Recentemente tivemos tragédias no Brasil que nos assustaram e deixaram perplexos milhares de brasileiros. Caímos na realidade de constatar o quanto somos vulneráveis perante a fúria da natureza. Angra dos Reis, Niterói, agora Alagoas e Pernambuco sofreram prejuízos de milhares de reais e perda de centenas, talvez milhares de vidas preciosas. O que têm em comum? Todas estão relacionadas ao período chuvoso e ao descaso e irresponsabilidade , enfim, uma por culpa do desrespeito do homem com a natureza, invadindo,desmatando, devastando, poluindo, aquecendo e mudando o clima do planeta e a outra o Estado, que por obrigação constitucional teria que promover o bem estar, a moradia digna e a segurança da população.
Quanto ao planeta, façamos nós cidadãos e governos nossa parte ou a cada ano sofreremos cada vez mais e com mais intensidade a resposta da natureza à agressão do meio ambiente. Quanto ao Estado, precisamos definir que tipo de gestão queremos. Um Estado gigante, burocrático, lento em suas decisões, loteado por afilhados políticos , em sua grande maioria incompetentes. Um Estado concorrente da iniciativa privada em todos os setores, impondo e regulando a economia conforme a ideologia petista ou um Estado voltado prioritariamente para a educação, saúde,segurança e proteção social, estimulando e regulamentando os demais setores, permitindo que o capital privado participe efetivamente do desenvolvimento da Nação. Não o Estado mínimo de Margareth Tatcher e Ronald Reagan, mas o Estado necessário da Social Democracía.
Nas três tragédias que nos afetaram esse ano, o Estado falhou na prevenção, na avaliação dos riscos e nas ações para minimizá-los ou evitá-los , o que efetivamente teria poupado tanto sofrimento. Dinheiro não é o problema, pois está sendo liberado tardiamente para amenizar e consolar a população, como se fosse um ato de bondade, de piedade, uma compensação. Salvadores da pátria aparecem aos borbotões, prefeitos esfregam as mãos pensando na liberação de verbas e tirando proveitos políticos do sofrimento alheio, como se uma vida pudesse ser paga com dinheiro. Os corruptos montam estratégias para abocanharem seu quinhão , caixinhas de campanhas recebem seu reforço, uma festa com a desgraça dos outros.
Pobre povo brasileiro que se contenta com migalhas e não exige seus Direitos. Até quando?
Infelizmente o que deixa claro e evidente em todas estas tragédias, que somados o descaso do poder público com a falta de moradia da população, temos invariavelmente o resultado da tragédia com perdas de vidas e muito sofrimento. Vale lembrar que a Constituição Federal exige dos municípios a elaboração do "Plano Diretor" e este deve conter a "LUOS" (Lei de uso e ocupação do solo). Com este instrumento, aliado é claro com responsabilidade política e social dos governantes, podemos criar regras rígidas no sentido de impedir as construções irregulares e até mesmo a remoção de famílias que ocupam as áreas de risco, usando inclusive de força policial coercitiva se for o caso de recusa em sair da área de risco. Pois bem, falta vontade política para tal e enquanto isso as pessoas estão morrendo e pouca coisa efetivamente está sendo feita. Temos que responsabilizar criminalmente os governantes omissos e fazer valer o direito de moradia digna, que em nosso ordenamento jurídico é um direito fundamental. Boa vontade política aliada com um trabalho social sério e eficaz, reduzirá em muito as tragédias.
ResponderExcluirNada mais revigorante a um megalomaniaco do que deixar seus servos à mercê das vicissitudes da vida e das intempéries do tempo e na hora H do desastre chegar como O Salvador trazendo a Bonança.
ResponderExcluirPobre povo que por nada ter se contenta com migalhas e não se conscientiza que os impostos pagos são para o governo cumprir com sua parte em relação ao desenvolvimento Humano.
O presidente e seu governo dizem que a auto-estima do povo se elevou, que agora êle tem dinheiro para tomar carveja.
Povo trocando seu Desenvolvimento Humano por algumas garrafas de cerveja.
Povo, Pobre Povo.
Que injustiça! A culpa é da Natureza. Do lixo que as pessoas jogam na rua. Dos sacos plásticos que usamos nas compras de supermercado.
ResponderExcluirVamos processar a natureza, quem joga lixo na rua e os sacos plásticos de supermercado.