quinta-feira, 28 de julho de 2011

ACUSADO DE CORRUPÇÃO DEIXA CARGO NO DNIT - 19º

Diretor financeiro do órgão pediu demissão após revelação de que é réu em ação penal



O diretor de Infraestrutura Ferroviária e diretor interino de Administração e Finanças do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Geraldo Lourenço de Souza Neto, pediu ontem demissão. Com a saída dele, resta apenas um diretor do Dnit no cargo, Jony Marcos do Valle Lopes, que comanda a diretoria de Planejamento.


Lourenço é o 19º a deixar o governo após a revelação do esquema de corrupção nos Transportes.

Apesar de ter negado que Lourenço era indicação sua, o senador Magno Malta (PR) se reuniu com ele ontem e acertou sua demissão. Ele foi avisado de que não seria poupado da decisão da presidente Dilma Rousseff de fazer uma "faxina" no setor. Preferiu pedir para sair antes de ser demitido.

Reportagem publicada um dia antes mostrou que Lourenço é réu em uma ação penal no Tocantins, na qual é acusado pelo Ministério Público de corrupção passiva e falsidade ideológica. Segundo a promotoria, Lourenço integrava, em 2003, uma quadrilha que explorava jogos de azar. À época, ele era o delegado titular da Delegacia Estadual de Crimes Contra os Costumes, Jogos e Diversões. Segundo a denúncia, ele recebia semanalmente R$ 1.500 de um contraventor para se abster de combater a exploração de máquinas caça-níqueis e também trabalhava para a "aniquilar" a concorrência do homem que lhe pagava a propina. Ele nega as acusações. (AE)

"Para dar uma declaração destas Jobim deve se achar a última bolacha do pacotinho", André Vargas, deputado e secretário de Comunicação do PT

Senador pediu para diretor financeiro sair

O senador Magno Malta (PR), segundo sua assessoria, pediu que o Diretor de Infraestrutura do Dnit, Geraldo Lourenço de Souza Neto, entregasse o cargo. Malta tem forte influência no órgão que está no centro dos recentes escândalos de corrupção.

A assessoria, porém, negou que a indicação de Lourenço tenha partido do senador. Ele teria sido indicado pelo governo federal e seu nome aceito pela bancada do PR. Segundo a assessoria, eles não têm relação próxima. O senador ainda indicou seu irmão, Maurício Pereira Malta, para o cargo de chefia da assessoria parlamentar do Dnit.

Fonte: A Gazeta

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