segunda-feira, 28 de junho de 2010

LIDER DO DEM NO SENADO FALA EM ENTENDIMENTO COM O PSDB.

Na tentativa de amenizar o discurso de parte do DEM que prega o rompimento da aliança em torno do candidato à sucessão presidencial José Serra (PSDB) caso o vice não seja indicado pelo partido, o líder do partido no Senado, José Agripino Maia (RN), divulgou nota na qual defende o diálogo.


No documento, ele diz que "na relação entre o DEM e o PSDB não podem haver ultimatos nem fatos consumados". "A história de parcerias e reciprocidades entre os dois partidos recomenda a superação das divergências pelo diálogo e pela determinada busca do entendimento."

Líder do DEM diz que partido não pode dar ultimato ao PSDB por indicação de Álvaro Dias com vice

A posição do senador revela uma divisão entre as bancadas do partido na Câmara e no Senado. Enquanto os deputados são os mais contundentes na cobrança pela vaga de vice, os senadores apostam no diálogo.

O PSDB indicou o senador do partido Álvaro Dias (PR) para a vaga de vice na última sexta-feira, o que provocou protestos de democratas, especialmente do presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), que dizem não aceitar a chapa puro sangue.

Nesta segunda-feira, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse, em entrevista à rádio "CBN", temer que a reação do DEM comprometa a vitória de Serra na eleição presidencial.

"Eu temo que nós tenhamos, nesse episódio, atuado para comprometer a nossa vitória. Isso é o que eu acho. Na questão de um partido ter o apoio do outro, nós já votamos nos democratas e os democratas votam conosco há muitos anos. Não é esse o problema. O problema é de ter unidade, tranquilidade e uma noção construtiva da luta que nós enfrentamos".

SAÍDA POLÍTICA

Ontem, a alta cúpula do DEM se reuniu no apartamento de Rodrigo Maia e decidiu fazer um recuo a respeito das críticas à escolha de Dias.

A ideia é tentar uma saída política até depois de amanhã, dia 30 de junho --data limite para a formalização de alianças eleitorais e também quando o DEM realiza sua convenção nacional.

Entre os que defenderam uma saída política --mantendo o apoio formal a Serra-- estavam o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, José Agripino, o deputado federal ACM Neto (BA) e o ex-presidente nacional da legenda Jorge Bornhausen.

Os mais radicais a favor de romper com Serra caso Dias não saia foram Rodrigo Maia, o deputado Ronaldo Caiado (GO) e Vic Pires (PA).

Ao final, todos concordaram em recuar a respeito de fazer críticas públicas. Caberá a Rodrigo Maia buscar saída honrosa para continuar dando apoio a Serra.

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