credibilidade do Tribunal de Contas da Unão não foi devidamente avaliada na escolha do nome, realizada na semana passada, para provimento da vaga de ministro.
A politização do TCU avançou com a escolha da deputada Ana Arraes. Da mesma forma teria avançado se a indicação recaísse no deputado Aldo Rebelo, segundo colocado na disputa. A condição de políticos não os desqualifica para o cargo, mas seria desejável que possuíssem currículo tecnicamente adequado - e, de preferência, brilhante. Mas isso foi desprezado. A definição do nome observou exclusivamente o interesse político, sem considerar outros critérios. Tal prática desrespeita a importância da própria Corte de Contas.
Há antecedente no loteamento político do Tribunal. O ministro José Jorge foi levado ao cargo de ministro em 2009 com votos de parlamentares da base governista e de oposicionistas. Ele havia sido deputado federal e senador pelo DEM-PE, além de candidato a vice-presidente da República na chapa de Geraldo Alckmin nas eleições de 2006. Agora veio a contrapartida. Ana Arraes, do PSD, partido da coalizão aliada ao Palácio do Planalto, teve sua indicação ao TCU apoiada pelo PSDB, com arranjo orquestral feito pelo senador Aécio Neves.
Na eleição de Ana Arraes para o TCU, imagina-se que os 222 votos que ela obteve dos colegas da Câmara dos Deputados (contra 149 votos para Aldo Rabelo) refletem, em parte, o esforço político do seu filho, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Seus contatos demandaram diversas viagens a Brasília, e nos dias que antecederam à escolha do nome, ele intensificou sua permanência na Capital Federal. Isso levanta uma gravíssima suspeita: uso de recursos públicos para finalidade particular.
O nome de Ana Arraes ainda precisa passar pelo crivo do Senado, onde certamente será confirmado para o TCU. Resta esperar que o colegiado da Corte não aceite rever paralisação de obras, conforme ideia já anunciada por Ana.
Fonte: A Gazeta
Meu amigo,
ResponderExcluirSinto que estamos indo a passos largos para o caos total. Treva total.