segunda-feira, 28 de junho de 2010

GAROTINHO PROMETE REVELAÇÃO BOMBÁSTICA.

O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR) afirmou nesta segunda-feira que a decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de manter sua inelegibilidade por três anos já era esperada e que continua confiando no julgamento independente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no caso.

"Sempre disse que não tinha esperanças, porque todo o processo sofreu influências poderosas nos bastidores. Não era um julgamento com base nas provas, que não existem, nem podem existir porque nem eu, nem Rosinha fizemos nada de errado. Foi um julgamento político para atender interesses eleitorais. As impressões digitais de Sérgio Cabral [governador do Rio, do PMDB] são flagrantes", disse ele em seu blog.

Garotinho e sua mulher, que é prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ), são acusados de abuso de poder econômico ao supostamente usar uma rádio em benefício da eleição de Rosinha em 2008. O TRE-RJ também manteve hoje a cassação da prefeita.

TRE do Rio de Janeiro mantém cassação de Rosinha e inelegibilidade de Garotinho por três anos

"Daqui a pouco, vocês vão ter aqui no blog uma revelação bombástica, que comprova o jogo sujo de interesses cruzados, a imoralidade, que está contaminando instituições no Estado do Rio de Janeiro", disse Garotinho.

"Estou certo que o TSE, de forma independente, sem o comprometimento que existe hoje, por parte de setores do MP [Ministério Público] e da Justiça, aceitará o meu pedido de liminar, que está nas mãos do ministro Marcelo Ribeiro", reiterou.

Eleição

Na tentativa de disputar o governo do Rio nas eleições deste ano, Garotinho marcou para quarta-feira a convenção do partido. No entanto, para registrar sua candidatura até 5 de julho, precisa derrubar a decisão do TRE no TSE.

O TSE havia decidido aguardar a decisão da Justiça Eleitoral do Rio antes de se pronunciar sobre o assunto.

"Levando em conta, ainda, que o registro das candidaturas ocorrerá até 5 de julho, entendo que se deva aguardar o citado julgamento", afirmou o ministro Marcelo Ribeiro.

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