O presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha de José Serra à Presidência, senador Sérgio Guerra (PE), se disse surpreso com o resultado da pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira, 23.
No levantamento, o tucano aparece com 35% das intenções de voto e a candidata governista, a ex-ministra Dilma Rousseff (PT), com 40%. "O resultado nos surpreende e não é consistente com outros levantamentos. Mas o fato concreto é que nós devemos refletir", disse. "Eu não brigo com pesquisa. As informações têm de ser avaliadas, mas não tenho dúvida nenhuma de que crescemos", acrescentou.
Na avaliação de Guerra, o fato de Serra ainda não ter escolhido seu candidato a vice não tem reflexo no levantamento. "Esse assunto não tem relevância na pesquisa. Não interfere. A escolha do vice será do Serra e quando ele definir o nome vai apresentá-lo", anotou.
Líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que resultados como o da pesquisa Ibope de hoje "são desagradáveis". "A pesquisa é ruim, mas não assusta", afirmou. "A campanha de fato começa com o início do horário eleitoral no rádio e na TV", minimizou.
'Máquina do governo'
Cotado como o principal nome do DEM para ocupar o posto de vice na chapa de Serra, o deputado federal José Carlos Aleluia (BA) minimizou o resultado da pesquisa.
De acordo com o parlamentar, a "máquina do governo" foi usada em favor da petista, conseguindo até mesmo anular o efeito da exposição de Serra na mídia. "A máquina do governo está operando e nada se compara ao poder dela", criticou Aleluia. Desde maio, o candidato do PSDB estrelou os três programas partidários exibidos em cadeia nacional no período: DEM, PPS e PSDB.
O deputado federal atribuiu o crescimento ao esforço do governo federal em associar a figura de Dilma à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Mas isso vai mudar quando começar a campanha, quando ela passar a ser conhecida como realmente é", afirmou. Aleluia acredita que Serra retomará a dianteira das pesquisas durante a campanha eleitoral, que tem início oficial no dia 6 de julho. "Quando a campanha começar e os dois candidatos estiverem em pé de igualdade, sem o uso da máquina do governo, a vantagem de Dilma não deve se sustentar", disse
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