Em menos de seis meses, Dilma varreu seis ministros pro olho da rua. Quatro deles sucumbiram em meio a denúncias de corrupção. Dos quatro que foram faxinados devido a "malfeitos", todos eram herança do antecessor, Lula. O caso mais emblemático é o do ministro comunista. Apesar de todas as evidências de desvio de dinheiro do Ministério do Esporte, Orlando Silva clamava inocência e se recusava a deixar o posto. Acusava a imprensa de promover um linchamento, como se algum jornalista tivesse culpa por denunciar os convênios fraudulentos com ONGs operadas por gente do partido.
O mais incrível é que o delator do esquema, que o ministro chama de bandido, era colega de partido e foi até candidato a deputado distrital. Como se vê, era mais um que podia ter se transformado em malandro com mandato e retrato na coluna social, do tipo que tem imunidade, é casca-grossa e nunca se dá mal. Até ontem, a presidente da República havia espanado apenas o ministro. Diferentemente da faxina que ela fez em outros ministérios, como Transporte e Turismo, o aparelho instalado no Esporte ainda continuava de pé.
O fato é que as viúvas do doutor casca-grossíssima estão inconsoláveis. Acham que Dilma exagera no tipo de detergente usado na faxina. Têm saudade do protetor dos malfeitos. Exigem que ninguém seja demitido enquanto a "imprensa golpista" não apresentar testemunha com a idoneidade de uma Madre Teresa de Calcutá e prova do delito com firma reconhecida em cartório.
O pior nisso tudo é que muita gente acha que a roubalheira de esquerda é defensável. Afinal, dizem, sempre se roubou muito neste país. E nunca, nunca, nunca, a distribuição de renda chegava à base da pirâmide. Ponto pro casca-grossa, que a fez chegar. Só que, me lembro bem, a plataforma petista não incluía o direito à imunidade para afanar o dinheiro que pagamos de imposto. Pelo contrário, antes de o partido chegar ao poder e o mensalão estarrecer o país, havia era a promessa de ética na política, cadeia pros corruptos e corruptores, devolução do dinheiro pilhado... Hoje, portanto, não têm do que reclamar. No meu entender, Dilma está sendo até boazinha demais com os saudosos do doutor casca-grossíssima.
Fonte: Plácido Fernandes Vieira - Correio Brasiliense
O mais incrível é que o delator do esquema, que o ministro chama de bandido, era colega de partido e foi até candidato a deputado distrital. Como se vê, era mais um que podia ter se transformado em malandro com mandato e retrato na coluna social, do tipo que tem imunidade, é casca-grossa e nunca se dá mal. Até ontem, a presidente da República havia espanado apenas o ministro. Diferentemente da faxina que ela fez em outros ministérios, como Transporte e Turismo, o aparelho instalado no Esporte ainda continuava de pé.
O fato é que as viúvas do doutor casca-grossíssima estão inconsoláveis. Acham que Dilma exagera no tipo de detergente usado na faxina. Têm saudade do protetor dos malfeitos. Exigem que ninguém seja demitido enquanto a "imprensa golpista" não apresentar testemunha com a idoneidade de uma Madre Teresa de Calcutá e prova do delito com firma reconhecida em cartório.
O pior nisso tudo é que muita gente acha que a roubalheira de esquerda é defensável. Afinal, dizem, sempre se roubou muito neste país. E nunca, nunca, nunca, a distribuição de renda chegava à base da pirâmide. Ponto pro casca-grossa, que a fez chegar. Só que, me lembro bem, a plataforma petista não incluía o direito à imunidade para afanar o dinheiro que pagamos de imposto. Pelo contrário, antes de o partido chegar ao poder e o mensalão estarrecer o país, havia era a promessa de ética na política, cadeia pros corruptos e corruptores, devolução do dinheiro pilhado... Hoje, portanto, não têm do que reclamar. No meu entender, Dilma está sendo até boazinha demais com os saudosos do doutor casca-grossíssima.
Fonte: Plácido Fernandes Vieira - Correio Brasiliense
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