A figura constrita da Deputada Jacqueline Roriz perante seus pares, lágrimas nos olhos, defendendo que quando embolsou a grana ainda não era deputada é de um cinismo oportunista sem precedentes, mas o grande trunfo e o que realmente carimbou sua absolvição, foi: Se formos julgar atos do passado, quantos do senhores estariam aqui?
Perfeito, bastou a pergunta para que o corporativismo jogasse no lixo a ética, a decência, a ficha limpa e a imagem da Câmara, o voto secreto fez o resto. A expressão de felicidade do líder do PT Cândido Vacarezza parece zombar de todos nós que nas mídias sociais esperávamos pela condenação da deputada.
Então fica assim, foi criado a Jurisprudência da impunidade, o passado não conta, está dado o salvo-conduto para a roubalheira, desde que não seja na posse do mandato, claro! A bola agora está com o STF, mas alguém acredita em punição? Até hoje o bando do mensalão do PT não foi julgado e o seu Chefe mesmo com os direitos políticos cassados, recebe altas figuras do Governo e até mesmo da Oposição às escondidas, numa clara afronta à Presidente “democraticamente” eleita.
Ficou muito claro que a Câmara jogou o espírito da Lei da Ficha Limpa na lata de lixo, predomina o protecionismo defensivo, afinal o “eu posso ser você, amanhã”com certeza faria muita gente perder o sono se a Deputada tivesse sido cassada.
Esse é o Brasil da era Lula, acobertar, apadrinhar, ser conivente , desde que os “cumpanheiros” continuem rezando na cartilha do projeto de Poder idealizado por Lula e a cúpula do PT. Será a Presidente Dilma uma pedra no caminho? Pouco provável, o fogo amigo se encarregará de trazer o Grande Chefe de volta.
Não contemos com a oposição para impedir esse desastre, sem número suficiente e sem uma agenda alternativa, vira presa fácil da própria tentativa de sobreviver ao naufrágio. A imprensa ainda é nossa maior arma, embora seus dias de liberdade estão prestes a terminar, aí estaremos a um passo do pensamento único, da democracia de um só partido.
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