É impressionante a dificuldade de alguns políticos de se posicionar sobre certos temas. É o caso do aborto. O problema é que têm receio de afrontar o eleitor, mas também não querem comprar briga com o jornalismo politicamente correto — já que defender o aborto passou a ser um dos índices de correção política…
Dilma foi indagada no Roda Viva se era favorável à descriminação do aborto. E aí veio aquela cascata de sempre:
“Nenhuma mulher pode ser favorável ao aborto, mas eu defendo que as mulheres tenham direito à assistência pública”.
Até aí, ok. Em quais casos? Ora, naqueles permitidos em lei: estupro e risco de morte para a mãe.
Ora, isso é o que já está garantido. É uma pena que os jornalistas não tenham lembrado uma entrevista de Dilma à revista Marie Claire, de 2007. Ela defendeu a descriminação do aborto. E ponto final. O que mudou?
Também não lembraram o Programa Nacional-Socialista dos Direitos Humanos, que trazia a descriminação do aborto como diretriz. Como se trata de um decreto, quem deu forma final ao texto foi a Casa Civil. E a titular era Dilma Rousseff.
Assim, há o que Dilma pensa sobre o aborto na boca da urna e há o que… Dilma pensa sobre o aborto. No período eleitoral, achou mais conveniente esconder o que pensa.
via Veja.
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