sexta-feira, 15 de julho de 2011

TARSO GENRO O TROTSKISTA SURTADO.

Hiram Reis e Silva, Bagé, RS, 15 de julho de 2011.

“A Famurs apoia qualquer ação investigatória para apurar possíveis irregularidades na gestão dos municípios. Mas não vamos admitir espetáculos circenses como aconteceu ontem (quarta-feira) na Operação Cartola. Mobilizaram um aparato de guerra para cumprir os mandatos de apreensão de documentos nas prefeituras”. (Mariovane Wes)

Mais uma vez as ações da Polícia Civil, do Ministério Público Estadual e do Ministério Público de Contas são usadas com a finalidade precípua de demonstrar aos incautos cidadãos que poder público está atento aos desvios de conduta de seus representantes. Acho que as ações policiais são importantes, mas não precisam, absolutamente, dos excessos de que se revestiram a Operação Cartola. Quantas e quantas vezes a mídia apresentou ações pirotécnicas similares levadas a efeito pela Polícia Federal e que ao final não apresentaram qualquer tipo de resultado satisfatório. As operações de inteligência prescindem de tais exposições e, se bem realizadas, alcançam os efeitos desejados, infelizmente as autoridades estão mais interessadas nos flashes momentâneos da mídia do que nos resultados das apurações.

- DAER

As reportagens da RBS sobre as denúncias de corrupção no DAER obrigaram o governador Tarso Genro a cancelar as licitações para reequipar as estradas gaúchas com controladores de velocidade. O coordenador do Sistema Eletrônico de Operações Rodoviárias, Paulo Aguiar, foi demitido e preso. As investigações concentraram-se em um único alvo e chegaram à conclusão que ele comandava um esquema de tráfico de influência e propinas, no qual estavam envolvidos empresários, agentes públicos e servidores estaduais e municipais. O envolvimento de diversos seguimentos do poder e partidos aliados do governo estadual na arrecadação de recursos para campanhas políticas foi relegado a um segundo plano. Imediata e maquiavelicamente se desencadeou uma Operação visando desviar o foco das atenções dos desavisados eleitores.

- A “Circense” Operação Cartola

No dia 5 de julho, a Polícia Civil, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público de Contas, realizaram uma operação em oito prefeituras gaúchas, da região metropolitana, Litoral, Vale do Caí e Serra onde cumpriram 43 mandados de busca a apreensão em prédios públicos. A mega-operação contou com 160 viaturas, 500 policiais, 216 auditores do TCE e 70 delegados de Polícia. A FAMURS considerou a ação como excessiva, um verdadeiro ato de invasão das prefeituras, tendo como objetivo a exposição pública dos servidores municipais. A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul criticou a conduta excessiva da Polícia Civil que invadiu as prefeituras e está pedindo providências.

O prefeito de Tramandaí, Anderson Hoffmeister, afirmou que os policiais “arrebentaram a porta de uma das secretarias a chute, para pegar documentos que já haviam sido solicitados pelo Tribunal de Contas em maio. Depois, transportaram esses documentos com a sirene das viaturas ligadas”. Em Parobé, a polícia cercou a Prefeitura às oito horas da manhã para que os auditores do Tribunal de Contas requisitassem documentos que já estavam em poder do Tribunal desde 2009.

-  Terra Indígena Raposa e Serra do Sol (TIRSS)

Vamos fazer uma breve digressão histórica para demonstrar que as forças sob o comando do “democrata” Tarso Genro costumam agir desta maneira. No caso da Raposa e Serra do Sol, o, então, Ministro da InJustiça - Tarso Genro deu uma clara demonstração da “isenção” que as autoridades da República deveriam ter na resolução de conflitos. A Força Nacional e a Polícia Federal agiram como meganhas de republiqueta de 5ª categoria seguindo a orientação de Tarso.

O jornalista Reinaldo Azevedo publicou, na época, um artigo mostrando a ação altamente condenável dos “Homens de Preto” - a regiamente paga “Gestapo de Tarso Genro”. A ação truculenta da Polícia Federal (PF) foi um exemplo legítimo dos procedimentos altamente “democráticos” que a camarilha nazi-fascista petista defende.

Tarso, fica claro a cada dia, é um perigo para a democracia. Está evidente que ele se aproveita das licenças concedidas pelo estado de direito para transgredi-lo e para turvar a democracia. Não conhecíamos, até agora, detalhes da ação da PF em Raposa Serra do Sol. Vimos apenas o que publicou uma imprensa notavelmente bem comportada (com o governo), que já tinha elegido (é o certo no caso, não “eleito”) os seus bandidos e os seus mocinhos. Como é usual no Brasil, quem produz um alfinete que seja corre o risco de ir parar atrás das grades. Pois bem, para ver o vídeo, acesse o link: http://www.youtube.com/watch?v=XpYsvQnfAFY.

Vale a pena ver o vídeo todo para ressaltar o ridículo de Tarso Genro e de seus Homens de Preto. Mas uma passagem, em especial, merece ser apreciada: a invasão da Fazenda Canadá, a partir de 6min31s. Os agentes chegam e se trava, então, o seguinte diálogo:

-   Proprietário -  Tem mandado judicial?
-   Policial -          Negativo.
-   Proprietário -  Não tem mandado judicial?
-   Policial -          Não temos mandado judicial.
-   Proprietário -  Então eu não vou permitir vocês entrarem sem mandado judicial.
-   Policial -          Então nós vamos entrar à força.
-   Proprietário -  Perfeitamente.
-   Policial -          Como está sendo feito em outras propriedades também.
-   2º Policial -      O Senhor pode esclarecer como o Senhor vai resistir a isso?
-   Proprietário -  Posso, posso, eu vou resistir...
-   2º Policial -      Como?
-   Proprietário -  Eu vou resistir dentro da legalidade, na Justiça.
-   2º Policial -      O Senhor vai resistir de alguma outra forma?
-   Proprietário -  Eu vou resistir dentro da legalidade, na Justiça.
-   2º Policial -      Ok. Tudo bem.

E os meganhas cortam o cadeado e invadem a fazenda. Sem mandado judicial. O diálogo acima é por demais eloquente. Dispensa grandes considerações Observem, se vocês quiserem um motivo adicional para indignação que, mesmo depois de o proprietário ter deixado claro que vai resistir na Justiça, há uma espécie de provocação, tentando induzi-lo a dizer algo que caracterize resistência ativa à ação policial - o que, certamente, levaria a PF a fazer o que fez com outro fazendeiro: meter-lhe algemas nos braços.

Este é o estado policial de Tarso Genro, o trotskista surtado. Como vocês bem sabem, a questão tramitava e tramita na Justiça, e os agentes federais jamais poderiam ter invadido uma propriedade sem mandado judicial. Como? “Não é propriedade?” “É tudo dos índios?” A questão, reitero, está sub judice. É mais um abuso de autoridade patrocinado pelo ministro da Justiça. (Reinaldo Azevedo)

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