quarta-feira, 1 de setembro de 2010

TERRORISMO.

Acessos irregulares ao imposto de renda de pessoas ligadas ao PSDB é terrorismo de Estado, alerta Marisa Serrano


A violação do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB ou a políticos da oposição constitui-se em "terrorismo de Estado" que ameaça a manutenção da democracia no Brasil. A afirmação foi feita em pronunciamento nesta quarta-feira (1º) pela senadora Marisa Serrano (MS), para quem o governo Lula "está flertando com um modelo de Estado policial e autoritário". “Estão roubando as nossas almas e as nossas esperanças”, enfatizou a vice-presidente do PSDB, ao reprovar o comportamento dos integrantes do governo em relação a este episódio.

A parlamentar afirmou não saber claramente o que motivou a quebra dos sigilos fiscais a partir da delegacia da Receita Federal em Mauá (SP), mas ressaltou que não está convencida em relação a tentativa do governo de tratar o caso como um mero factóide eleitoral ou prova de um suposto desespero da oposição.

Na semana passada, a Receita Federal já havia admitido que 140 pessoas tiveram o sigilo fiscal violado nas últimas semanas. Entre os atingidos estão vários políticos e pessoas ligadas ao PSDB, como o primeiro suplente de Marisa Serrano, o pecuarista Antônio Russo Neto.

Ontem também foi divulgada a quebra do sigilo da empresária Verônica Serra, filha de José Serra. Além deles, a apresentadora de TV Ana Maria Braga, integrantes da família Klein, donos das Casas Bahia, também são exemplos de pessoas que tiveram sigilos quebrados.

“Vivemos um momento perigoso da história. Violar sigilo fiscal de políticos para fazer dossiês e tentar minimizar o caso é inadmissível, como também é inadmissível violar o sigilo de pessoas que nada têm a ver com política", reprovou. Da tribuna, Marisa Serrano também indagou: "Como o cidadão vai ficar frente à vida que estamos levando neste país, se o próprio Estado é obrigado a dar segurança jurídica ao cidadão e não o faz?".

Para a tucana, fica a impressão de que o PT estava preparando dossiê para intimidar e chantagear pessoas que não estão de acordo com o seu processo político. Ainda segundo ela, "a violação criminosa do sigilo fiscal de integrantes do PSDB ou de pessoas ligadas ao partido demonstra o desrespeito à impessoalidade do serviço público, criando um clima de terror e intimidação aos cidadãos".

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