Gastos públicos em alta e pouca poupança podem provocar efeitos danosos ao país
Carga tributária elevada e batendo recordes sucessivos de arrecadação, consumo aquecido e pouca poupança, gastos públicos em alta. Essa é a receita que o Brasil vem adotando ao longo dos últimos anos e que pode provocar um cenário de dificuldades para o futuro do país.
Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), atitudes tomadas pela gestão do presidente Lula comprometem a atuação da próxima gestão no que diz respeito à estabilidade econômica do país. A volta de inflação é um dos problemas que podem ocorrer. O tucano lembrou que logo após a extinção da CPMF, o Planalto não se contentou e tentou, sem sucesso, ressuscitar o "imposto do cheque". Para compensar a perda de arrecadação, aumentou a carga de outros tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O parlamentar considera absurda a quantidade de impostos que os trabalhadores precisam arcar e continuarão a fazê-lo se nenhuma medida for tomada. “Ao final de oito anos do governo petista, o trabalhador brasileiro está entre os que mais pagam impostos e ainda sofre com a maior taxa de juros do mundo. Além disso, é ofendido e passado para trás, pois as famílias mais pobres chegam a pagar quase o dobro de tributos em relação aos ricos”, protestou.
O tucano Duarte Nogueira (SP) ressaltou que parte do incremento de gastos públicos é fruto do aumento de carreiras civis, que saltou de 31 para 108 desde 2002. “O presidente Lula está inchando a máquina pública sem a devida contrapartida na melhoria dos serviços públicos. O faz apenas com o intuito de colocar seus 'companheiros' para tomar de assalto o Estado com o objetivo de se manter no poder a qualquer custo”, apontou.
O número
R$ 61,1 bilhões
Foi a arrecadação federal em impostos e contribuições somente em maio, valor recorde para o mês, segundo a Receita Federal. Houve alta de 16,55% em relação aos R$ 52,4 bilhões recolhidos no mesmo mês de 2009, em dados corrigidos pela inflação.
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