sexta-feira, 25 de junho de 2010

PROVEITO ELEITOREIRO.

Os deputados Manoel Salviano (CE) e Cláudio Diaz (RS) repudiaram nesta sexta-feira (25) o discurso político feito pela candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em cima da tragédia provocada por enchentes em Alagoas e Pernambuco.

Em viagem a Sergipe, a petista disse que o problema foi piorado por causa de uma suposta omissão dos governantes dos últimos 25 anos. Ela buscou tirar qualquer responsabilidade da gestão do presidente Lula, que não destinou as verbas necessárias para prevenção de desastres.

Salviano condenou a ex-ministra da Casa Civil por usar um quadro de sofrimento e de calamidade para transformar o tema em debate eleitoreiro. “Lamento querer fazer disso um palanque eleitoral, como se nada tivesse acontecendo com a população dos estados nordestinos. Considero algo triste e vergonhoso”, afirmou. Segundo o tucano, o povo daquela região não merece esse tipo de declaração.

Para o deputado Cláudio Diaz, ao fazer essas críticas aos governantes do passado, Dilma tenta dizer que terá a solução para tudo. “Ela perdeu a noção do ridículo e não está preparada para o que ela pensa que pode fazer”, alertou o tucano, que preside o PSDB-RS.

Ainda segundo o parlamentar, o PT tenta vender uma imagem para o povo de que tudo está bem no país, enquanto o quadro é bem diferente disso. As declarações da petista foram feitas nesta quinta-feira em Aracaju, durante convenção regional do partido.

Números desmontam declarações de petista

→ A ONG Contas Abertas denunciou em seu site que o governo do PT gastou apenas 14% dos recursos previstos para prevenção de acidentes de causas naturais neste ano. O estado de Alagoas, governado pelo PSDB, não recebeu nenhum centavo. Já Pernambuco ficou com menos de 1% das verbas. Dos mais de R$ 500 milhões para as ações de prevenção, o governo Lula desembolsou apenas R$ 70 milhões para todo o Brasil por meio do Ministério da Integração Nacional.

→ Já o programa de “resposta aos desastres e reconstrução” inclui ações de socorro e assistência às pessoas afetadas por calamidades, restabelecimento das atividades essenciais e recuperação dos danos causados pelas tragédias. Estão previstos R$ 2,1 bilhões no orçamento de 2010 para custeá-lo, ou seja, três vezes mais do que a quantia autorizada ao programa de prevenção. Os R$ 542,6 milhões desembolsados nas ações de resposta equivalem a apenas 26% do autorizado para o ano, segundo o Contas Abertas.

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